Clarck parou, fechou os olhos por um momento, como se tentasse encontrar as palavras certas, mas quando respondeu, sua voz saiu carregada de dor.• Porque eu não sou mais o mesmo! disparou, girando para encarar Justin diretamente. Minha namorada está deitada em uma cama de hospital, tentando se recuperar dos ferimentos causados por alguém que nem sei quem é!Justin o encara por um instante antes de responder, sua expressão carregada de frustração.• E a minha foi sequestrada por esse mesmo alguém! - revidou Justin, levantando a voz. E nem por isso eu estou saindo por aí atirando primeiro e perguntando depois!Clarck deu um passo à frente, seus olhos fixos nos de Justin, suas mãos fechadas em punhos.• Olha, seja lá quem for, no hospital eu tive a chance de pegar esse desgraçado... - falou Clarck, sua voz trêmula, mas cheia de raiva contida. Mas eu deixei escapar.Ele fez uma pausa, respirando fundo, e lágrimas silenciosas começaram a escorrer por seu rosto.• Nosso respeito está acaba
O silêncio do ambiente parecia absorver todos os sons ao redor, exceto pelos pensamentos que rugiam na mente de Clarck. Ele respirou fundo, encarando o vazio diante de si, como se estivesse conversando diretamente com alguém invisível – talvez consigo mesmo, ou quem sabe com você, que agora ouve suas reflexões. "Já pensou nisso?" ele parecia dizer, sem mover os lábios, apenas com o olhar carregado de significado. Sua história nunca terá um final feliz. Não porque finais felizes sejam impossíveis, mas porque sua história só acaba quando você morre. E, no fundo, quem poderia ser feliz com isso? Quem, nesse mundo, aceitaria a morte com um sorriso nos lábios, achando que tudo se encerrou bem? Ele estreitou os olhos, quase como se aguardasse uma resposta. Mas é claro, nenhuma viria. Porque essa resposta já estava gravada na essência da vida. Ele sabia disso, e agora queria que você soubesse também. "Não podemos viver felizes para sempre." O pensamento ecoava em sua mente como um mantra
O ambiente estava tenso, como se o ar carregado tornasse difícil até mesmo respirar. A luz amarelada dos postes na rua deserta oscilava levemente, iluminando os rostos marcados por expressões de conflito e preocupação. O barulho distante de sirenes e latidos ao longe parecia um lembrete constante de que o perigo estava sempre presente. Justin balançava a cabeça em negação, sua mão direita apertando o punho enquanto encarava Selena. — Não! — ele exclamou, a voz carregada de frustração. — Eu é que te pergunto como não ver que isso é loucura! Selena respirou fundo, erguendo o queixo como quem estava prestes a entrar em uma batalha. — E quando a gente fez algo que não fosse loucura ou arriscado, Justin? — Ela o desafiou, cruzando os braços e inclinando a cabeça para o lado. Justin ficou em silêncio, desviando os olhos para o chão como se buscasse uma resposta na poeira acumulada no asfalto. Selena não esperou. — É por isso que estamos nesse trabalho. — Sua voz ficou mais firme
Clarck não respondeu imediatamente. Sua mente parecia presa nas palavras de Druee, enquanto seu olhar permanecia fixo no chão. — Chega. — A voz de Clarck ecoou firme. Ele caminhou até Taylor e colocou a mão em seu ombro. — O que foi? — Taylor perguntou, ainda segurando Druee pelo colarinho. Ele olhou ao redor, percebendo que todos o observavam. — Ele estava me dando nos nervos. Clarck suspirou, recuando um passo. Ele ergueu os olhos para Druee, que agora estava quase inconsciente, mas ainda havia um sorriso nos lábios ensanguentados do prisioneiro. A sala caiu em silêncio. Todos aguardavam a próxima jogada. Eu respirei fundo e olhei para cada um deles. Sabia que precisavam entender, que precisavam ouvir algo que talvez eu nunca tivesse compartilhado totalmente. — Atenção, pessoal — comecei, a voz pesada com o peso das lembranças. — Preciso contar algo sobre o MZT. Algo que envolve o meu passado. Eles se ajeitaram, os olhares agora cravados em mim, esperando o que eu tinh
