— Antídoto! — Glória dizia isso, incrédula.

Thainá dava o remédio a Rafael.

Rafael olhava profundamente para ela, era raro ela alimentá-lo.

O significado no olhar dele era tão claro que Thainá franzia a testa:

— Vai comer ou não?

Ele comeria, claro.

Envergonhado, Rafael desviava o olhar e, naturalmente, abria a boca para engolir a pílula. Seus lábios finos envolviam "acidentalmente" as pontas dos dedos suaves dela, enquanto a língua macia roçava "sem querer" a ponta de seus dedos.

Depois de tantos anos, ele se tornou ainda mais atrevido, tendo pensamentos flertativos até mesmo em um momento de crise vital.

Thainá olhou friamente para Rafael, retirando a mão com indiferença.

Rafael baixou a cabeça, frustrado. "Os dedos de Thainá eram os mais sensíveis, mas ela não reagiu como antes. Será que ela realmente perdeu o interesse por mim? Será que ela realmente se apaixonou por aquele médico agora?"

Thainá colocou o frasco de remédio de volta, levantou-se e virou-se com um par de olhos extrem