DaniDG tomou só um gole de café e saiu dizendo que ia pra boca resolver uns assuntos pendentes e não sabia se voltava para o almoço. Me deu um beijo e saiu. Aquele olhar dele me dava calafrios, mas entendia a raiva que ele estava sentindo. Se eu pudesse também daria uma lição naquela mulher. Fui pra cozinha e ajudei a Joana a preparar o almoço. Almoçamos, ficamos assistindo tv e fofocando um pouco. Joana subiu para atender o telefonema do Fernando e Geovana inventa de sair.Geovana: — Vamos dar uma volta pra conhecer o morro?— Sei não heim Ge, e se os meninos não gostarem? Tô cansada de problemas. — bufoGeovana: — Só uma volta, o que tem demais nisso? Para com essa de ter que pedir permissão pra tudo. Daqui a pouco vamos ter que pedir autorização até pra respirar. Eles fazem isso com a gente o tempo todo? — Não, mas é que... — titubeio, mas logo sou cortada Geovana: — Mas é que nada. Bora logo e ainda temos que nos preparar pro baile hoje a noite.— Hiii, tinha até esquecido. Ent
GeovanaSaimos da boca e BN me levou direto pra casa dele. Não gostei muito por tudo que eu tinha passado por culpa da irmã dele, mas como aquela desgraçada estava muito longe daqui eu relaxei um pouco. Fomos pro quarto e ficamos namorando. Confesso que queria mais do que ficar de beijinhos e carícias, mas BN tinha medo de fazer alguma coisa e prejudicar o bebê. Não quis discutir com ele, deitei na cama e ele ficou acariciando minha barriga e ali adormeci. Quando despertei já eram quase dez horas da noite. Peguei o celular pra ver se tinha alguma mensagem da Dani e não tinha nada. Olhei pro lado e BN não estava. Rapidamente desci um pouco assustada e vi que ele estava sentado no sofá assistindo TV. Sentei ao seu lado e ele me abraçou. BN: — Que carinha é essa?— Fiquei assustada quando olhei para o lado e você não estava na cama. BN: — Não tem motivos para sentir medo princesa. De agora em diante aconteça o que acontecer sempre estaremos juntos. Nossa vida já começou a mudar, tô pe
Dani"Se o DG pudesse ele arrastava a gente de volta pra casa, principalmente a Joana."Entramos no carro e fomos direto para o baile, dava pra ouvir o som a quilômetros de distância. Chegamos e DG segurou firme na minha mão dizendo: — Cola comigo e nem pensa em olhar pra ninguém, senão a bala vai comer hoje.Engoli seco e gelei na hora. Odiava essa sensação de medo, mas continuei de cabeça erguida.Quando avistaram o DG abriram caminho e vários homens armados levantaram suas armas gritando: — Huhu o patrão chegou, huhu o patrão chegou... O DG era o rei ali, pelo visto temido por todos. Menos por mim, pois apesar do tom da sua voz eu sempre o enfrentava e talvez foi isso que fez estarmos juntos até hoje.Assim que entramos, estava tocando a música: Brincar de VidaCheguei parando tudo o meu brilho te ofuscouDesculpa ai querida por favor não leva a malSeu recalque bateu na minha lente e voltouDessa sua inveja eu tô bem legalDeixa eu passar, vai ser melhorSe tentar bater de fren
DaniAcordei e ao olhar para minha mão vejo um anel solitário lindo. No fundo estava tocando a música que o Danilo cantou pra mim quando nos beijamos pela primeira vez. Essa já era a nossa música "Tudo Mudou".Tudo mudouDepois que eu senti o saborDe um beijo com tanto amorQue você deu em mimE nos teus braçosVivi um encantoQue eu nunca imaginavaVocê me iluminouQuando eu não mais sonhavaVocê mostrouO que eu nunca viE com carinho explicouO que eu nunca entendiQue eu tinha tudoE não tinha nadaAmar é o que eu mais precisavaA tristeza acabouAgradeço a vocêTudo aquilo que souAntes de te encontrarO mundo não tinha corQuero te dizer teu amor mudou a minha vidaAmo você de maisTe peço por favorPra me prometer que nunca vai ter despedidaVou contar (vou contar)Tenho medo (tenho medo)De ficar um segundo sem tiVocê mostrouO que eu nunca viE com carinho explicouO que eu nunca entendiQue eu tinha tudoE não tinha nadaAmar é o que eu mais precisavaA tristeza acabouAgr
