Joana Tony: — Tem certeza que não temos nada o que conversar? - disse olhando para meus lábios — Certeza absoluta. - disse tentando empurra-lo com minhas mãos, mas ele me puxa com mais força me impedindo se me afastar. Nesse momento olho pra trás e percebo que a Dani já não estava mais ali. Tony: — Se está procurando a sua filha, ela já foi. Ela é muito inteligente e percebeu rapidamente que o assunto que devemos tratar diz respeito somente a nós dois. - disse me puxando pela cintura e encostando na parede do corredor do hospital— Não temos assunto nenhum Tony. Me solta. Está chamando a atenção de todos que passam por aqui. - disse virando o rosto para o lado e te tanto empurra-lo para trás, mas eu não tinha a menor chance com ele, era nítido que era muito mais forte do que eu.Tony: — Se isso for mesmo verdade, por quê esta tremendo tanto? Seus lábios dizem uma coisa, mas seu corpo expressa sinais contrários ao que me diz. - disse encarando para meus lábios e ao mesmo tempo para
GEOVANAEstava sentindo muitas dores na barriga e cada vez as pontadas eram mais fortes. Sem falar na falta de ar e as dores fortíssimas na minha nuca que eram cada vez maiores. A enfermeira me ajudou a deitar na maca e Dani chegou logo em seguida. Eu estava desesperada, tinha muito medo de perder os meus bebês. Sei que ao descobrir a gravidez tive muito medo do BN não aceitar e pensar que não pudesse ser dele. E por esse motivo surgir na minha mente a ideia absurda de abortar. Mas hoje em dia eu morreria se acontecesse alguma coisa com eles.Segurei forte a mão da Dani e as dores só aumentavam. Até que senti uma pressão embaixo do umbigo e surgiu uma vontade de ir ao banheiro. Com muita dificuldade consegui descer da cama e sentar na cadeira. Dani me ajudou a chegar até o banheiro. Entrei, e quando sentei no vaso sanitário senti que algo de errado estava acontecendo. As dores aumentaram e junto com a urina começou a sair sangue. Aí que entrei em total desespero. — DANIIIIIIII... - g
PANTERAEra só o que me faltava, esse drogadinho do caralho querer dar uma de patrão. Ainda por cima chega aqui botando a maior banca nessa porra. Se esse merdinha pensa que vou me curvar a ele, tá muito enganado. O filho da puta do Tony vai me pagar por essa. Tava agindo na maior transparência com ele e agora o arrombado mete uma dessas pra cima de mim? Eles tão pensando que tenho medo, só porque esse filho da puta é o cabeça da milícia aqui na zona norte. Tem que saber que o vento que corre lá bate muito mais forte por aqui, sacô!? Estão querendo jogar sujo? Então é o que eles iriam ter. — Que palhaçada é essa Yuri? - disse cruzando os braços e arqueando as sobrancelhasYuri: — Se tem algum palhaço por aqui é você, que adora dá showzinho. Tem moleque nenhum aqui não rapá, sou muito sujeito homem. Tu adora bancar uma de esperto, mas que agora caiu do cavalo. Nem sabe onde enfiar essa tua cara escrota. - disse me encarando — Olha aqui...Yuri: — Olha aqui você seu merda do caralho.
DaniAo ouvir que o BN ainda estava agindo de molecagem com a Geovana sentia meu sangue ferver. Está certo que a minha amiga errou, mas essa palhaçada já estava indo longe demais. A Ge estava grávida dele e ainda por cima corria o risco de perder os bebês ou até mesmo acontecer algo gravíssimo com ela. Eu não poderia permitir que ele fosse adiante com essa mente errada dele. Já que DG não podia fazer nada para resolver essa situação, eu serei obrigada a intervir. Vou ter que ir no postinho e conversar com ele. Por pior que fossem as circunstâncias ele não ousaria me faltar com respeito, o pior que poderia acontecer seria ele não acreditar em mim. Mas, o pior perdedor é aquele que desiste antes mesmo de tentar. Logo, eu não corria esse risco, pois se havia uma coisa que eu não era é covarde.Sai um pouco da enfermaria para tentar respirar. Joana permaneceu ao lado da Ge caso ela acordasse ou precisasse de algo. Fui até a cantina para tomar um suco. Até que meu telefone começa a tocar.
