Capítulo 2

"Acredite: Deus coloca as pessoas certas, nos momentos certos da nossa vida."

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Dani

O que eu menos queria que acontecesse, estava acontecendo. E mesmo contra a minha vontade, acabo vendo o Tiago, aqui em casa, em pleno domingo.

"Meu Deus! Será nem ir para a tua, casa em paz, posso?" — logo pensei

Até que ele estava bonito naquela roupa e muito perfumado. Mas, não adianta, não consigo ver ele com outros olhos. Há algo nele que me incomoda. Sei lá! Não consigo explicar.

Bom, já dizia a minha avó:

"O que não tem remédio, remediado está, né?"

Me despedi da minha mãe e fomos para a igreja, Geovana, Tiago e eu entramos no seu BMW e fomos diretamente para o culto.

Nunca curti todos esses luxos e frescuras que o Tiago insistia em ostentar, talvez fosse esse, uns dos motivos que me faziam vê-lo com outros olhos. Mas, isso pouco importava, nesse momento tudo o que eu desejava, era chegar na casa de Deus e ter um pouco de paz, nem que fosse por algumas horas.

Ainda faltavam, quinze minutos, para o início do culto. Geovanna e eu fomos sentar na frente e o Tiago sentou um pouco atrás, no lado destinado aos homens.

Mesmo sem olhar para trás, eu sentia seus olhos me observando e isso me incomodava muitíssimo. Porém, tentei manter a calma e prestar atenção no culto.

Todo o culto foi uma benção. Deus nos orientando sobre as adversidades dessa vida e as tentações desse mundo. Que deveríamos ser fortes, que Ele estaria sempre conosco.

Me despedi das irmãs, irmãos e sai da igreja. Tinha marcado com a Geovana, de irmos fazer um lanche depois do culto. Tentamos sair antes do Tiago chegar, porém isso de nada adiantou. Ele havia saído primeiro do que nós duas da igreja e nem ao menos percebemos.

Então, sem alternativa, fomos todos há uma lanchonete que pertencia a um de nossos mais queridos irmãos na fé, e que ficava há uma quadra da igreja. Sempre íamos lá. Era muito aconchegante, excelente atendimento e a comida maravilhosa.

Tiago e eu estávamos conversando sobre assuntos aleatórios, enquanto Geovana não parava de enviar mensagens pelo celular. Aquilo me incomodava, porque já fazia mais de uma semana que Geovana estava meio aérea e não largava o bendito celular. Ela sempre foi muito mais ligada nessas coisas de tecnologia do que eu, mas ultimamente, ela estava no nível hard no assunto grude, com esse bendito celular.

Aguardei o Tiago ir ao banheiro e logo falei:

— Oi... Estou aqui. Será que pode dar um pouco de atenção para mim, sua chata? O que tanto escreve aí? — a indaguei examinando seu celular

— Oi amiga... É que preciso te contar uma coisa. A mais de uma semana conheci um rapaz na sala de b**e papo. — ela fala com um olhar de apaixonada e eu quase caio da cadeira de susto

— O quê? E quando pensava em me contar, sua louca?

— Amiga eu... — Geovanna se calou ao notar a presença de Tiago caminhando em nossa direção

Quando pensei em fazer mais perguntas, Tiago se aproximou de nós, logo pedimos a conta e fomos embora.

Graças à Deus cheguei em casa e me livrei do Tiago. Não que a companhia dele fosse tão horrível, mas aquela melação toda era irritante e insuportável. E hoje tive que aturar ele sozinha, porque a Geovana não largava a droga daquele celular. Aliás, amanhã ela vai ter que me contar essa de história conhecer alguém em sala de b**e papo direitinho.

Parece até louca! Só ela mesma, para entrar em uma coisa dessas e correr o risco de morrer. Só Deus mesmo! Sempre vivendo no mundo da lua, mas uma hora dessas ela vai acabar entrando em um beco sem saída e só Deus pra tira-la. — logo pensei com meus botões e adormeci sem sequer perceber

[...]

No dia seguinte...

São seis horas da manhã e como de costume, acordo com um terrível mal humor, com o despertador disparando no meu ouvido. Nunca gostei de estudar nesse horário, mas graças à Deus é o último semestre e viva a liberdade. Faculdade à vista. Não sabia do quê ainda, pois estava indecisa entre Psicopedagogia ou Letras. Mas, isso teria muito tempo para decidir.

Me espreguiço na cama e de repente meu telefone toca. Pego e olho no visor percebendo que se tratava da doida da Geovanna. Logo atendo e como sempre, levo um susto com a atitude da Ge.

— Bom Dia chata! Vai passar aqui pra irmos ao colégio? Meu pai vai nos... — nem consigo terminar e ela logo me interrompe

— Bom Dia amiga! Hoje não vou ao colégio. Depois te explico melhor. Se minha mãe te ligar para perguntar sobre mim, você diz que eu estava com você. Pode ser?

— Claro! Mas o que tu está aprontado louca? — respondo curiosa

— Não posso falar agora. Depois te explico melhor... Beijo! Te Amo! — Disse sussurrando e desliga o telefone do nada

Fico parada com o celular na mão, sem saber o que pensar.

"O que será que essa louca está aprontando dessa vez?"

"Será possível que a última vez que por pouco não foi estuprada, já não foi o suficiente?"

"Ai meu Deus! Protege e guarda a Ge onde quer que ela esteja. E, se não for pedir muito, coloca um pouco de juízo na cabecinha dessa minha amiga louca." — dizia indo tomar meu banho e me preparando, para enfim, ir estudar numa segunda-feira tão chata quanto às outras

E, pior de tudo, que eu iria aturar o Tiago sozinha dessa vez.

"Aff... Ô vida!"

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