Estendi a mão devagar, dando-lhe um aperto firme. Joshua já estava dando atenção ao homem que parecia animado e eufórico ao conversar com meu marido. — Olívia, quanto tempo. — ela sorriu tentando parecer amigável. — Não o suficiente... — murmurei. Joshua desviou o olhar para mim, por um longo momento, acenei em um sinal para ele ficar despreocupado, seu olhar voltou a fitar o outro homem. — Quero dizer que não guardo nenhuma mágoa sua, até acho que deveríamos ter mais contato, somos irmãs. — ela comentou. Não sei dizer a cara que eu fiz, talvez uma mistura de incredulidade e deboche, mas Dalila percebeu e deu um passo para mais perto do homem, talvez imaginando que tu fosse gritar ou algo assim. Apenas cruzei os braços e perguntei: — Ah, é? — Sim, o tempo que passei naquele lugar... — falou a última parte mais baixo, como se fosse um segredo. — Foi um tempo bem ruim, mas tudo bem, eu entendo que você estava chateada, eu me casei com o homem que você queria. — deu de ombros. P
Caminhei normalmente até lá. Quando estávamos frente a frente, Morgana perguntou se eu queria que ela ficasse, mas eu garanti que resolveria sozinha esse problema ou seja lá o que for. — Olívia — minha mãe me cumprimentou. — Bom dia. — respondi formalmente. — Eu estive aqui ontem, mas você não estava, então, voltei hoje. — Não trabalhei ontem. — respondi somente. Não senti a menor necessidade de dizer a ela que meus bebês estavam completando mais um mês, ela não se importa e eu já aceitei que eles não terão a presença dos avós. — Entendo. — ela respondeu e engoliu em seco, ansiosa. — Então, o que quer comigo? — fui direta. — Conversar. — ela disse. Franzi a testa, obviamente nem um pouco convencida disso, balancei a cabeça em afirmação e apontei para duas poltronas que ficavam logo ao lado do vidro lateral. Ela sentou primeiro e eu logo em seguida. — Então, pode dizer o que quer. — insisti. — Tenho que subir logo. — Eu falei... eu só queria conversar c
— O que ela te disse? Você está aérea até agora, querida. — perguntei. Olívia quase não comeu, passou maior parte do tempo me olhando, alternando o olhar entre nossos filhos e eu. Fiquei preocupado, com certeza, se aquela mulher deixou minha esposa estressada ou fez qualquer coisa contra ela... — Desculpe, foi tão bonito ver vocês três juntos. — ela sorriu e suspirou. — Não sei dizer o que ela queria exatamente, mas basicamente veio me pedir para falar com você para não tirar o emprego deles e... bem, ela me pediu para esquecer o que minha "querida irmã" fez. — debochei. Os meninos estavam brincando no meu colo, puxando a gravata e colocando na boca, olhei minha esposa por tanto tempo que quando percebi, já estava sendo enforcado por eles, que puxaram a peça com força, coloquei os dois no bebê conforto e olhei sério para Olívia. — Quer que eu resolva? — Como? — questionou. — Coloco todos para fora e gasto até meu último centavo para deixar sua irmã presa o resto da vi
Há exatamente dez meses eu sou a mulher mais feliz do mundo. E ouso dizer que Joshua também é o homem mais feliz, porque nesse momento ele está segurando nossos filhos e encarando as câmeras apontadas para ele. — Dê um sorriso, seu imbecil. — Kai gritou. — É a comemoração dos meus filhos, não minha, idiota. — ele rebateu. Kaili e Keanu não se continham de animação, sem falar que agora eles aprenderam se arrastar e subir nos móveis, os dois estão quase impossíveis. Convidamos nossa família para comemorar mais um mês deles e todos vieram. — Meu Deus, acho que sou a vovó mais babona desse mundo. — minha sogra falou sentada no sofá. — Eles estão cada dia mais lindos. — meu cunhado Dylan sorriu acenando para as crianças. — Mal posso aguentar até que nosso outro neto venha. — ela suspirou sonhadora. Minha cunhada estava encostada perto da parede, sorrindo e gesticulando enquanto conversava com Alexander. Alguns meses já se passaram desde que eles decidiram não mexer mais
