No dia seguinte, acordamos com Janessa pulando em cima de nós."Posso trabalhar com vocês hoje?" Ela perguntou animada."Mas com uma condição." Ray diz a ela."Qual?" Ela pergunta olhando para ele."Hoje você vai me deixar te ensinar as atividades da escola?" Ela concorda e sai pulando mesmo nós dizendo a ela para não fazer isso. "Temos que passar a trancar essa porta", Raylon disse. "Não quero que Nessa nos pegue fazendo algo que ela não deveria ver.""Não vamos trancar. Já pensou se ela passar mal e não ouvirmos? Pelo menos ela vai poder abrir a porta e nos chamar."Raylon pondera e concorda. Nos levantamos e, enquanto Ray se arruma, vou para a cozinha preparar o café. Depois de tudo pronto, vou tomar banho. Devidamente arrumados, tomamos café juntos, algo que não fazíamos há alguns meses."Preciso comprar roupas novas, essas aqui estão começando a ficar apertadas." Raylon olhou para mim e cochichou algo com Nessa, que sorriu. "Vocês vão ficar rindo pelas minhas costas?" Pergunto a
Raylon PeresHoje é um dia de muita correria, pois Mel decidiu que faríamos uma festa surpresa para nossa filha. Os nossos amigos vieram nos ajudar junto com a ornamentação. Quando Nessa descobriu sobre a festa, ela ficou super empolgada e nos perguntou se seus amigos do orfanato viriam, e quando dissemos que sim, ela ficou feliz. Ela me pediu para brincar no castelo, e eu disse que sim. Quando Mel a viu pulando, olhou para mim, e eu sabia que lá vinha bomba."Raylon, você deixou a menina ficar pulando?" ela me pergunta, e eu confirmo."Você sabe que ela não pode ficar pulando desse jeito. Olha só, se acontecer alguma coisa com ela, a culpa é sua." Pedi desculpa a ela, mas logo as meninas vieram e intercederam por ela, que se acalmou, mas sempre que podia ficava de olho.A bolsa de Mel parecia uma farmácia de tanto remédio. Eu sabia que ela seria uma boa mãe, mas nunca imaginei que seria desse jeito. Ela me gritou, e fui ajudá-la com os arcos de bolas."Por que você não contratou uma
Meridiana PeresFinalmente, os doutores liberaram a minha saída do hospital. Sei que estou sendo muito bem tratada aqui e não tenho do que reclamar, mas nada melhor do que você poder levantar e sair a hora que quiser."Não acredito que você pode ir para casa", Dadá estava sorridente."Para casa ainda não, pois só me sentirei em casa no Brasil, mas já é um alívio não ter que ficar no hospital".Liguei para Raylon, que me atendeu rapidamente."Oi, mãe, bom dia. Aconteceu alguma coisa?", ele perguntou preocupado."Oi, meu filho, estou bem. Estou te ligando para te dar uma ótima notícia, vou voltar para o apartamento. Os médicos querem saber se eu poderei levar uma vida 'normal'". Faço o sinal de aspas com as mãos como se ele pudesse ver."Isso é maravilhoso, mãe", ele diz. "Peraí que vou contar pra Mel."Ouço a voz de Mel comemorando ao fundo."Oi, Meridiana, parabéns. Fico muito feliz pela sua recuperação", Mellory me felicita, e logo em seguida ouço a voz do meu filho."Vê se não vai f
No dia seguinte, chamei Dadá para darmos uma caminhada e tomarmos café na rua. Ela recusou o café porque, segundo ela, não queria "comer água com salsicha", mas eu disse a ela que não precisaria se preocupar, pois eu sabia de um lugar onde poderíamos tomar café estilo Brasil."Menos mal, porque ninguém merece comer uma coisa ruim", ela comentou."Você nem comeu, como sabe que é ruim?", perguntei, e ela deu de ombros."Raylon me disse, e eu acredito nele."Dadá sabe melhor do que ninguém como Raylon é fresco. O café não era de todo ruim, mas era estranho. Nos arrumamos e fomos caminhando. Cerca de meia hora depois, vimos dois homens que aparentavam ter a nossa idade correndo."Oh, papai!", exclamei, e Dadá olhou para mim."Quem te viu e quem te vê, Meridiana.""O que eu fiz? Que culpa eu tenho se aqueles caras são uns delícias."Eu os admirava com os olhos, e quando eles viraram para nós, percebi que eram os doutores Egon e seu irmão, o doutor Andreas."Oi, que surpresa encontrar vocês
