Michael William: Estava esperando o meu voo, ansioso por Émie, ela prometeu que iria vir antes de eu embarcar. Estava ansioso, Zenith assistia quieto sentado na cadeira, enquanto eu olhava arredores, sem sair do lugar. — Me desculpa, a droga do meu carro já deu problema. — Émie estava eufórica, veio tão depressa que estava cansada. Suas mãos carregadas de sacolas, fraquejou no momento seguinte, não caindo no chão porque meu reflexo foi rápido. — Trouxe algumas coisas para vocês, algumas delas você tinha esquecido em casa e eu não pude deixar de lembrar. — Olhei e, dentro de uma das bolsas estava meu notebook, algo que eu jamais poderia esquecer. Émie era atenciosa, embora sei jeito fosse meio rude, esse era apenas o seu jeito de se defender. — Voce é mesmo meu anjo! — O sorriso brotou em seus lábios e ela correu até onde estava Zenith, que quando a viu também levantou pulou de felicidade. Arrumei as sacolas dentro da mala e voltei a observar os dois, que se entendiam como mãe e
Émie Carter: Alguns quarteirões antes de chegar em casa, percebi uma movimentação estranha, mas deveria ser alguma coisa com o vizinho, ele sempre estava arrumando confusão com os demais. Me aproximei sem me intrometer em nada, quando me dei conta que estavam me seguindo até o meu apartamento. — Em que posso ajudá-lo? — Perguntei ao agente que estava comido dentro do elevador. — Este é um mandato de prisão contra a senhorita Émie Carter Stark, a senhorita a conhece? — Eu tinha duas opções, mentir e dizer que não, ou falar a verdade e assumir minha merdas. — Sim, sou eu. Em que posso ajudá-lo? — Ele me entregou a carta, onde havia um mandato judicial de busca e apreensão para mim, alegando envolvimento no crime contra Mclay. Engoli em seco o nó que se formou em minha garganta e tentei não pensar negativo. O seguir até a viatura, onde entre e fui conduzida até a delegacia. Enquanto estava esoerando o delegado para dar meu depoimento, meu celular vibrou várias vezes, mas não pude at
Michael Williams: — Vamos conhecer pessoas novas hoje, Émie não estará conosco. — Disse olhando nos olhos de Zenith, ele estava triste por não ter visto ela desde que acordou, nem mesmo por chamada de vídeo. No estacionamento já havia um carro para minha locomoção. Hoje irei conhecer alguns membros do conselho onde irei ensinar a partir de amanhã, Zenith irá comigo e depois vai voltar com a sua rotina. Enquanto dirigia até o restaurante onde iríamos encontrar com o pessoal, liguei para Émie que não atendeu a nenhuma das ligações, nem respondeu nenhuma das mensagens e isso estava me deixando nervoso."Prof. Williams, poderia comparecer na escola? Tivemos mudanças de planos e houve alguns imprevistos. Mas, podemos remarcar para amanhã." — Nance falava em mensagem de áudio. "Tudo bem! Estou indo até a escola neste exato momento." — Respondi em mensagem de voz também e mantive minha atenção ao trânsito turbulento. Nancy é a Challenger da Universidade Brandon, onde irei ter o privilégi
Émie Carter: Acordei com um raio de sol clareando meus olhos. Abrir os olhos devagar, senti minhas costas doerem ao me mexer. Droga! — Café da manhã. — A agente empurrou uma marmita e um copo de café descartável, com tampa e canudo. Olhei para Aretuza que estava acordada, arrumando seus cabelos, cheio e longos, pretos e muito brilhosos. Ela parecia melhor que ontem, seus olhos estavam normais e ela até me olhou como uma pessoa normal. Ao seu lado não tinha mais nada, além de vários desenhos em preto e branco. — Bom dia, colega. Como foi sua noite? Parece que você apagou legal. — Ela perguntava enfiando um pedaço de pão na boca. — Bom dia… eu acho que não lembro de nada. — Respondi abrindo a marmita, tinha pão e alguns biscoitos. Eu não tinha a menor vontade de comer alguma coisa, mas Aretuza parecia faminta, então lhe ofereci o que era meu. — Tá afim? Eu não vou comer. — Apontei para o café e a marmita.— A comida sim, o café você toma, precisa renovar suas energias. — Joguei a