Dias bons vem e vão. Mas eu estava aproveitando e muito a minha maré de boa sorte. Meus bebês estavam cada dia mais saudáveis e espertos, meu casamento firme como uma rocha, eu não poderia pedir por mais nada. — Me conta, você ficou feliz? — perguntei. — Achei que eu ia explodir de tanta felicidade, Olívia, não imaginei que Alex pudesse ser tão romântico assim. — Morgana falou sorrindo. — Não consigo não ficar olhando para esse anel. Alexander a pediu em casamento na semana passada na frente de toda a família, achei que minha cunhada teria um surto, seu rosto congelou de felicidade, todos nós estávamos felizes por ela. — Você merece, seu anel é lindo, assim como o amor de vocês. — comentei. — Você acha? — Morgana, vocês são incríveis juntos, totalmente lindos. — garanti. — Me deu vontade de casar de novo — gargalhei. — Ei, você merece, sabia? Seu casamento foi tão sem graça. — ela reclamou. — Ei, eu e Joshua não éramos como somos hoje, nos casamos sob outras ci
Olhei novamente para o meu telefone. Observando o rosto do meu marido, olhos fechados, parecia estar dormindo, o peito nu, como se estivesse sem roupa, ao seu lado uma figura muito conhecida por mim e também por ele. Sua ex mulher. A maldita da ex mulher dele estava deitada com a cabeça no ombro dele, também de olhos fechados, os braços de Joshua estavam ao redor no corpo dela, dava para ver que ela também estava sem roupa. — Eu não acredito nisso. Joshua é apaixonado por você, mais do que qualquer coisa nessa vida. — Morgana comentou. — Ele não deixaria as coisas largadas na mesa, tenho certeza disso. — Dylan respondeu. — Vamos pensar racionalmente, existe a possibilidade dele ter sido levado? — Alexander perguntou. — É a única explicação, não tem como... — Morgana comentava. Pedi às babás que ficassem com meus filhos no quarto enquanto nós conversamos sobre isso. Abaixei meu olhar novamente para a mensagem abaixo da foto. " Nosso amor ainda é vivo, você não é capaz de apagar
O dia de hoje estava sendo exaustivo, eu estava cheio de reuniões e provavelmente me atrasaria para almoçar com minha esposa. Acabei de fechar com uma empresa que vai fazer obras de revitalização das áreas menos favorecidas da capital e logo teria mais uma reunião antes do horário marcado com Olívia. — Preciso de um café. — murmurei. — Trarei agora mesmo, senhor. — meu secretário disse. — Não, eu mesmo busco, preciso esticar as pernas. Geralmente quando estou aqui, eu não saio muito da sala, mas hoje estou sentado desde a manhã inteira. Passei pelos corredores cumprimentando os colegas de trabalho e fui até a copa. Me servi de uma xícara de café extremamente ruim, por isso que eu prefiro bebidas alcoólicas, derramei tudo e voltei, entrei no banheiro do corredor e antes de entrar no box, meu telefone vibrou no bolso e eu parei para atender. Vi o nome do meu colega de partido e meu vice, mas não consegui atender porque senti algo atrás de mim, mas antes que eu me virasse,
— É uma residência em uma área rural que fica... vinte e três quilômetros daqui. — Hunter explicou. — Ok. Quem vota em serviço limpo? — Slayer perguntou. Todo mundo me encarou primeiro porque sabiam que essa missão era pessoal para mim. Balancei a cabeça em negação, então um a um eles foram negando também. — Certo, faremos o serviço colorido então. — ele anunciou. O serviço limpo era quando entrávamos e saíamos de um lugar sem sermos percebidos e apenas resgatávamos as vítimas. O serviço colorido era o que fazíamos uma limpeza completa antes, eliminando qualquer obstáculo. E também era o serviço preferido da equipe. A Van já estava parada na porta da nossa sede, Skull assumiu a direção e nós fomos repassando o método de resgate, colocando silenciadores nas armas e vestindo os coletes e óculos de visão noturna, já que vai ficar muito escuro por lá. — E então, vamos ganhar medalhas por salvar a bunda seu irmão, nosso amado governador? — Hunter perguntou em tom de brinc