Quase um mês se passou, chegando assim o dia do festival, dando início a Primavera. Lya estava em casa como prometeu, mas logo retornaria para a faculdade. Minha sogra também chegou do Brasil,trazendo muitos presentes para as crianças, uma avó babona e coruja.
Acordei cedinho,Eduardo ainda dormia com Amellie em nossa cama. Ela acordou de madrugada e fiquei com preguiça de levá-la de volta ao seu quarto.Estávamos exaustos, apesar de ela ser um doce de criança, é super cansativo a vida de pais de um recém nascido. Fui até a sacada, o sol já estava dando o ar da sua graça, e tudo ao redor estava florido. Noah estava correndo no jardim com Kira, me olhou e fez um coraçãozinho com as mãos ao qual retribuí. Ele estava feliz. Ele tinha uma família e nós temos ele, nosso filho.Entrei no banheiro,tomei um banho rápido, vesti o roupão ,escovei os dentes, e quando passava o hidratante no rosto, Eduardo chegou atrás de mim e me abraçou forte,
―Estou com
Pov Elizabeth Fiquei imóvel tentando assimilar o que acontecia a minha volta. Tentando aceitar que era real o que estava acontecendo. Uma dor forte, aguda e sem explicação invadiu meu interior ao me deparar com o berço vazio. Meu coração se rasgou em mil pedaços.―Nãoooooo!!! foi o uivode dor que saiu da minha boca, ecoando pela mansão a fora, em meio a madrugada escura.Eduardo se acordou lentamente sem entender o que acontecia. Olhou para mim confuso com o berro que dei desesperada agarrada ao berço de Amellíe.Ele se levantou do tapete colocando a mão na cabeça verificando o sangue, me olhou com os olhos lacrimejando,―Não...ele disse sussurrando.Balancei a cabeça enquanto minhas lágrimas corriam pelo meu rosto, me fazendo soluçar.Me aproximei dele segurando em sua camisa quase que a rasgando―Ela levou nossa filha Eduardo, ela levou nossa menininha...como ela foi cap
Pov EduardoPeguei Lyz em meus braços e a levei para nosso quarto. Ela estava desesperada e não aguentou, desmaiou, perdeu suas forças ao lutar com a dor.Já estava amanhecendo quando liguei para o doutor solicitando sua presença em nossa casa, para que ele a medicasse. Ele chegou logo, antes mesmo de ela se acordar e injetou um calmante para que ela pudesse descansar por mais algumas horas....Um suspiro longo e pesado saiu de minha boca, como seu o mundo inteiro estivesse sobre meu peito dificultando minha respiração. Estou perdido e sem saber o que fazer, estou de mãos atadas. Tudo está fora do alcance de minhas mãos, qualquer ação minha agora pode trazer muito sofrimento. Logo eu, que sempre tive tudo sobre controle,não sei como tomar as rédeas da situação novamente....Estou sentando em uma cadeira próxima a cama observando L
Pov LyzO destino ou a vida, seja lá o que for, gosta de pintar nossos rostos bem colorido e debochar de nossas reações...Quando eu iria imaginar, que Oliver, meu ex noivo, o homem ao qual repudiei ao descobrir seus segredos, pode ser nossa salvação, trazendo nossa menina de volta?Eu jamais iria imaginar isso...―Como? perguntei sem acreditar no que eu havia acabado de ouvir,―Eu tenho esse dinheiro. Está no meu carro, ele respondeu.―Como assim?―Eu vendi tudo que era meu...Vendi a empresa, os apartamentos, meus carros e a minha casa aqui na cidade...Eduardo me trouxe de volta para acertar as contas com você Elizabeth, e então eu aproveitei e acertei minhas contas com a justiça. Paguei minhas dívidas, e esse dinheiro que tenho aqui, parte dele é para pagar alguns dos funcionários que faltaram pagar. O restante eu vou usar para construir minha vida no Brasil.Ficamos em silêncio escutando o que Oliver tinha a di
Pov Eduardo...Fiquei por algum tempo sentado observando a maleta de dinheiro ao lado do celular em cima da mesinha. Minha mente confusa tentava entender o porque disso tudo está acontecendo conosco. Nem eu nem muito menos Lyz merecíamos uma facada tão cruel da vida. Me levantei indo até a mesa e pegando meu celular. Olhei a hora que parecia estar de complô com minha ansiedade. Sentei novamente, tentando assim criar coragem para entrar em casa, indo até Elizabeth, que acabara de passar por aqui deixando suas lágrimas comigo. Escutei passos atrás de mim que me fez virar, era Joaquim, que assim como eu mostrava estar abalado. Ele se aproximou, esboçou um leve sorriso sem jeito e disse―Oi patrão... como o senhor está? Alguma notícia?―Não estou nada bem, disse passando a mão pelo rosto―Mas principalmente Lyz, está extremamente abalada.<