Michael Williams: Zenith me distraía, mas nada me tirava a preocupação que estava me deixando louco. Émie não me respondeu até o momento, Betsy também não me ligou para dizer o que houve e eu já não sei mais o que fazer a não ser ter paciência e esperar. Ao abrir o Notebook, recebi uma ligação de um número desconhecido e atendi sem pensar duas vezes: "Alô? Com quem estou falando?" "Falo com Michael Williams?" Conformei que sim rapidamente antes dele terminar de falar meu nome. "Estou ligando a pedido de Émie Carter, a mesma se encontra presa no momento. Acusada pelo assassinato de Mclay." Dei um pulo da cama com a notícia, ao perceber que tinha razão quando pensei que as coisas não estavam bem. "Afinal, quem é você?" "Advogado dela, ngelo. Sr. Williams. A mesma pediu para que não se preocupe." "Obrigada por avisar." Foram as únicas palavras antes da ligação ser encerrada. Mil e um pensamentos atormentavam minha mente no momento, estava entre seguir minha vida ou ajudar Émie e
Émie Carter:As semanas passaram-se rápido, eu e Aretuza fomos transferidas para outra prisão, onde dividimos a mesma cela, pelo menos eu conhecia alguém ali dentro, tão estranha quanto eu. — Posso te perguntar por que está aqui? — Perguntei fazendo a pergunta, ela não parecia nenhuma louca. É estranha e seu semblante mudava todos os dias, nunca vi nada igual. — Eu assassinei meu vizinho, ele abusou da minha filha e ela não resistiu e acabou falecendo. Na hora o ódio me dominou, eu só queria estourar a cabeça dele com alguma coisa, mas daí ele morreria fácil demais. Então, reuni um pessoal que tava precisando de grana e peguei o maldito, já deixaram ele amarrado e indefeso. Eu quis presenciar tudo, sabe, eu… — Você quis ver os detalhes, mas pode me poupar deles, eu já tenho problemas demais com isso. Sinto muito pela sua filha, ninguém, nem a pior pessoa do mundo merece passar por isso. — Compadecida ela me olhou e mudou de assunto, mas não a culpo, minha curiosidade falou mais alt
Michael Willians: Às horas pareceram dias que não passavam por nada. Estava em casa sozinho quando recebi uma ligação suspeita. Zenith estava na escola e não chegaria tão cedo, tinha natação logo em seguida. Coloquei o celular no ouvido e esperei que a primeira pessoa a falar fosse dizer algo útil. “Professor Willians?” A voz feminina era conhecida, eu só não lembrava da onde. “Apenas, Michael, por favor. O que deseja?” “Notícia sobre a Srta. Carter. Ela recebeu alta e ganhou liberdade provisória até o julgamento. Pode vir buscá-la? Agora!”“Claro, em breve estarei aí. Obrigada por me avisar, a senhora quem é?” “Desculpe por não me apresentar, sou Paige, a parceira do Sr. Ethan.” Ethan é o meu advogado, ele estava a par de tudo que estava acontecendo ultimamente. Esqueci até mesmo de me despedir, joguei o celular no banco do carro e estava dirigindo em rumo a penitenciária. Ao chegar no portão, ela já estava saindo acompanhada por duas agentes e por Paige. — Vamos? — Segurei s
Seis meses depois… Émie Carter: Estávamos esperando por Betsy em frente a penitenciária, meu julgamento estava para ser dentre dois dias e eu não estava sabendo como lidar com tudo que aconteceu e ainda estava para acontecer. Michael estava dando aulas particulares, mas nada era como antes, ele parecia não estar satisfeito com tudo que estamos vivendo. Soube que meu pai foi assassinado por alguns agiotas, a quem ele devia até a sua alma. Minha mãe teve o que mereceu e eu não seria capaz de ter rancor da Betsy por isso, a única coisa que eu posso fazer é agradecê-la por todas as vezes que salvou a minha vida. Michael estava com Zenith dentro do carro, Rick estava com Mark, seu filho que era a cara de Betsy e eu, que estava mais ansiosa que todos para vê-la logo. O momento chegou e, quando as portas foram abertas, ela saiu com um largo sorriso rosto ao ver todos nós ali, à sua espera. Seus cabelos estavam grandes, seus olhos brilhavam e ela parecia a mesma Betsy de sempre. — Vocês g