CAPÍTULO 9 – NEGÓCIOS SÃO NEGÓCIOS....COMO ANTONELLA CONHECEU PETROV – PARTE I A Ilha da Sardenha é uma ilha mediterrânea ocidental, com mais de 24 mil quilômetros de superfície, considerada a segunda maior ilha do Mediterrâneo, perdendo apenas para a Sicília, na Itália. A maior parte da costa é rochosa e alta, e o território é praticamente construído por colinas e montanhas. Famosa pelas suas águas cristalinas, abriga as lindas ruínas da Idade do Bronze. Recebia vários turistas de todo o globo em todas as temporadas do ano. É lindíssima, indiscutivelmente. Um verdadeiro paraíso na terra. E foi nessa ilha que a pequena Antonella Mizzi nasceu. O seu pai, um conhecido e nobre comerciante de alto renome, e sua mãe uma professora exemplar de geografia em uma escola particular, apenas para os ricos da região. Sempre fora filha exemplar, dedicada aos estudos e obediente aos pais. Uma filha perfeita e muito popular em toda a soxiedade, especialmente na igreja e na escola. Por ser um gr
CAPÍTULO 10 – A GARANTIACOMO ANTONELLA CONHECEU PETROV – PARTE IIO dia que Antonella Mizzi conheceu o grande Mafioso Edward Petrov foi inesquecível. Na verdade, terrivelmente inesquecível. Para ela, claro.Quando Gio Mizzi conseguiu a autorização do governador – o que fora extremamente fácil, pois a quantidade de dinheiro envolvida era absurda até para ele mesmo - os envelopes contendo o dinheiro dos empréstimos chegaram à sua mesa rapidamente, como num piscar de olhos – sim, Gio Mizzi não tinha conta bancária, pois não confiava nos bancos – e ele logo se apressou a comprar seus novos terrenos. Contratou grandes profissionais, como arquitetos, engenheiros, urbanistas e pedreiros. Dentre eles, ele pôde se dar ao luxo de contratar Giuseppe Biancchi, um dos maiores engenheiros civis da Itália, que ficaria responsável por todas as obras. Seriam 6 novos luxuosos hotéis, todos na Ilha da Sardenha e Gio Mizzi estava radiante, principalmente por poder contar com um profissional tão renomado
CAPÍTULO 11 – “O SENHOR É UM HOMEM F***!!!!”COMO ANTONELLA CONHECEU PETROV – PARTE IIINo dia seguinte ao acontecido das notas falsas, muito antes do sol nascer, o hoteleiro Gio Mizzi foi tirar satisfação com o grande mafioso Edward Petrov.No fundo, ele sabia que tinha sido uma jogada muito inteligente por parte do criminoso. Mas, de qualquer forma, ele estava arruinado! E tudo por culpa do Petrov! Como não sabia onde encontrá-lo, foi no terreno da praia que conseguira com o governador para que o mafioso pudesse construir sua grande mansão. Gio Mizzi estava extremamente apreensivo. Além de ter dado a própria filha Antonella Mizzi como garantia no empréstimo que fizera com Edward Petrov, ele pagara todos os funcionários com dinheiro falso! E o pior: o próprio governador havia recebido o mesmo dinheiro! Quando a história das notas falsas se espalhasse por todos os quatro cantos, ele podia se considerar um homem morto. A não ser que o líder a Máfia Edward Petrov o matasse antes que t
CAPÍTULO 12 – PONTE DAS PIRANHAS COMO ANTONELLA CONHECEU PETROV – PARTE III(CONTINUAÇÃO)Muito lentamente, Gio Mizzi falou para Edward Petrov. - Senhor Petrov, somos homens de negócios e... - Eu sou, senhor Mizzi! Eu sou um homem de negócios! Você não! Você não calculou os riscos desta transação. Colocou sua ganância pessoal acima da razão. Não usou sua inteligência o suficiente e acreditou no primeiro conto de fadas que coloquei nos seus ouvidos sujos de merda! Você só pensou em si mesmo quando, na verdade, no mundo dos negócios, é preciso olhar todas as vertentes, todos os ângulos e todos os fatos! Você se atrelou a um criminoso, o que esperava, seu filho da puta?Edward Petrov parou de olhar para Gio Mizzi. Deu alguns passos para trás, olhou para praia e ficou de frente para ela. Abriu os braços e fechou os olhos.- Petrov... - Gio Mizzi não o chamava mais de “senhor” - estou aqui para reverter a situação... Ainda de olhos fechados, o mafioso abriu um enorme sorriso, satisfe
