DaniJá eram onze horas da manhã e a Ge me ligou dizendo que nos encontrariamos direto na casa do Fernando. Passou a localização com o endereço e mostrei ao Danilo. Por coincidência ou não, era muito próximo do chalé onde estávamos. DG continuava com toda aquela tensão sobre o Fernando, mas procurei não tocar no assunto para não discutirmos e estragarmos o momento tão lindo que estávamos vivendo. Fui me arrumar e quando saio vejo DG carregando a pistola, ver aquilo logo gelou a minha espinha. Mas fingi que não tinha visto nada e abracei ele por trás, que rapidamente colocou a arma nas costas e retribuiu meu carinho com um beijo.DG: — Pronta amor?— Sim. Podemos ir quando quiser. DG: — Por mim ficaria aqui pra sempre contigo. — ele me abraça pela cintura— Nem me fale, mas temos que ir. O BN e a Ge merecem comemorar o noivado deles.DG: — Beleza. Então bora lá. DG abriu a porta do carro e entrei. Enquanto ele dava a volta olhei tudo com muito carinho e com uma saudade imensa. Mas ti
DaniTudo estava correndo muito bem, todos sorrindo e brincando. Ge e eu colocamos um biquíni e entramos na piscina. Eu fiquei um pouco receosa no início por conta das marcas das balas, mas depois desencanei. Os meninos vieram logo em seguida. DG começou a me abraçar e estavamos nos beijando. Estava tudo maravilhoso, até o meu querido papai abrir aquela boca dele. Carlos: — Quem diria o famoso DG junto com os "fardado". Quem te viu que te vê heim.DG: — O que não faço pela minha morena. Né amor? - ele disse dando um beijoCarlos: — Pelo visto as coisas aqui estão bem modificadas mesmo né Dani?— Não entendi a sua irônia papai.Carlos: — Em outros tempos antes de começar a namorar o rapaz iria até a casa pedir permissão ao pai da moça. — Se o DG fosse pedir permissão o senhor daria? (...) Viu só papai, o seu silêncio já diz tudo. Agora me responde uma pergunta, o senhor acha certo um homem recem viúvo aparecer com outra mulher menos de uma semana após a morte da sua esposa? Carlos:
DaniEstava sem nenhuma paciência para ouvir mais nada que viesse do meu pai. E já percebendo que ele iria falar alguma coisa sai logo de perto e fui até a piscina e sentei na beirada colocando os pés na água. DG e BN se sentaram numa mesa afastada próximo à churrasqueira e ficaram conversando. E a Ge ficou tomando um pouco de Sol, aquela ali ama uma marquinha de biquíni. Em seguida sinto alguém se aproximar, era a Joana. Joana: — Esta mais calma agora?— Sim. Não suporto esse jeito arrogante e superior do meu pai pra cima de mim e principalmente do DG. Joana: — É bonito de ver o amor de vocês e a forma como você tem enfrentado tudo pelo meu filho. Realmente é difícil ver um amor desse entre jovens hoje em dia.— O que houve? Estou te achando um pouco triste desde que te buscamos no supermercado. Joana: — É que o Fernando anda um pouco estranho nesses últimos dias. Não foi a primeira vez que ele se atrasa e inventa uma desculpa esfarrapada para encobrir seu erro.— Esta desconfiada
DaniAquele tom ameaçador daquele desgraçado do Freitas não me dava medo algum. Eu precisava pensar e encontrar a melhor maneira de contar tudo para o DG. Mas precisaria ser num lugar tranquilo e a sós. Se eu abrisse a boca aqui aconteceria uma verdadeira chacina. Todos estavam armados ali, mas o DG ainda tinha uma Uzi no assoalho do carro. Ele pensa que não sabia disso, mas sou bem atenta e vi quando ele mexia hoje pela manhã parecendo guardar algo no carro. Levantei sem que ele percebesse e vi o que tinha. Pensei em contar tudo o que havia acabado de descobrir, mas naquele momento o silêncio seria melhor. Precisava estar preparada de alguma maneira para ajudar caso fosse necessário. Sei que se pedisse uma arma ele jamais me daria, o jeito era eu conseguir uma com meus próprios meios. Nada melhor do que pegar na boca sem que ele percebesse. Meus pensamentos foram interrompidos quando sinto as mãos do DG envolvendo a minha cintura e sua voz no meu ouvido.DG: — Bora amor, tenho que
