Sessenta e cinco
Nina

— Eu... me desculpe, Nina! Eu só... eu queria tanto me livrar daquele homem horrendo que...

— Eu sei, querida, eu sei! Mas agora passou, não é? — Ela meia a cabeça fazendo sim e força um sorriso molhado.

— Juntas outras vez! — Maya comemora com um tom baixo, mas ela não esconde o seu sorriso feliz e vitorioso. Contudo, o meu sorriso que já era fraco morre, porque eu bem sei que não será assim. Nunca mais será.

— Precisamos conversar, meninas — falo com um tom sério que as faz me encarar. — Vocês sabem que não será bem assim, não é?

— Como assim? — Maya questiona receosa.

— Os maridos de vocês são da máfia russa e eles jamais abririam mão das suas esposas.

— Mas você disse que...

— Eu disse que vocês têm a liberdade, mas dá para ter tudo, certo?

— Eu não estou entendendo, Nina. — Jude retruca. Tiro a arma da minha irmã de cós da minha calça e levo o dedo ao gatilho, porém, não a aponto para ninguém. Receosas, elas olham para o cano prateado.

— Estou dizendo que para ficar livres
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