CAPÍTULO 13 - "SUA BRAGUILHA ESTÁ ABERTA" COMO ANTONELLA CONHECEU PETROV – PARTE IV - FINAL Antonella Mizzi tinha o costume de cozinhar, principalmente aos finais de semana. Como era domingo, seu noivo Flaco Montanari iria almoçar com a família Mizzi. O pai estava muito estressado desde a noite passada, e ela não sabia o que havia acontecido. De certa forma, estava bastante preocupada com ele. Então, para agradá-lo, resolveu fazer sua comida favorita: macarronada. O pai adorava almoçar macarronada aos domingos, acompanhada com um bom vinho envelhecido do Porto. Quando estava preparando a massa, a campainha da casa tocou. Olhou para o relógio. Faltavam ainda duas horas para o almoço. “Flaco chegou cedo”, pensou. Saiu correndo para ir ao encontro do noivo e, quando abriu a porta, se deparou com um homem baixo, chapéu de couro e bigode. - Bom dia, senhorita. Prazer em conhecê-la. - ele olhou para dentro - está sozinha? Antonella ficou com medo. Nunca vira aquele homem na
CAPÍTULO 14 – “VOCÊ É O PAI DESSE TAMBÉM”Os acontecimentos que se sucederam foram rápidos demais na vida da, agora, Antonella Montanari. O casamento inesperado com o jovem Flaco Montanari, o falecimento do pai de forma covarde e cruel, as visitas constantes às escondidas de Edward Petrov... Sim, ele disse que iria voltar, e sempre voltava. Fazia questão de se encontrar com Antonella em um dos seus hotéis roubados do pai, o que tornava as coisas ainda mais macabras. Antonella não sabia quando isso iria terminar. Talvez nunca. Para ela, obviamente, como era temente a Deus, aquilo era um pecado sem precedentes. Trair o agora esposo era algo inadmissível. Guardou o segredo com todo o cuidado do mundo! Todas as vezes que andava pelas ruas, tinha a sensação de estar sempre sendo vigiada, o que era horrível. Todas as vezes que Petrov desejava vê-la, ele sempre mandava recado por algum capanga, sempre um diferente, em endereços diferentes, em horários diferentes. Inventava todas as descul
CAPÍTULO 15 - ENTERRADA VIVAComo de costume, Petrov não esboçara nenhum tipo de reação com a notícia da paternidade do filho de Antonella. Se levantou da cama, pegou um copo e encheu de uísque, até derramar. Ele estava se esforçando para não demonstrar nenhum tipo de reação, mas não estava conseguindo e saiu de perto de Antonella, para que ela não visse seu momento de fraqueza. Foi para a janela e ficou pensativo. Colocou a mão no coração e ficou massageando, gesto que Antonella não conseguiu entender o que significava. Ele sabia que, diferentemente como foi com Belle, ali seria diferente. Teria que tratar de outra forma. Era questão de necessidade, mas naquele momento Antonella não iria entender o motivo. - Antonella – disse ele – desculpe. O que você deseja que eu faça? - Absolutamente nada. A resposta dela pegou ele de surpresa. Esperava que ela o pedisse alguma coisa, mas... - Como assim, nada? - Nunca lhe pedi nada, Petrov. Nunca lhe pedi nem mesmo minha liberdade.
Embora seja uma certeza concretamente irrefutável, a morte permanece como um dos maiores mistérios da humanidade. Dizem que na hora da morte, nos últimos momentos de um indivíduo, passa-se uma reprise de toda a sua vida diante dos seus olhos, como num flashback. Toda a dor e a angústia, esmagam aquele coração, já perdendo as forças do pulsamento, diante do simples fato de impotência, por saber que nada pode fazer para retardar o encontro com a morte. No fim, o arrependimento pelos erros é tão grande que tudo se transforma em um último suspiro.Nunca ninguém voltou para dizer, mas era assim que Pep Harlow imaginava que fosse. Enquanto sentia seus pulmões encherem de água e o oxigênio esvaindo-se, Pep pressentia que sua vida estava chegando ao fim. Gritava e agonizava-se e o que via-se eram apenas bolhas de ar subindo através da água. Sentia o peso da mão pesada na sua nuca, pressionando-o pra mais fundo. Os sentidos cognitivos já estavam indo embora novamente, quando uma mão puxa-o par