Caramba, como desejei tanto esse beijo! Por anos, quis me aproximar dele em meus sonhos, sentir como era estar frente a frente dele. E hoje estou aqui percebendo que Adrian só aparecia nos meus sonhos para me lembrar de que mesmo sem saber nada do meu passado, e nem quem era ele, eu o amei. O amei tanto que sua imagem não deixou que me envolvesse com ninguém.— Que saudade, amor. — Adrian sussurra e volta a me beijar. Parece que o gosto da sua boca é o melhor sabor do mundo, nossas línguas dançam em sintonia, a um choque elétrico em cada beijo. Sinto tanto amor, tanta paixão queimar meu peito. Ao terminar o beijo, colamos nossas testas, tentando recuperar nosso fôlego. "Prometo que nunca mais deixar você e os nossos filhos nem um só segundo longe de mim. Eu te amo, minha Luna."Olho pra ele com ternura. Como pode existir um amor que suporte o tempo? Como pode ele me amar, mesmo pensando que eu estava morta? E eu, a mais louca, como sem lembrar de tudo que vivemos, sinto que é ele quem
Depois de conseguir acimilar todas as emoções que senti, Adrian me trouxe para conhecer uma mulher, ela está de costa arrumando umas roupas nos cabides, fico um tempo na porta admirando sua imagem, seus cabelos na altura dos ombros são da mesma cor que os meus, aos poucos ela se vira e se assusta ao me ver.— Luna...— Ela sussura meu nome.— Amor, antes de você perder a memória, me confidenciou que seu sonho era descobrir quem era sua mãe... bom, essa é a Virgínia. Por um momento de desespero para proteger seu bebê... ela a deixou num orfanato...— Adrian começa a falar como se estivesse escolhendo as palavras, o olho com um pouco de insegurança, ele me coloca na frente dela e meus olhos se enchem de lágrimas.— Perdão filha...— Virgínia diz num fio de voz, parecendo ser incapaz de soar qualquer som.— Ela... é minha mãe?Gaguejo tentando entender o que estou sentindo. Desde que acordei do coma me pergunto quem era minha mãe e por que cresci em um orfanato, Meu irmão até me explicou so
O sol brilhava no céu, os pássaros cantavam e uma brisa suave acariciava a tarde do nosso casamento. Tudo parecia perfeito, já se passou 3 anos desde o meu reencontro com Adrian, decidimos fazer tudo com calma, por ele já estávamos casados na semana que me encontrou, mas quero viver cada segundo como se fosse o último. Afinal já estávamos morando juntos, nunca fui muito apegada com tais cerimônias.Entrei de mãos dadas com minha mãe, a emoção estava tomando conta de mim, mas nada se comparava ao olhar emocionado do meu amor enquanto eu caminhava em direção ao altar. Seus olhos transmitiam uma mistura de amor, admiração e alegria, e suas lágrimas eram testemunhas silenciosas do que sentia.— Você está lindo, meu amor.— Sussurro ao se aproximar , Adrian segura em minhas mãos e consigo sentir o quanto ele está nervoso.— Você está deslumbrante, minha princesa. Não consigo acreditar que este dia finalmente chegou.— Parece que foi ontem que nos conhecemos pela segunda vez, não é?— Sim, co
Quando vou dizer que estou grávida, um cheiro de tempero entra pela janela me fazendo correr para o banheiro, Adrian vem atrás preocupado... — Amor, o que houve? Você está bem? — Estou bem, só preciso de um minutinho. Falo debruçada no vaso. Adrian se aproxima e segura meus cabelos para não sujar, sinto seus dedos trêmulos passando na minha costa tentando me confortar.Já um pouco melhor levanto um pouco envergonhada e vou escovar meus dentes para tirar esse gosto horrível da minha boca. Lavo meu rosto, Adrian se coloca atrás do meu corpo e me abraça.— Tenho que cuidar de você, amor. Vamos para o quarto, deita um pouco e descansa, seu rosto está tão pálido.— Ele diz encarando meus olhos pelo espelho. Dou um leve sorriso e suspiro fundo.— O que o Denis disse? É alguma virose?— É sim, essa virose dura nove meses...— Falo tentando disfarçar minha vontade de chorar virando de frente para ele, meus olhos ficam fixos nos dele.— Nove meses... amor? É o que estou pensando?— Sim, Denis