DaniJá eram onze horas da manhã e a Ge me ligou dizendo que nos encontrariamos direto na casa do Fernando. Passou a localização com o endereço e mostrei ao Danilo. Por coincidência ou não, era muito próximo do chalé onde estávamos. DG continuava com toda aquela tensão sobre o Fernando, mas procurei não tocar no assunto para não discutirmos e estragarmos o momento tão lindo que estávamos vivendo. Fui me arrumar e quando saio vejo DG carregando a pistola, ver aquilo logo gelou a minha espinha. Mas fingi que não tinha visto nada e abracei ele por trás, que rapidamente colocou a arma nas costas e retribuiu meu carinho com um beijo.DG: — Pronta amor?— Sim. Podemos ir quando quiser. DG: — Por mim ficaria aqui pra sempre contigo. — ele me abraça pela cintura— Nem me fale, mas temos que ir. O BN e a Ge merecem comemorar o noivado deles.DG: — Beleza. Então bora lá. DG abriu a porta do carro e entrei. Enquanto ele dava a volta olhei tudo com muito carinho e com uma saudade imensa. Mas ti
DaniTudo estava correndo muito bem, todos sorrindo e brincando. Ge e eu colocamos um biquíni e entramos na piscina. Eu fiquei um pouco receosa no início por conta das marcas das balas, mas depois desencanei. Os meninos vieram logo em seguida. DG começou a me abraçar e estavamos nos beijando. Estava tudo maravilhoso, até o meu querido papai abrir aquela boca dele. Carlos: — Quem diria o famoso DG junto com os "fardado". Quem te viu que te vê heim.DG: — O que não faço pela minha morena. Né amor? - ele disse dando um beijoCarlos: — Pelo visto as coisas aqui estão bem modificadas mesmo né Dani?— Não entendi a sua irônia papai.Carlos: — Em outros tempos antes de começar a namorar o rapaz iria até a casa pedir permissão ao pai da moça. — Se o DG fosse pedir permissão o senhor daria? (...) Viu só papai, o seu silêncio já diz tudo. Agora me responde uma pergunta, o senhor acha certo um homem recem viúvo aparecer com outra mulher menos de uma semana após a morte da sua esposa? Carlos:
DaniEstava sem nenhuma paciência para ouvir mais nada que viesse do meu pai. E já percebendo que ele iria falar alguma coisa sai logo de perto e fui até a piscina e sentei na beirada colocando os pés na água. DG e BN se sentaram numa mesa afastada próximo à churrasqueira e ficaram conversando. E a Ge ficou tomando um pouco de Sol, aquela ali ama uma marquinha de biquíni. Em seguida sinto alguém se aproximar, era a Joana. Joana: — Esta mais calma agora?— Sim. Não suporto esse jeito arrogante e superior do meu pai pra cima de mim e principalmente do DG. Joana: — É bonito de ver o amor de vocês e a forma como você tem enfrentado tudo pelo meu filho. Realmente é difícil ver um amor desse entre jovens hoje em dia.— O que houve? Estou te achando um pouco triste desde que te buscamos no supermercado. Joana: — É que o Fernando anda um pouco estranho nesses últimos dias. Não foi a primeira vez que ele se atrasa e inventa uma desculpa esfarrapada para encobrir seu erro.— Esta desconfiada
DaniAquele tom ameaçador daquele desgraçado do Freitas não me dava medo algum. Eu precisava pensar e encontrar a melhor maneira de contar tudo para o DG. Mas precisaria ser num lugar tranquilo e a sós. Se eu abrisse a boca aqui aconteceria uma verdadeira chacina. Todos estavam armados ali, mas o DG ainda tinha uma Uzi no assoalho do carro. Ele pensa que não sabia disso, mas sou bem atenta e vi quando ele mexia hoje pela manhã parecendo guardar algo no carro. Levantei sem que ele percebesse e vi o que tinha. Pensei em contar tudo o que havia acabado de descobrir, mas naquele momento o silêncio seria melhor. Precisava estar preparada de alguma maneira para ajudar caso fosse necessário. Sei que se pedisse uma arma ele jamais me daria, o jeito era eu conseguir uma com meus próprios meios. Nada melhor do que pegar na boca sem que ele percebesse. Meus pensamentos foram interrompidos quando sinto as mãos do DG envolvendo a minha cintura e sua voz no meu ouvido.DG: — Bora amor, tenho que