O Homem da Minha Vida Augusto não parava mais de falar: — Eu envelheceria ao seu lado, muito feliz, com certeza! Eu sei que vai amar o seu amor do passado para sempre, por isso, consegue sair bem dos seus desamores.Mel deu um sorriso fraco e baixou a cabeça, porque não conseguia negar que amava Rodolpho e que seria assim para todo o sempre. Augusto finalizou dizendo: — Um dia, quando Bernardo não precisar mais de mim, eu vou atrás de você, eu juro!Mel ergueu os olhos arregalados e disse: — Está me condenando a viver só para sempre? Acredita que não vou ficar com ninguém por causa do Rodolpho?A resposta de Augusto chegou rápida: — Sim! Vai tentar muitas vezes, mas só viverá com quem aceitar que nunca será cem por cento amado por você!Mel franziu a testa e começou a fechar a mala. — Espere! — Augusto pediu, segurando a mão de Mel.Ela respirou fundo e esperou ele falar: — Amanhã eu te levo! Fica só hoje comigo!Mel olhou para os olhos suplicantes do seu amado e concord
O Homem da Minha Vida Bernardo ficou boquiaberto olhando para o pai sem acreditar no que via. — Pare com isso, Marcelo! Ele é só uma criança! — Angélica dizia. — Mas ele tem que saber!— Marcelo insistia irônico. Os olhos do menino encheram-se de lágrimas, enquanto olhava para o pai trocando beijinhos e sorrisos com Mel. Angélica segurou os ombros do filho e tentou distraí-lo. — Filho, vamos comprar um sorvete!— ela disse. — Não quero! — o garoto respondeu revoltado. Marcelo assistia de camarote, enquanto dizia: — Isso que dá ficar atrás do marido levando a criança! A loira puxou Marcelo pela mão, aborrecida e saiu falando: — Chega, Marcelo! Respeite a criança ao menos! Angélica os seguiu com o olhar, até que eles saíram de carro e voltou-se para o filho dizendo: — Vamos embora, querido! Vamos esperar o papai em casa! — Não! — Bernardo disse, livrando-se das mãos da mãe. Angélica ficou nervosa vendo que Augusto se aproximava sorrindo inocente e pôs-se a falar:
O Homem da Minha Vida O dia transcorreu normalmente e quando chegou a noite, depois do jantar, Mel se recolheu. Ela se despediu de Angélica e Bernardo.O garoto dormiu logo, mas Angélica ficou em seu quarto pensando que o marido iria dormir com Mel e por isso rolou na cama até adormecer. Mel fechava a mala quando viu a porta do quarto se abrir e sorriu.Augusto veio vestido num roupão branco aberto, dava para ver seu calção de seda por baixo.Mel enlaçou o seu pescoço e deitou-se cair na cama. Se beijaram intensamente.Augusto deslizou os lábios até a altura das coxas abertas de Mel. Ela esperava ansiosa para ser amada e pretendia guardar aquela noite para sempre. Ela gemia baixinho e se movia frenética deixando o seu amado enlouquecido de prazer. Mel também sentiu o gosto dele. Augusto estava excitado ao extremo, nunca sentiu sua amada tão envolvida sexualmente como naquela noite. Chegaram ao orgasmo juntos.Não dormiram logo, pois Mel logo sentiu desejo novamente e subiu sobre
O Homem da Minha Vida Helena chegou dispersando os curiosos e puxou a filha para dentro de casa. Os irmãos de Mel vieram ajudar a colocar as malas para dentro. Helena olhou curiosa para as muitas bagagem da filha e comentou: — Minha nossa! Parece que veio de vez!Mel fez uma carinha de mimada e respondeu: — Eu vim mãe. Eu quero tentar ficar por aqui perto de vocês! Helena ficou emocionada e abraçou a filha. Os irmãos também ficaram contentes. Os dois mais velhos já estavam casados, mas moravam ali perto e estavam sempre na casa da mãe.Faltava só José de Aquino que chegou um pouco depois.Ele ficou paralisado ao ver a filha ali tão bonita e disse: — Parece até filha de rico! Todos riram e Mel abraçou o pai com carinho. Helena já puxou todo mundo para a mesa da cozinha. Chegaram duas moças, uma grávida, era a esposa de Celso, uma jovem bronzeada de cabelos longos e maltratados pelo sol e outra mais alta e forte com uma criança de colo, era a esposa de Tito, o mais velho. Mel fo