DaniNunca imaginei na minha vida que um dia me envolveria nesse tipo de coisa. Mas, como já fui capaz de tantas loucuras desde que conheci o Danilo, uma a mais ou uma a menos não faria diferença alguma. Já que estava na chuva então de uma forma ou outra eu teria que em algum momento me molhar.Seria a primeira vez que eu estaria a frente desse tipo de negociação. Ainda estava me inteirando dos negócios, mas pelo menos tinha o Kito que estava dando a maior moral enquanto eu tinha que ficar no hospital cuidando do DG. Não que eu tivesse confiança nele, mas entre ele e o rato, não tinha nem o que pensar. Quanto mais distante esse bosta estiver será muito melhor para todos nós. Sai do hospital um pouco menos preocupada pois, a situação da Ge estava sobre controle, por assim dizer. Entrei no carro, fui direto para o morro para resolver o lance das mercadorias que estavam no porto. Peguei o montante e decidi de última hora ir até o local junto com o Kito. Quase infartei no meio do caminho
DaniSaímos do porto e fomos direto pro morro. Eu estava exausta da correria do dia e acabei capotando no carro. Quando dei por mim já estávamos no morro e levo um susto com o Kito me olhando igual um idiota. — Coe rapá, cê tá doido? Tá me olhando assim por quê?Kito: — Nada não patroa, só fiquei sem jeito de acordar a senhora. Tava dormindo tão profundo, fiquei com dó de acordar, só isso... - disse mordendo os lábios e virando o rosto para o outro lado— Tá certo. Guarda a mercadoria lá na boca e deixa o carro aí fora mesmo, porque vou voltar pro hospital hoje ainda.Kito: — Tá um pouco tarde patroa, a senhora tá cansadona, é perigoso ir dirigindo. Se acontecer alguma coisa o patrão vai me capar.— Estou acostumada a dirigir e o hospital é perto daqui. Tem noia nenhuma não. Kito: — Então fico aqui e sirvo de motorista pra senhora. — Acho que contigo no volante corro mais risco do que indo sozinha. - disse rindoKito: — Pô patroa, que isso. — Que isso digo eu rapaz, tu quase me ma
PANTERADepois de pegar a mercadoria no porto e dar de cara com Yuri, fiquei como? Só o ódio. E descobrir que aquele filho da puta era o chefe foi o fim da linha pra mim. Pior que eu não consegui tirar essa merda da minha mente a noite toda. Acordei com uma puta dor de cabeça. Ainda tinha o problema na Rocinha. Aquela mulher se achando a toda poderosa lá no morro. Pior que ela tinha uma moral do caralho com geral e além de ter uma noção fidida com o ferro na mão. Aquela dali seria um pouco mais dificil de derrubar, porque ô mulherzinha virada no jiraia. Mas hoje mesmo vou ir lá para levar um papo cara a cara com ela. (...)Levantei logo cedo e fui no banheiro fazer minhas paradas. Coloquei uma bermuda, desci tomei um café bem forte e sem açúcar. Peguei minha fuzil, coloquei nas costas e fui direto pra boca. PV tava na porta fortalecendo a segurança, passei por ele e fizemos toque de mão. Fui direto pro escritório despachar as merdas do dia. Era quinta-feira e tinha uns noiado pra cob
DaniFui até a porta e dei um abraço abertado na minha amiga. Ajudei ela a se aproximar do BN e puxei uma poltrona para que ela sentasse um pouco, ficando próximo a cama dele. Eles se olhavam todo o tempo e pelo visto essa conversa deles seria bem longa.— Você veio sozinha amiga? - disse puxando uma cadeiraGeovana: — Vim de Uber com a Joana. - disse encostando na poltrona e olhando para o meu amor que me olhava com aqueles olhos lindos, mas que estavam um pouco tristes.— Ué, por que ela não entrou com você? Geovana: — Ela ficou ali fora conversando com o Kito. Ou melhor dando o maior carão nele por ter deixado você ir junto pegar mercadoria ontem a noite.— Porra Ge, não era pra falar nada sobre essas coisas cara. Aí linguaruda... - disse balançando a cabeça pra ela BN: — Como é que é? Escutei bem? Você foi junto com o Kito pra pegar mercadoria?Geovana: — Ai amiga, foi mal. Nem me liguei que BN também não podia saber dessas coisas.BN: — O que tá rolando? Será que dá pra me expl