Até o último momento da gravidez Adrian e eu nos amamos, nos respeitando. Claro que nem tudo são flores, somos pessoas diferentes, mas nosso amor capaz de derrubar qualquer barreira, destruir qualquer desavença, e nos amar nos momentos mais difíceis, pois no momentos de alegria, seria fácil demais. Os nossos pequenos já completaram um ano, os meninos estão rapazinhos, completaram 7 anos, são muito apegados em nós dois. Henry hoje está na idade que o filho de Adrian morreu, ainda me assusto olhando as antigas fotos dele, meu menino é idêntico ao Henry, absolutamente nada é diferente, até mesmo o jeito introvertido Adrian diz que parece. Hoje viemos em um parque trazer as crianças para brincar, Lívia e Henry são grudados um com o outro, Murilo e Arthur são como se fossem um só, olho pra ele e vejo Arthur quando era pequeno. — Amor du céu, acho que já não tenho energia para ir atrás dessas crianças.— digo me encostando na árvore para recuperar o fôlego. — Nem me fale, princesa, eles s
Depois daquele dia no parque, a amizade entre as crianças cresceu. Passaram-se alguns anos desde então, e agora Isadora tem 14 anos, enquanto Henry tem 18. Embora tivessem crescido, Henry ainda se preocupava com ela como se fosse sua irmãzinha, e Isadora sempre o admirara. Gabriel, que agora está com 18 anos, implicava com a irmã na infância, mas no fundo a adorava e a chamava carinhosamente de "Pequeno Monstrinho".Em um dia ensolarado de verão, Isadora, Gabriel, Arthur e Henry estavam sentados no jardim da casa, conversando sobre suas vidas. Apesar da pouca idade, Isadora tinha muita responsabilidade e por ser a única mulher na casa, teve que amadurecer muito rápido. Isadora nutria um amor oculto por Henry, mas tinha medo de confessar seus sentimentos e arruinar sua amizade. Sua diferença de idade também era algo que a preocupava, afinal, ela era apenas uma criança conhecendo o sentimento do primeiro amor.— Então, Isa, como foi seu primeiro dia no ensino médio e no colégio novo? —
Após o colégio Henry e Isadora resolveram caminhar, passaram no parque que se conheceram, ela ficou olhando e se lembrando exatamente do dia em que ela o conheceu, Isadora tinha apenas 3 anos, porém sua lembrança daquele dia era bem clara na sua memória, ninguém entendia por que ela não conseguia esquecer nada no decorrer desses anos.Henry vendo que ela estava pensativa segurou em sua mão e a puxou para o parque. Assim que sentiu seu toque ela fica com as bochechas vermelhas fazendo ele rir. No parque tinha um banco que dava uma linda vista das árvores, eles se sentaram e ficaram em um silêncio confortável.— Pequeno monstrinho.— Henry fala quebrando o silêncio.— Sei que ainda faltam algumas horas para o seu aniversário, mas não resisti e trouxe seu presente hoje.— Sério Henry.— Ela fala amimada se virando de frente para ele. Henry lhe entrega a pequena caixinha e sorri da sua empolgação.— Obrigada, você é tão atencioso!— Espero que você goste. Eu pensei em algo que pudesse te lemb
Na manhã seguinte Isadora acorda animada, enfim chegou seu sonhados 15 anos, ela toma um banho rápido coloca um conjunto que Gabriel deu para ela de presente e desce correndo, sabendo que uma mesa com tudo que ela gosta estaria pronta, mas diferente de todos os anos, ao chegar na sala ela vê várias malas, seu pai sentado com as mãos na cabeça ao ver ela Thomas se levanta e abraça a filha.— Está linda minha filha. Feliz aniversário, não deu tempo para peparar algo especial... mas vou providenciar logo.— ele deu um beijo demorado na testa da filha e disfarçou a tristeza sorrindo.— Eu te amo minha amora.— Obrigada pai, eu também te amo... pai, o que é isso? Por que essas malas?— Filha, temos que conversar. Eu tomei uma decisão difícil, mas realmente não tenho outra opção.— Thomas fala entre suspiros tristes.— O que quer dizer, pai? Vamos viajar?— Não filha, temos que voltar para o Brasil. Não consigo mais manter nossa vida aqui.— Mas e a nossa casa?— Sua vó exigiu que vendesse a c