"É Deus quem vai na tua frente abrindo o caminho para você passar. Não tenha medo, segue em frente, pois Deus é o teu guia e protetor. Ninguém pode tocar naquele a quem Deus decidiu abençoar."▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎▪︎DaniDepois da consulta da Joana e também da Ge, fomos imediatamente para o apartamento dos meus pais, pois necessitava buscar alguns pertences, incluindo meus documentos para que pudéssemos dar entrada no casamento civil. Até aí tudo bem, nenhuma novidade ou transtorno. Mas, o problema iniciou a partir do momento em que coloquei meus pés naquele lugar. Ao chegar fui cumprimentada pelo João, o porteiro do prédio. Ele trabalhava aqui há mais de quinze anos, logo me conhecia desde criança. Sempre senti muito carinho e afeto por ele. Era casado, mas perdeu sua esposa pouco tempo depois, por conta de um assalto. Desde então, vive sozinho e sua moradia se tornou um pequeno apartamento cedido no primeiro andar do prédio. Todos tinham um imenso carinho por ele, por ser um homem
DG Assim que ouvi a voz trêmula da minha coroa, já sabia que algo estranho estava acontecendo por lá. Foi aí que não tive dúvida, passei a mão na chave do carro e fui direto pra àquele apartamento. Kito ficou lá em casa cuidando do menor, enquanto eu metia o pé pra ver de perto tudo o que estava rolando. Tinha certeza absoluta que a minha morena estava correndo algum risco nas mãos daquele coroa desgraçado. Ele é o pai dela, mas isso não faz com que ele fosse uma boa pessoa. É um dos piores caras que já conheci na vida. Frio, sem coração, impiedoso, calculista e capaz de tudo pra conseguir o seu objetivo."Pera aí! Eita caralho! Tô falando sobre a minha vida e o meu jeito se ser." - logo pensei"É... por mais que insistisse em negar esse maldito coroa parecia uma cópia e tínhamos muito mais coisas em comum do que eu gostaria. Talvez seja por isso que batemos tanto de frente." — penso ligeiroEntrei no carro e segui meu caminho. Eu estava descendo o morro quando meu celular toca. Olh
DGMinha cabeça estava fervilhando com tudo o que rolou e ainda tava pra acontecer por aqui. Fiquei pior ainda depois que ouvi o coroa oferecendo ajuda. De início pensei em negar logo de cara, mas primeiro precisava contar tudo aos parceiros, ainda mais que esse assunto tinha haver diretamente com o Terror. Porque ainda tinha o fato do coroa dele ter oferecido ajuda também. Pra ser bem sincero, quanto mais cabeças envolvidas nessa treta melhor e mais rápido seria para pegar o desgraçado do Nicolás. Olhei pra minha morena e ela estava tão feliz. Com um sorriso estampado no rosto e seus olhos brilhando como estrelas. Há muito tempo que não a vejo desse jeito. Isso me deixava satisfeito pacas, se ela ficava feliz eu também ficava. Se estava triste ou aborrecida eu também sentia o mesmo. Temos uma ligação única e forte. Uma parada que só o Pai consegue explicar. Por isso, pensei como sempre, em pedir a opinião da minha morena. Além de ser minha mulher, era filha do coroa e ainda conheci
DaniOlhei através do olho mágico e noto a presença de duas pessoas. Uma delas ainda conseguia compreender a presença por aqui, mas a outra não. E para ser bastante sincera, desde que a conheci havia se tornado intragável e insuportável ouvir até o som da sua voz. Imagina então o que estaria sentindo ou passando pelos meus pensamentos ao vê-la bem diante de mim. Respirei fundo e ao olhar pra trás observo todos apreensivos, porém preparados para o que pudesse acontecer. BN estava bem próximo a porta, além do Tony e também do meu pai. Aceinei com a mão pedindo para que todos se acalmassem e afirmando que não era nada de tão grave que estaria prestes a acontecer. Bom, assim era o que imaginava. Olhei pro céu e pedi que Deus paciência em dobro. Porque ter que aturar a presença justamente da Mia nessa altura do campeonato não seria nada fácil. Mas, eu sabia o verdadeiro motivo da sua presença por aqui. Pois, pelo que sei, ela desde o início está contra a perseguição ao Pantera, por esse
