Capítulo 3

Jasmine

     Chegou à segunda-feira e já estava tudo arrumado para irmos para meu novo trabalho. 

Eu só espero que dê tudo certo! 

Aquele homem simplesmente não saiu da minha cabeça durante todos esses dias que passaram e sinceramente não sei o que aconteceu, pois nunca fui de ficar com homem na cabeça, muito menos um que será meu patrão.

Sempre fui de sair, me divertir, dançar e só. Talvez uns beijinhos em homens que possivelmente não irei ver nunca mais.

Sou solteira e levo minha vida sem homem algum para pegar no meu pé. Já tive um namorado, só que ele era muito chato, ciumento, pegava no meu pé demais e por conta disso me separei dele depois disso estou solteira até hoje.

Quando quero dar um beijo na boca e mais nada, vou a boate com minhas amigas. Já tem um tempinho que eu não tiro o atraso e isso está me deixando louca. 

Acho que é por isso que estou pensando naquele homem gostoso, certeza. 

Acordei cedo para poder arrumar as coisas e em seguida ir para a mansão do senhor Anthony. Minha mãe já estava acordada e foi um sacrifício convencê-la a se mudar comigo, mas ela aceitou no final sem ter como negar. 

Todas as malas já estavam prontas, logo chamei um UBER para irmos, pois não quero chegar atrasada. Não vou dar motivo para aquele homem me chamar atenção, até porque ele tem cara de mau e parece ser mal-humorado.

Lindo daquele jeito e de mal humor... 

Infelizmente ainda não conheci as crianças, sei que elas têm quatro anos e seis meses, e devem ser lindas. Se forem iguais ao pai, com certeza são lindas. 

Porque o homem é muito charmoso. 

“Jasmine, querida?

Para de pensar naquele homem, chega!

Não esqueça que ele é seu patrão e entre patrão e empregada não existe nada!”

Não consigo tirar da cabeça que só poderei sair de folga de quinze em quinze dias. Não vou poder curtir meus finais de semana com as meninas e terei que ficar confinada dentro daquela mansão. Logo eu, que gosto de sair e ir em uma balada com minhas duas amigas malucas, que amam uma festa também.

Alicia e Lurdinha, minhas duas queridas amigas, também são solteiras, assim como eu. Somos três solteiras e quando saímos, é uma loucura, as duas desaparecem da boate e eu fico lá dando uns beijinhos e mais nada. Agora elas não, vão para casa delas ou para o hotel, aproveitando a vida delas do jeito que elas podem.

Interrompo meus pensamentos com a chegada do Uber, peguei as malas e coloquei dentro do porta-malas do carro. Entramos e partimos para a mansão do senhor Anthony.

Quando chegamos o mesmo segurança que vi no dia da entrevista estava no portão e por isso ele já me conhecia. Ele mandou o carro entrar e parar em frente a porta, para que nos ajudasse na hora de tirar as malas do carro. Assim não teríamos que andar muito.

Peguei tudo e coloquei em frente a porta, logo vejo a mesma senhora gentil que me atendeu na entrevista e ela foi primeiramente falar com minha mãe.

Entramos e nos levaram até nosso quarto que era grande e a cama da minha mãe ficava no mesmo quarto que o meu. O lugar era lindo, bem aconchegante e maior do que minha casa.  

A senhora Teresa falou que as crianças vão acordar em breve, que elas sempre acordam muito cedo e são apenas um pouquinho enjoadas e abusadinhas, mas no fundo são uns amores.

— Vocês preferem ficar no mesmo quarto ou em quartos separados? Preparei o quarto assim porque o senhor Anthony falou que sua mãe estava com um problema de saúde e que é você que cuida dela. Então, achei que assim seria uma boa para vocês ficarem juntas, mas se preferir posso colocá-la em um quarto separado — Teresa diz mostrando o quarto. 

— Para nós está ótimo. Muito obrigada, a senhora é muito gentil! 

— Não precisa me chamar de senhora, me chame somente de Teresa, já está ótimo. — Antes mesmo de deixar o quarto, Teresa completa: — O senhor Anthony está aguardando você no escritório, para combinar os detalhes do trabalho. — Saiu porta a fora. 

Glória a Deus, ver esse pedaço de mal caminho essa hora da manhã vai melhorar 100% do meu dia.

Bati na porta e ele com sua voz grave mandou que eu entrasse, admito que os pelos do meu corpo chegaram a arrepiar.

Que Deus me ajude! 

Nunca havia me apaixonado pela voz de alguém. 

Será que me encantei por ser proibido? 

Sei que ele é meu patrão, mas ele é muito gostoso. 

Assim que entrei, ele me mandou sentar depois perguntou se havia trazido minha carteira de trabalho e fiz com a cabeça que sim. Ele ficaria com ela para poder fazer o registro e deixar tudo conforme a lei, porém disse que só assinaria dentro de um mês, após a experiência. 

Merda, ainda tem a tal da experiência! 

Neste mês terei que ser uma santa, inclusive acho que nem vou sair daqui para ir as farras.

— Tudo bem, senhor Anthony. Já entregarei minha carteira.

Ele falou o valor do meu salário e eu fiquei pasma. Receberia mais aqui do que no meu último trabalho e se soubesse disso antes, já estaria trabalhando de babá faz tempo.

— Caralho, vou ganhar isso tudo? — Arregalei os olhos ao ver que havia falado um palavrão.

— Espero que você não ouse pronunciar essa palavra perto das minhas filhas ou teremos um grande problema. Entendeu, Jasmine? — diz com raiva.

— Desculpa, senhor Anthony! Isso nunca mais vai acontecer — respondo nervosa.

Juro que por um instante quando pedi desculpa vi um sorriso no canto da sua boca. Ele pergunta qual tamanho uso, pois precisava providenciar meu uniforme. Sem ele permitir, peguei uma caneta e um bloco de notas que estava repousando sob a mesa e escrevi minhas medidas depois pedi licença e me retirei, pois sou muito educada. 

Deixei aquele homem de olhos lindos e corpo gostoso em sua sala e voltei para meu quarto ainda pensando nele. 

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo