DaniAquele tom ameaçador daquele desgraçado do Freitas não me dava medo algum. Eu precisava pensar e encontrar a melhor maneira de contar tudo para o DG. Mas precisaria ser num lugar tranquilo e a sós. Se eu abrisse a boca aqui aconteceria uma verdadeira chacina. Todos estavam armados ali, mas o DG ainda tinha uma Uzi no assoalho do carro. Ele pensa que não sabia disso, mas sou bem atenta e vi quando ele mexia hoje pela manhã parecendo guardar algo no carro. Levantei sem que ele percebesse e vi o que tinha. Pensei em contar tudo o que havia acabado de descobrir, mas naquele momento o silêncio seria melhor. Precisava estar preparada de alguma maneira para ajudar caso fosse necessário. Sei que se pedisse uma arma ele jamais me daria, o jeito era eu conseguir uma com meus próprios meios. Nada melhor do que pegar na boca sem que ele percebesse. Meus pensamentos foram interrompidos quando sinto as mãos do DG envolvendo a minha cintura e sua voz no meu ouvido.DG: — Bora amor, tenho que
JoanaSai daquele lugar sem sequer olhar pra trás e pedi ao motorista que desse algumas voltas até que eu pudesse pensar e decidir o que fazer. Eu precisava descobrir tudo o que estava acontecendo, mas tinha que ser da própria boca daquele desgraçado do Fernando. Pedi ao motorista que me deixasse na casa dele. Bati e ele veio todo sorridente me atender. Agi normalmente como se não soubesse de nada e entrei.Fernando: — Oi meu amor, pensei que já estivesse chegando em casa. Se tivesse me avisado teria ido te buscar de volta.—Já chega de tanta mentira Fernando. Cala essa boca. Você não precisa mais fingir. Já descobri tudo, e sei que não passei de um joguete pra você. Você queria me usar esse tempo pra poder ferir o meu filho. Por que você o odeia tanto?Vejo o olhar dele mudar e de imediato ele mostrar a sua verdadeira face.Fernando: — Teu filho é um empecilho pra eu conseguir o que desejo.— Não estou entendendo nada, seja mais claro. Fernando: — Você e ninguém sabe quem sou na ver
DaniA ligação foi finalizada e fico parada por um tempo, até que volto a si com a voz do DG.DG: — O que houve? Onde minha mãe está?— Era o Freitas. Ele atendeu e disse que ela tinha esquecido o celular na casa dele, mas isso com certeza era mentira. Precisamos arrumar uma forma de ir até lá e buscar a Joana. Antes...DG: — Antes do que?— Antes que ele faça alguma coisa com ela. Amor onde você vai? — termino de falar e DG recarrega a pistola, e pega a chave do carro DG: — Vou te deixar na tua casa e resolver algumas paradas.— Eu vou com você. DG: — Você não vai comigo a lugar nenhum. Vou resolver essa parada sozinho. Bora vou te deixar em casa Daniella. Vamo agora.Naquele momento vi sangue nos olhos do DG. Aquele olhar que me trazia um horror e medo sem igual haviam voltado com força total. Nossa vida estava indo tão bem e agora esse desgraçado mete um de louco e faz uma reviravolta dessas. Ainda por cima coloca a vida da Joana em risco. Saímos da boca e BN estava chegando na
DaniChegamos na casa do DG e a Ge estava assistindo TV e comendo pizza. Me joguei do lado dela e dei uma mordida na pizza.Geovana: — Ai fominha. Cadê tua educação?— Deixei dentro da bolsa. Me dá logo um pedaço aqui. E vê se para de comer essas porcarias, vai fazer mal pra minha sobrinha.Geovana: — Tentei comer algo saudável, mas só tinha isso na geladeira. Tava esperando alguém chegar pra ir no mercadinho comigo. Vai me levar lá amor?BN: — Vou te dar um dinheiro e a marrenta vai contigo. Pode ser? Tenho que resolver uns lance ainda hoje.Geovana: — Tudo bem. Cadê o DG?— Saiu sei lá pra onde. Mas tenho certeza que foi achar uma maneira de encontrar a Joana. Geovana: — Ela não apareceu ainda? Já tentou ligar pra ela?— Nada ainda. O desgraçado do Freitas quem atendeu o telefone dela e disse que ela tinha esquecido na casa. Mas tenho certeza que isso é mentira e que a Joana está com ele.Geovana: — Esse cara é um desgraçado mesmo. Quem diria com aquela carinha de anjo. Um demônio
DaniGe e eu preparamos um jantar leve, mas bastante saboroso. Arrumamos a mesa e chamamos os meninos. Ainda estavam aborrecidos entre si, mas vieram comer de boa. DG já ia começar a comer, esfomeado como sempre, quando dei um tapa na mão dele. — Temos que fazer a oração antes. E hoje fica por tua conta. Ele orou e começamos a comer. BN ficou o jantar inteiro de cabeça baixa emburraďo, só sorriu quando a Ge contou as piadas dela. Olhei pro DG que estava mexendo no celular. Dei um beliscão nele e encarei com olhar de reprovação. Ele se ligou e guardou o telefone no bolso da bermuda. Terminamos o jantar e fomos tirar a mesa. Os meninos foram pra sala resolver as diferenças entre ele e eu fui tirar a mesa do jantar. A Ge subiu para tomar um banho e descansar um pouco. Ainda estava sentindo alguns enjoos por conta da gravidez e amanhã as nove teria sua primeira consulta ao obstetra. Estava lavando a louça quando ouço o telefone do DG tocar. Tentei ouvir alguma coisa, mas só consegui en
DaniJá eram quase 23h quando DG e BN saíram daqui. Tomei um banho, coloquei uma calça de moletom do DG, uma camisa preta e uma jaqueta de couro preta.. Peguei minha pistola, chequei o cartucho e coloquei nas costas. Só faltava uma bala que eu tinha gasto na moto daquele desgraçado do VN. Peguei meu celular, coloquei no silencioso e em seguida no bolso de dentro da jaqueta. Fui no quarto da Geovana e ela já estava dormindo. Fechei a porta e fiquei aguardando até 1h da madrugada. Quando ouvi o portão abrindo e era o DG. Estava muito apressado e nervoso. Mas checou todas as portas da casa para ver se estavam realmente fechadas. Percebi que ele iria subir as escadas, rapidamente fui para o quarto me cobri por completo com um edredom e fingi estar dormindo. Ele se aproximou e me deu um beijo na testa. Saiu e fechou a porta. Levantei rapidamente e vi ele indo até o quarto da Geovana. Desci as escadas e sai pela porta dos fundos que dava acesso ao corredor da garagem e peguei uma faquinha q
DGO bagulho tava doido, BN tava embaçando e não querendo ir por causa do Pantera. Mas porra isso foi treta de anos atrás e ele ainda continua com essa sisma. Parece que tem pano por baixo dessa manga ai e BN não quis abrir o bico. Mas isso vou deixar pra descobrir depois. Agora o lance é encontrar e trazer minha coroa de volta pra casa. Já tá tudo acertado com o Pantera e vamos nos encontrar as 2h na estrada que dá acesso direto a serra. Reforcei a segurança da casa e fui até a boca ver se tava tudo em ordem. BN recrutou os soldados que iam se juntar a nós e passamos as instruções. Distribuímos os armamentos e as toucas ninja para todos os caras. Olhei no relógio e já eram quase 1h da manhã. Subi na moto e fui direto pra casa checar se as meninas estavam seguras. Fui no meu quarto e a Dani estava dormindo. Estava um calor da porro e ela coberta até a cabeça com um edredom. Mas acho que o calor que eu tava era por causa da adrenalina. Dei um beijo na testa dela e fui fazer o mesmo no
GeovanaAbri os olhos e estava com uma vontade de fazer xixi. Fui ao banheiro que tinha no corredor e em seguida desci para comer alguma coisa, pois ultimamente era a única coisa que estava fazendo com frequência. Ainda estava um pouco enjoada, mas pensei que comendo alguma coisa melhoraria. Abri a geladeira e fiz um sanduíche. Quando dei a primeira mordida vejo a porta da frente abrir. Olho e era o DG, Dani e a Joana chegando. Larguei o sanduíche na mesa e corri pra abraca-los. Percebi que o DG estava ferido, olhei em volta e não tinha visto o BN. Meu coração gelou na hora.— Cadê o BN? Ele não estava com vocês?Dani: — Se acalma amiga. O BN está no postinho.— Ai meu Deus! Não me diga que ele está morto? - falei caindo no sofá toda trêmula Dani: — Calma amiga. Ele só levou um tiro no ombro e outro na perna. Mas foram de raspão. Ele não veio com a gente porque ficou em observação. Só isso. Joana: — Toma um pouco d'água. Vai fazer bem pra você se acalmar.— E você Joana, como está?