Quase um mês se passou e Janessa está bem recuperada. Como falta um mês e meio para encerrar o ano, eu acabei optando por permanecer com a educação da minha filha em casa. Dona Magnólia e a professora Brenda também concordaram comigo. Estava jantando com Ray e Nessa quando meu celular tocou, e quando olhei no visor vi que era a minha tia."Oi, tia Tônia, aconteceu alguma coisa?" perguntei a ela, que negou."Não, meu amor, estou ligando para avisar que os meninos e eu passaremos uns dias no Rio de Janeiro e gostaria muito de poder marcar com você para nos vermos. Quero muito ver como está a minha barrigudinha e conhecer a minha nova sobrinha.""Que maravilha, tia. Não vejo a hora de vê-la. Estou sentindo saudades de vocês. Tio Afons virá também? Raylon gostou muito dele e dos meninos.""Sim, nós iremos primeiro, e ele virá depois de fechar alguns negócios pendentes com o haras. Você soube o que aconteceu com Fabíola? Estou em choque com a loucura dela. Fico feliz que ela não seja minha
Já em casa, não estava me sentindo muito bem, então resolvi deitar. Raylon me perguntou se eu estava bem, e eu precisei dizer a verdade a ele, que ficou preocupado. Ele ligou para a doutora Lúcia, que o tranquilizou dizendo que o que estava sentindo era apenas cansaço. Janessa entrou no quarto e se deitou ao meu lado, fazendo carinho em minha barriga. Ray entrou e me avisou que amanhã eu não iria trabalhar, e perguntei a ele o motivo."Você ainda precisa de motivo?" Ele pergunta, e eu afirmo. "É só olhar o espelho, você está abatida.""Mas não posso me afastar no momento. Daqui a pouco entraremos em recesso, e aí descansarei.""Pode e vai. Amanhã eu saio cedo, e você vai ficar em casa com Nessa." Eu até iria discutir, mas estava cansada demais para isso.Ray saiu, e quando retornou me avisou que o jantar estava servido, o que me deixou muito surpresa, pois ele não sabia cozinhar. Chamei Nessa, e juntas fomos para a sala, onde a mesa estava posta."Onde você comprou essa comida?" Pergu
Nem acredito que já cheguei aos cinco meses cravados, a barriga está bem protuberante, e eu achando que não teria muita barriga, só rindo mesmo. Nosso coquetel transcorreu muito bem, todos os funcionários se divertiram bastante, e agora oficialmente estamos em recesso e super animada para poder ir para a fazenda, amo me reconectar com as minhas raízes."Em que está pensando?" A voz de Raylon próximo ao meu ouvido me assustou."Você precisa parar de me assustar." Ponho a mão no peito."Não foi a minha intenção", ele colou nossos corpos e pôs a mão em meus seios. "Nossa, amor, você está gostosa, olha só esses peitões, me deu vontade de..." O cortei imediatamente."Pode ir tirando seu pangaré da chuva, aqui só meus filhos irão encostar." Ele me olhou e bufou."Sério mesmo?" Confirmei com a cabeça."Senhora Peres vai dormir, porque amanhã a senhora acordará cedo." Ele estende a mão e eu aceito.Raylon tem ficado muito no meu pé, isso é muito chato. Ele não achou que era uma boa ideia eu f
Celina Magalhães"As meninas não sabiam como eu estava arrasada por dentro, mas eu não quero perturbá-las com meus problemas. Fui mergulhar para relaxar um pouco e, quando saí da água, sentei na canga. Percebi que as meninas estavam me olhando, até mesmo Nessa, mas fingi que não percebi. Meu celular apitou e eu sabia que era Joca.""Oi amor, você está bem?" - Ele pergunta, e eu afirmo."Sim, o que você quer?""Você me pediu para te contar sobre a minha vida e foi isso que eu fiz.""Eu pedi para você me contar, só que eu não sabia o que você teria feito com a moça, então é por isso que toda vez que você bebe fica pedindo perdão a ela." - Ele não me respondeu, e eu desliguei o celular.Fiquei olhando para Mel e Nessa brincando na água. As duas riam e jogavam água uma na outra. Sempre soube que Mellory tinha instinto maternal.Maryanna se sentou ao meu lado e ficou me perguntando o que estava acontecendo comigo, e eu disse a ela que não gostaria de conversar naquele momento. Mary pediu p