Hospital – Quarto de Thayla O ambiente era silencioso, com exceção do som constante e ritmado do monitor cardíaco ao lado da cama. As paredes eram de um branco estéril, quebradas apenas pelos móveis simples de hospital e uma janela que deixava entrar a luz fraca do início da noite. Clarck estava sentado em uma cadeira ao lado da cama, os olhos fixos em Thayla. O rosto dela estava tranquilo, mas os tubos e máquinas ao redor entregavam a gravidade da situação. Ele assistia ao noticiário em uma pequena TV presa à parede. “News Exespers: Foi preso agora o então famoso cantor de Rap Druee como principal autor do ataque à equipe O.H.B., que resultou no coma da noiva do líder da equipe, Clarck, mais conhecido como CK.” Clarck desligou a TV com um suspiro pesado, jogando o controle sobre a mesa ao lado. Sua expressão era um misto de cansaço e desespero. — Ultimamente, minha vida tem sido melhor dormindo do que acordado — murmurou para si mesmo, virando-se para Thayla. Ele segurou
Demi Narrando O salão estava cheio naquela manhã, um ambiente luxuoso, com paredes de vidro que permitiam a entrada da luz natural e refletiam os móveis brancos e modernos. O aroma de produtos capilares misturava-se ao perfume floral das velas aromáticas dispostas em cantos estratégicos. As atendentes, vestidas impecavelmente de preto, transitavam com eficiência entre as clientes, enquanto sons de secadores e conversas preenchiam o espaço.Uma atendente jovem, de cabelos curtos e óculos elegantes, aproximou-se com um sorriso acolhedor.— O que vai ser hoje? — perguntou, com uma prancheta nas mãos.— Quero mudar de visual — respondi, ajeitando uma mecha do meu cabelo que caía sobre o rosto. Cruzei as pernas, decidida. — O resto é com você.Ela me analisou rapidamente, como se já tivesse a ideia perfeita.— OK, já sei até o que vou fazer. — Sorriu confiante, gesticulando para que eu a seguisse.Fui conduzida até uma cadeira em frente a um espelho amplo e bem iluminado. Enquanto ela bus
Clark suspira fundo, apoiando as mãos nas costas, enquanto Thayla o ajuda a andar. Ele tenta esconder as dores que sente, mas o leve ranger de seus dentes trai o desconforto.— Acho que precisamos de férias — comenta Clark, forçando um sorriso.Os presentes riem, compartilhando aquele momento leve. Observam com admiração a tentativa de Clark de manter a postura, mesmo diante do cansaço visível.— E para onde vamos, então? — pergunta Justin, com um sorriso no rosto, cruzando os braços enquanto olha para Clark.Clark não demora a responder, esboçando um olhar distante antes de sugerir:— Que tal… Miami?— Legal! — exclama Selena, já animada com a ideia. — Deixa comigo, eu cuido de tudo!Clark acena com a cabeça, apreciando a prontidão dos amigos. Em seguida, vira-se para Justin e Taylor, gesticulando com um leve movimento da mão:— Justin, você e Taylor podem ir buscar as coisas da Thayla e da Kylie?Justin dá um sinal de positivo com a cabeça e diz:— Claro, chefe.— Vamos, Justin! — c
Clark e Deric caminham pelo apartamento, observando Leonard com um olhar cúmplice.— Então, Leonard, a viagem já está toda planejada — diz Clark, um sorriso leve no rosto. — Ah, e suas malas já estão prontas.Leonard ergue uma sobrancelha, claramente surpreso, mas não diz nada. Apenas dá um leve aceno e segue os dois até o carro, ainda processando as informações.Ao chegar no veículo, Deric se acomoda no banco do motorista, enquanto Clark se ajeita no assento do passageiro. Leonard, sem muita cerimônia, desliza para o banco traseiro, cruzando os braços e observando em silêncio enquanto Deric liga o carro.Clark pega o telefone e, com um toque rápido, disca o número de Thayla. Quando ela atende, sua voz soa ansiosa.— Thayla, só pra avisar que estamos a caminho do aeroporto. Estamos esperando você, Kylie e Katherine. — Ele faz uma pausa, ouvindo a resposta do outro lado, e sorri. — Isso, nos encontramos lá.Eles seguem pelas ruas da cidade, com Deric guiando o carro com facilidade enqu