...Está amanhecendo e eu estou aqui sentado no escritório em minha poltrona de frente para a sacada olhando o sol nascer. Tentando aceitar o fato de que minha filha e minha mulher estão nas mãos de uma louca, e que se tudo não acontecer conforme o planejado, isso não acabará bem.Andei de um lado para o outro praticamente a madrugada inteira, estou cansado, exausto e ansioso.―Filho..., minha mãe entrou no escritório com uma bandeja de café,―Alguma notícia?―Ainda não mãe...Matthew me falou o que eu tinha que fazer para conseguir identificar o número. Baixei o tal aplicativo que ele me indicou e descobri o número. Enviei a ele, e ele ficou de me retornar assim que descobrir a localização.―Tome um café querido, você precisa ficar forte. Se ficar sem comer, ficará fraco e doente, como irá trazer minha neta
Pov Elizabeth...―Como você foi capaz? Eduardo perguntou,―Da mesma forma que você foi capaz de tirar tudo de mim...Eu e Eduardo cruzamos nosso olhares confusos, sem entender o que se passava.―Você me tirou Catarina, tirou meu filho de mim.E depois Lyz apareceu e você a conquistou antes de mim, e a teve em seus braços. Ela era pra ser minha! minha ouviu? Mas você também tirou essa oportunidade de alguém me amar novamente.―Do que você está falando? Perguntei,―Eu nunca te dei nenhuma esperança. Sempre fui respeitosa com você Joaquim, sempre o tratei como uma amigo, um irmão.Ele sorriu com os olhos lacrimejando e se aproximou de mim. Passou o polegar em meu rosto me deixando enojada,―Não toque nela, saia de perto dela seu maldito, ou eu mesmo vou te matar, esbravejou Eduardo,Ele apenas bufou revirando os olhos, puxou uma cadeira e se sentou em frente à Eduardo.―Você lembra como conheceu Catarina?Eduardo não respondeu, apenas o olhou com ódio enquanto eu estava em pânico aos pran
EduardoMe levantei com a ajuda de Matthew e Jonh. Oliver se aproximou,já com Amellíe calma em seus braços e entregou-a mim, eu apenas agradeci com o olhar.Uma paramédica entrou logo em seguida e pediu para que eu entregasse a menina,―Não, eu mesmo vou levar minha filha, respondi.―Mas senhor, precisamos verificá-la, ver sua nutrição e tudo mais,Prendi a pequena em meu peito e neguei novamente. Matthew olhou para ela e fez sinal que estava tudo bem.―Como o senhor desejar então, ela disse e saiu.Saímos da casa e olhei a minha volta e havia um cenário de um filme policial.Samantha dentro de uma viatura aos prantos e Joaquim sendo quase que arrastado pelos policias com o rosto bem machucado. Entreguei imediatamente minha filha a John e corri até Joaquim.Minha fúria foi imensa, que ninguém podia me segurar. Agarrei-o pelo colarinho quase que rasgando sua camisa,―Se acontecer alguma coisa com Elizabeth, eu vou até o inferno te procurar. Serei preso com gosto por dar fim a vida de
alguns minutos depois...―Venha Eduardo, pode entrar.Entrei na sala de interrogatório, sentei na cadeira fria e cinzenta e logo trouxeram Joaquim.―Ah, você!? O que quer?Ele me diz com desdenho revirando os olhos,―Como você pode? Eu não consigo entender.―Não começa vai, não estou com saco pra isso.―Desde o começo foi mentira? Você era meu irmão Joaquim,―Não, eu não era. Eu era apenas seu empregado.―Não. Não mesmo, você está errado. Eu o tratei como um amigo, como meu irmão, e eu tenho consciência disso. Você foi meu apoio quando meu pai morreu, quando Catarina morreu.―Porque eu também estava sofrendo, ele diz socando a mesa―Eu a amava, e você a tirou de mim.―Eu não a tirei de você. Ela me escolheu e você aceitou ser o segundo plano dela.Ele me olha com fúria e se cala.―Você podia ter agido como homem e me dito,nem que nossa amizade ficasse balançada, mas podia ter dito a verdade. Não deixando que o ódio te dominasse.Sabe...eu sei como é estar no seu lugar, pois eu já esti