JoanaSai daquele lugar sem sequer olhar pra trás e pedi ao motorista que desse algumas voltas até que eu pudesse pensar e decidir o que fazer. Eu precisava descobrir tudo o que estava acontecendo, mas tinha que ser da própria boca daquele desgraçado do Fernando. Pedi ao motorista que me deixasse na casa dele. Bati e ele veio todo sorridente me atender. Agi normalmente como se não soubesse de nada e entrei.Fernando: — Oi meu amor, pensei que já estivesse chegando em casa. Se tivesse me avisado teria ido te buscar de volta.—Já chega de tanta mentira Fernando. Cala essa boca. Você não precisa mais fingir. Já descobri tudo, e sei que não passei de um joguete pra você. Você queria me usar esse tempo pra poder ferir o meu filho. Por que você o odeia tanto?Vejo o olhar dele mudar e de imediato ele mostrar a sua verdadeira face.Fernando: — Teu filho é um empecilho pra eu conseguir o que desejo.— Não estou entendendo nada, seja mais claro. Fernando: — Você e ninguém sabe quem sou na ver
DaniA ligação foi finalizada e fico parada por um tempo, até que volto a si com a voz do DG.DG: — O que houve? Onde minha mãe está?— Era o Freitas. Ele atendeu e disse que ela tinha esquecido o celular na casa dele, mas isso com certeza era mentira. Precisamos arrumar uma forma de ir até lá e buscar a Joana. Antes...DG: — Antes do que?— Antes que ele faça alguma coisa com ela. Amor onde você vai? — termino de falar e DG recarrega a pistola, e pega a chave do carro DG: — Vou te deixar na tua casa e resolver algumas paradas.— Eu vou com você. DG: — Você não vai comigo a lugar nenhum. Vou resolver essa parada sozinho. Bora vou te deixar em casa Daniella. Vamo agora.Naquele momento vi sangue nos olhos do DG. Aquele olhar que me trazia um horror e medo sem igual haviam voltado com força total. Nossa vida estava indo tão bem e agora esse desgraçado mete um de louco e faz uma reviravolta dessas. Ainda por cima coloca a vida da Joana em risco. Saímos da boca e BN estava chegando na
DaniChegamos na casa do DG e a Ge estava assistindo TV e comendo pizza. Me joguei do lado dela e dei uma mordida na pizza.Geovana: — Ai fominha. Cadê tua educação?— Deixei dentro da bolsa. Me dá logo um pedaço aqui. E vê se para de comer essas porcarias, vai fazer mal pra minha sobrinha.Geovana: — Tentei comer algo saudável, mas só tinha isso na geladeira. Tava esperando alguém chegar pra ir no mercadinho comigo. Vai me levar lá amor?BN: — Vou te dar um dinheiro e a marrenta vai contigo. Pode ser? Tenho que resolver uns lance ainda hoje.Geovana: — Tudo bem. Cadê o DG?— Saiu sei lá pra onde. Mas tenho certeza que foi achar uma maneira de encontrar a Joana. Geovana: — Ela não apareceu ainda? Já tentou ligar pra ela?— Nada ainda. O desgraçado do Freitas quem atendeu o telefone dela e disse que ela tinha esquecido na casa. Mas tenho certeza que isso é mentira e que a Joana está com ele.Geovana: — Esse cara é um desgraçado mesmo. Quem diria com aquela carinha de anjo. Um demônio
DaniGe e eu preparamos um jantar leve, mas bastante saboroso. Arrumamos a mesa e chamamos os meninos. Ainda estavam aborrecidos entre si, mas vieram comer de boa. DG já ia começar a comer, esfomeado como sempre, quando dei um tapa na mão dele. — Temos que fazer a oração antes. E hoje fica por tua conta. Ele orou e começamos a comer. BN ficou o jantar inteiro de cabeça baixa emburraďo, só sorriu quando a Ge contou as piadas dela. Olhei pro DG que estava mexendo no celular. Dei um beliscão nele e encarei com olhar de reprovação. Ele se ligou e guardou o telefone no bolso da bermuda. Terminamos o jantar e fomos tirar a mesa. Os meninos foram pra sala resolver as diferenças entre ele e eu fui tirar a mesa do jantar. A Ge subiu para tomar um banho e descansar um pouco. Ainda estava sentindo alguns enjoos por conta da gravidez e amanhã as nove teria sua primeira consulta ao obstetra. Estava lavando a louça quando ouço o telefone do DG tocar. Tentei ouvir alguma coisa, mas só consegui en