O Homem da Minha Vida No dia seguinte, Mel chegou à mesa e todos estavam lhe esperando para o café da manhã, inclusive os irmãos casados com as esposas e o seu pequeno sobrinho. A mesa estava farta como sempre. Mel não sabia por onde começar a comer. — Aposto que essa menina estava passando fome!— Helena falou para o marido. Mel não se importava com os olhares surpresos. Ela comia sem parar. Era tanta coisa gostosa na mesa, Helena caprichou por causa da filha. Normalmente, na mesa do nordestino já tem muita comida pela manhã, mas além de ovos mexidos, tapioca com recheio de queijo branco, pão doce e de sal, suco de fruta da época, tinha bolo de mandioca e de fubá.A família toda estava feliz com a vinda de Mel, ela se sentia acolhida. Assim que terminou o café da manhã, as mulheres fizeram um mutirão para deixar a cozinha limpa. Os homens foram cuidar da limpeza dos banheiros e varrer o quintal que estava cheio de folhas secas, caídas das árvores frutíferas. Logo, Mel estava se
O Homem da Minha Vida Diogo riu e se afastou, se encostando no seu banco. — Ficou louco? Acha que me ganha com essa conversa? Sei que já pegou todas as moças da cidade!— Mel falava vestindo-se nervosa.Diogo se virou com um sorriso brincalhão e respondeu: — Isso não é verdade! Nunca peguei as suas amigas, pode perguntar para elas! Mel encarou Diogo com raiva e indagou: — E as minhas cunhadas, já pegou?Diogo riu gostoso com a cabeça encostada no seu banco e disse: — Quase peguei a gravidinha quando namorava com o seu irmão, mas eu tinha certeza que um dia voltaria pra mim, e eu preferi evitar o transtorno! Mel procurou os olhos de Diogo, pois ela estava muito enfurecida, mas ele não a deixou falar e a beijou à força.Mel se debateu até cansar ou até que Diogo quisesse lhe soltar. Ela passou os dedos delicados nos lábios machucados. — Eu te odeio, Diogo!— ela gritou.Ele riu e a abraçou prendendo nos seus braços fortes e disse: — Casa comigo! Se eu me casar, tem que se
O Homem da Minha Vida Mel olhou para Rodolpho e disse tristonha: — Eu tinha tanto para te falar!Rodolfo franziu a testa lamentando, quando a viu se afastar e sentiu o último toque dos seus dedos, enquanto ela andava olhando para trás. Ele pronunciou uma frase sem emitir som, mas ela conseguiu ler os seus lábios. Dizia assim:" Eu te amo!Mel sorriu e respondeu usando a mesma estratégia:" Eu também! "Rodolpho sorriu, mesmo agoniado. Passando as mãos pelos cabelos, foi encontrar o seu segurança que o esperava de braços cruzados, encostado ao carro. — Tudo bem, senhor? — ele quis saber, depois de lançar um olhar desafiador para os irmãos de Mel que o encarava, segurando o braço da moça. Rodolpho sorriu olhando para Mel que não tirava os olhos dele enquanto, era conduzida pelos irmãos. — Algum problema com aqueles rapazes, senhor?— Jonas insistiu. Rodolpho respondeu meneando a cabeça, enquanto entrava no carro: — Eu não me importo com eles! Ela sim, é o meu grande amor!R
O Homem da Minha Vida Rodolpho chegou em casa e encontrou a noiva lhe esperando. Raquel lhe olhava com desconfiança. Antônio também lhe olhava diferente.Arminda veio abraçar o filho com carinho e ele logo percebeu que a mãe tentava lhe dar um sinal de que algo não ia bem.Rodolfo beijou a noiva levemente nos lábios e subiu para o seu quarto. — Eu volto logo!— ele disse.Raquel esperou ele subir as escadas e começou a desabafar: — Eu não tenho sangue de barata, meu sogro! A vontade que eu tenho é de gritar para o seu filho que eu não sou trouxa!Arminda deu uma olhada para o alto da escada e ficou apreensiva. — Você precisa ser estratégica Raquel! — Antônio falou irritado, puxando a nora pelo braço, enquanto entrava no escritório. Arminda aproveitou e subiu para o quarto do filho. — Que sorriso é esse?— ela indagou logo que Rodolpho abriu a porta.Ele suspirou feliz e respondeu: — Ela ainda me ama, mãe! A Mel, o meu amor do passado!Arminda ficou boquiaberta por um instan