Deixei minha bicicleta na frente do colégio no lugar reservado para ela e entrei pelos fundos para não ser vista, com bastante cuidado eu caminhei até o porão, o corredor estava vazio e isso facilitou minha entrada. Estranhei ver a luz acessa e assim que desci as escadas me deparei com a visão do paraiso.Eric estava dando socos em um saco de pancadas, que eu nem quero saber como chegou até aqui, e ele estava todo suado e sem camisa. Se minha câmera fosse boa o suficiente, eu iria tirar uma foto dele nesse exato momento.— Gostando da vista? — um choque de realidade me atingiu ao ouvir sua piadinha.— O que você fez com meu cantinho? — perguntei mudando de assunto. Do lado direito do comodo onde eu montei a cama improvisada, tem mais colchonetes e cadeiras para o suporte, está parecendo uma cama de casal. O Balcão que antes ficava no meio do porão, foi colocado no lugar nas almofadas no canto esquerdo, as almofadas e a prateleira estão onde o balcão ficava. Ele trouxe cobertas, tapet
Os dias passaram em um piscar de olhos e quando dei por mim já era sexta-feira, Chris me levou para um de seus treinos e eu me diverti bastante vendo ele fazer varias cestas e fazer seu famoso “The slide glide”, também conheci as namoradas de alguns integrantes do time, Natasha é uma ótima companhia. Depois que o treino acabou, meu irmão me ensinou a fazer algumas cestas e me levou para jantar fora, sei que ele queria passar um tempo comigo, mas sei que isso tudo que ele fez foi para me distrair das coisas que estavam acontecendo lá em casa.Meu pai recebeu hoje pela manhã o senhor Jones e seus dois filhos, todos sérios e assustadores, não sei o motivo dessa visita deles a minha casa, mas meu pai não parecia contente com a visita. Chris quando soube disso foi me buscar de imediato, me fez colocar qualquer roupa confortável e saiu em disparada para a quadra onde ele treina. Não sei bem como ele soube que tinha gente em casa, mas de certo modo foi bom ele ter me tirado um pouco de casa,
Dylan estava colocando algumas coisas no porta mala quando me aproximei dele, o ajudei a guardar a mala e tomei meu lugar no banco da frente. Seu carro não é bem o estilo feito para viajar e talvez foi por esse motivo que ele pegou a BMW do seu pai, pelo menos teria mais— Preparada para a melhor viagem da sua vida? — questionou ele ao sentar no banco do motorista e colocar a chave na ignição.— Não — respondi colocando o cinto de segurança. Ele riu da minha resposta e ligou o carro saindo em disparada.Ele tem razão, essa vai ser a melhor viagem da minha vida.(...)— Já chegamos? — perguntei entediada e um pouco enjoada por passar tanto tempo dentro do carro. Dylan bocejou antes de responder.— É a decima quinta vez que você me pergunta isso e pela decima quinta vez eu te respondo, não estamos nem perto de chegar — ele já estava começando a ficar cansado de me ouvir perguntando a mesma coisa toda hora, mas a culpa não é minha se essa viagem está demorando uma eternidade.Ele disse q
O lago é lindo, a cachoeira desagua em uma larga piscina de agua cristalina e a flora ao redor dão um toque magico ao lugar.Montamos nossa barraca um pouco mais afastada da agua, pois, não queremos correr o risco da correnteza a levar.— Meg — Dylan me chamou, ele estava ajeitando os colchonetes dentro da barraca e eu colocando a cobertura. — Quer ir procurar alguns galhos e folhas secas para acender a fogueira enquanto eu cerco a barraca? — assenti respondendo sua pergunta.— Você acha que vai aparecer algum bicho de novo? — perguntei.— é melhor não arriscar — concordo com ele. No ano em que Dylan tirou sua carteira de motorista, nós colocamos varias coisas no porta malas e viemos para o st. Rita, aquele dia foi um desastre. Esquecemos de colocar a cobertura e choveu, não cercamos a barraca e entrou uma cobra, quando escureceu uma raposa apareceu e mesmo que ela pareça ser fofinha, ela estava bem irritada. Peguei tudo que Dylan pediu e arrumei em forma de circulo à 10 passos da b
