Luna permaneceu com o celular na mão por longos segundos depois que Jacob desligou. O silêncio da sala parecia ensurdecedor. Seu coração martelava contra o peito, ela sentia o rubor quente em seu rosto.Ela passou a língua pelos lábios secos, tentando ignorar a forma como sua respiração havia mudado. Jacob… O nome dele ecoava em sua mente como um segredo proibido, como algo que não deveria ser dito em voz alta, mas ali estava ele, de volta à sua vida, invadindo seus pensamentos, bagunçando suas certezas.A forma como ele falava com ela… tão leve, tão confortável, como se os anos não tivessem passado, como se aquela conexão que um dia tiveram ainda estivesse lá, pulsante, viva.O pior era que ela não conseguia parar de sorrir.“Pelo amor de Deus, Luna! Ele é casado!” — ela se xingou mentalmente.Apesar de tudo, era inútil negar. Aquele homem ainda exercia um efeito sobre ela que nenhum outro conseguiu. Sacudindo a cabeça, tentando afastar os pensamentos perigosos, pegou o telefone e
Jacob estacionou o carro em frente ao prédio de Luna, sentindo um misto de ansiedade e empolgação. Ele olhou pelo retrovisor e viu Joshua atrás dele, chutando os pés no banco com animação. O menino estava radiante, ansioso para reencontrar Valentina.— Papai, você acha que a Valentina vai gostar do presente que eu comprei pra ela? — Joshua perguntou, segurando a sacolinha colorida no colo.Jacob sorriu.— Tenho certeza que sim, campeão.Os dois desceram do carro juntos e entraram no prédio. Jacob não ia negar, estava nervoso em rever Luna, mas precisava agir como um homem adulto, não como um adolescente apaixonado.
O cinema estava lotado, mas Jacob sentia como se estivesse em um mundo paralelo, onde só existiam ele, Valentina e Joshua. Desde o momento em que pisaram na fila para comprar os ingressos, a animação das crianças tornava tudo mais leve, mais especial.— Eu quero pipoca doce! — Joshua anunciou, já saltitando de ansiedade.— Mas eu gosto da salgada… — Valentina cruzou os bracinhos, pensativa.Jacob riu, segurando as pequenas mãos de cada um, sentindo o calor infantil envolvê-lo.— E se pegarmos as duas e dividirmos?Os olhinhos dos dois brilharam imediatamente.&mdas
Bianca estava saindo de uma loja de sapatos quando seus olhos captaram uma cena inusitada na praça de alimentação do shopping.Jacob Lancaster, o sempre sério e reservado empresário, estava ali, com um sorriso aberto no rosto, segurando duas crianças nos braços.Ela parou de andar, surpresa. Joshua, ela reconheceu imediatamente, mas a outra menina…Bianca franziu a testa e estreitou os olhos. Algo naquela garotinha chamou sua atenção de imediato. Os traços delicados, os cabelos loiros, os olhos azuis… os mesmos olhos de Joshua. Seu olhar desviou para Jacob novamente, foi ali que a peça do quebra-cabeça se encaixou.A menina era igual a ele.
Samantha chegou em casa furiosa, abriu a porta abruptamente e jogou o celular contra o sofá, mas o gesto não aliviou em nada o turbilhão de ódio que fervia dentro dela.— Aquela pirralha… — ela rosnou, cerrando os punhos com tanta força que as unhas cravaram nas palmas de suas mãos.A cada dia mais, essa menina maldita estava se infiltrando na vida de Jacob e Joshua. Agora, até as pessoas estavam comentando.Quem era essa garota? Quem era a mãe dela?Samantha sabia a resposta.Era uma vadia qualquer, que Mia estava empurrando para cima do seu marido. Uma mulher insignificante que, além de tudo, ti
Jacob estacionou o carro em frente ao prédio de Luna e, antes mesmo que pudesse desligar o motor, as crianças já estavam impacientes.— Corre, Joshua! — Valentina gritou, rindo.Joshua, sem perder tempo, abriu a porta e saltou para fora, sendo seguido por Valentina. Os dois passaram voando pelo saguão do prédio e subiram as escadas correndo como se fossem foguetes, deixando Jacob para trás.Ele observou a cena e sorriu, balançando a cabeça com diversão.Caminhou até a porta do apartamento e, antes que pudesse bater, Luna já estava ali, apoiada no batente, com um sorriso divertido nos lábios.— Espero que n
Jacob Alexander LancasterSaí da casa de Luna desorientado, o coração martelando contra o peito, parecia querer escapar. Meu peito subia e descia rapidamente, a respiração falhando, como se o ar ao meu redor tivesse se tornado insuficiente.“O que diabos eu estava fazendo?”“Por Deus, eu quase a beijei.”Passei as mãos pelos cabelos, tentando apagar o desejo que ainda queimava em minha pele, mas era impossível. O cheiro dela, a proximidade, o modo como seus lábios se entreabriram…Fechei os olhos e inclinei a cabeça contra o volante, tentando respirar.Isso nã
— Eu entendi, volto a perguntar: O que você vai fazer agora?Jacob hesitou. Olhou para o líquido dourado em seu copo, como se ali houvesse alguma resposta. Pela primeira vez na sua vida, decidiu não pensar, não ponderar, não se prender a arrependimentos ou medos.— Vou fazer o que eu quero — sua voz saiu firme. — O que eu desejo.Liam o observou por um momento, soltou uma risada curta e ergueu o copo em um brinde silencioso antes de beber mais um gole. Os dois ficaram ali por um tempo, apenas bebendo, cada um perdido em seus próprios pensamentos.Quando Jacob terminou sua &uacu