PanteraJá fazia muito tempo que não tinha notícias da Mia. Ultimamente não sei que merda é essa que tá rolando comigo. Mas, dei pra pagar uma de sentimental agora. Nessa altura da vida comecei a sentir falta de ter uma família. Era só o que me faltava véi, mas fazer o quê? Talvez seja essa porra do pó branco e o medo de morrer que tenha mexido um pouco com a minha cabeça e tem me feito ficar cheio de viadagem de uns tempos pra cá, sacô?Sei que geral me odeia, criei inimigos por todos os lugares por onde andei e tenho certeza que você que acompanha essa história seja um deles. Não é mesmo?Pois é, a vida é assim. Todos temos a oportunidade de trilhar o caminho da luz, mas infelizmente muitos, assim como eu, preferem seguir as trevas. E no final do trajeto cada um recebe somente o que merece. E o meu pagamento tá bem na minha frente, solidão, amargura e loucura sem fim. Acabei de cheirar a minha terceira carreira de pô. Já tava loucão e não conseguia nem ao menos raciocinar. Acabei v
MiaAo terminar àquela ligação, deixei o celular cair no chão e desabei em prantos por completo. Yuri me abraçou pela cintura e permaneceu ao meu lado por todo o momento. Estava completamente trêmula e nem ao menos sei como consegui manter a conversa até o fim, após ter ouvido que por culpa do meu próprio irmão não tenho os meus pais ao meu lado. Se antes eu tinha qualquer dúvida com relação à darem um fim em sua vida, agora essa dúvida de dissipou completamente. Nicolás não é o irmão que eu pensava que fosse, esse que está por aí não é o Nico que conheci na minha infância, mas sim, um demônio disfarçado de gente. Definitivamente estou dentro desse plano e ajudarei em tudo o que fosse necessário, para que enfim pudéssemos ter paz. Todos aqui fomos vítimas das suas monstruosidades e ele precisa pagar por todas elas. E se eu tinha como ajudar, assim seria feito.Dani trouxe um copo d'água doce para que eu pudesse me acalmar um pouco. Bebi e pouco a pouco fui me acalmando. — Está se se
DaniGuardei no meu quarto o presente que acabara de ganhar do meu pai. Continuamos no apartamento e decidimos permanecer lá por um bom tempo. Pedimos um almoço no restaurante italiano de um amigo do Ricardo e tivemos uma tarde em paz. Apesar de tudo o que acabamos de passar, podemos dizer que até conseguimos aliviar um pouco as tensões. Conversamos sobre diversos assuntos, mas em nenhum momento tocamos no nome do Pantera. Mia já estava muito triste com toda essa situação para colocarmos novamente o dedo em sua ferida. Não seria o correto e muito menos justo com ela. Pois, ela não tinha culpa alguma pelo irmão ser tão monstruoso assim. Nosso almoço chegou e todas as mulheres foram em direção a cozinha. Ajudei mamãe a arrumar tudo, enquanto conversávamos. Kito chegou com Vini e a Isa, completando a nossa família. Isa se juntou a nós e Vini veio nos cumprimentar. E para variar o meu pequeno foi o centro das atenções como sempre. Joana logo em seguida foi até a sala e chamou todos o
DGFicamos de boa toda manhã, mas minha mente tava a um milhão por hora. Tentei brincar, sorri, zoar, mas tava foda desacelerar. O fim chegou, a hora dessa guerra acabar chegou... Mas, vou te falar, essa é a pior de todas as lutas que passei como cria da favela. Matar qualquer zé mané até era tranquilo. Esses zé roela que batia de frente com nós só pra levar o morro, nós liquidava sem dó. Não conhecia, nunca tive contato, então não sentia nada. Mas, com o desgraçado do Pantera a parada era outra. O buraco era mais profundo e a cicatriz maior tá ligado.Envolvia amizade, infância e uma vida inteira juntos. Mesmo longe um do outro sabia que tinha àquele fdp pra contar. BN nunca gostou ou topou com ele. E hoje vejo que meu irmão sempre esteve certo, mas porra essa merda tá osso.Tô mal... mal mesmo por ter que destruir um cara que foi meu amigo por anos. Meu parceiro, meu chegado de infância. Nós fazia os corre junto, caminhava lado a lado, mas tomamos outro rumo na vida. E isso tava