E o nosso dia foi assim, cheio de risadas e brincadeiras, mas logo a noite chegou e com ela um clima tenso entre nós. Parecemos dois estranhos que não tem assunto para conversar, mas na verdade temos muito o que falar um para o outro.— Está ansiosa para fazer o teste de líder de torcida? — ele tentou puxar assunto.— Bastante, mas dessa vez é o time que decide quem entra ou não na equipe, por que se depender da sua namorada, eu nem faço o teste — cutuquei a fogueira com um graveto.—Meg, o que vamos fazer? — ele perguntou após um tempinho em silencio. — Nossa vida já está virando um inferno antes do casamento, imagina depois — ele tinha razão, as coisas em casa começaram a ficar esquisitas depois do jantar de noivado e pelo jeito que está indo parece que uma bomba nuclear que a qualquer momento vai explodir, o jeito é bolar um bom plano e evitar um desastre.— Precisamos de um plano — bati no lugar vago ao meu lado e ele se sentou ali. — Eu quero curtir o ensino médio tranquila sem p
Os barulhos ao redor foram ficando distante e meu corpo começou a amolecer, mas meu subconsciente me avisou de que eu estava dormindo no colégio, mas eu não dei a mínima para ele, estou cansada e com sono, se posso dormir, vai ser aqui mesmo. — Meg? — senti alguém me cutucar. — Já bateu o sinal para o segundo período — uma mecha do meu cabelo que estava no meu rosto foi colocada atrás da minha orelha. — Não prefere descer e ir dormir no porão? — isso fez com que eu despertasse um pouco.Abri meus olhos de vagar pois tanto a luz do dia quanto a luz da sala, estavam fortes demais. Não sei o que me deixou mais surpresa, o quão próximo Eric Adams estava ou seu jeito cuidadoso de acordar alguém. Não fui capaz de formular uma resposta, me perdi encarando a imensidão azul dos teus olhos. Mas tive que pensar em algo ou ele iria achar que eu sou apaixonada por ele, eu sou, só que ele não precisa saber disso.— Tem doce? — perguntei a ele. Sei que sempre digo isso, mas ele está lindo. Vestindo
— Estou ocupada ensaiando para o teste, quero ter certeza que minha coreografia vai estar perfeita — Dylan ergueu seu tronco ficando ereto e isso fez com que eu tirasse minha mão de seu cabelo.— E para fazer isso você tem que parar de comer? Pensou que agua e café poderiam te sustentar?— Como ficou sabendo de tudo isso? — questionei.— Abby me contou — as vezes me esqueço que somos vizinhos e que Abby é amiga dele também. — Eu tomei um baita susto quando a enfermeira apareceu lá na sala dizendo que era para eu vim te fazer companhia, achei que você tinha morrido — é, meu melhor amigo é um pouco dramático.— Eu estou bem, viu? — lhe dei um peteleco na testa e ele resmungou de dor. — Agora se me der licença — tirei o soro do meu braço e joguei o lençol que me cobria para o lado.— Onde você vai? Ainda não tomou todo soro — Dylan disse, porém era tarde, eu já estava de pé.— Vou para casa ensaiar, falta apenas dois dias para o teste e ainda tem algumas partes da coreografia que eu que
— Isso, é isso — comecei a pular igual a uma doida enquanto comemorava, finalmente encontrei o passo que eu precisava para deixar a coreografia perfeita. — Final... — meus pés se embolaram no pequeno tapete na frente da pia e eu acabei escorregando indo ao chão. O barulho do meu corpo se chocando com o chão foi tão alto, que eu tenho certeza que quem está no andar debaixo conseguiu escutar, por alguns segundos o grito de dor ficou preso na minha garganta, mas logo ele saiu a todo vapor. Isso vai doer muito mais tarde, espero que não interfira na coreografia.(...) Armarios batendo, risadas irritante e uma Meg a beira de um colapso, hoje é o dia do teste e eu não sei se estou preparada para isso. Talvez eu deva voltar para casa e tentar outro dia, é eu deveria fazer isso e me poupar de ter que passar por essa humilhação.— É claro que eu vou ser escolhida, eu sou a melhor amiga da Jane e sou namorada do Tyler — disse Stacy. Ela é loira e parece uma boneca, mas por trás daquele ros