Miguel
Laura me tira do sério seguro seus ombros com raiva, minha vontade é de sacudi-la exigindo paz. Eu agarro seus braços, irado, nervoso, pronto para dizer um monte, desmentir suas falas, mas sem o apoio da bengala minha perna falha e desequilibrado vou ao chão, como estou segurando Laura, sem querer a levo junto. Sinto o baque do meu corpo na areia fofa, Laura em cima de mim. Seu corpo macio, quente me deixam louco. Na hora fico duro, minhas bolas doem de desejo, ao mesmo tempo que reteso os músculos do meu corpo me fechando para ela. A dor na minha perna me traz para a realidade. Resmungo baixo. Ela me faz lembrar do motivo de nossa separação e tento desesperadamente me erguer e não dar brecha para o desejo descomunal que sinto por Laura. Mas as mãos de Laura seguram meus ombros e ela monta em cima de mim. Tento desviar os olhos dos seus nos meus e não consig
Depois do banho, coloco um vestido de algodão branco, leve, pois está muito calor. Deito-me na cama, mas de ouvidos atentos ao barulho do motor do carro do meu papai. Acabo adormecendo, fatigada pelas emoções do dia. Quando ouço o carro estacionar, saio do meu quarto e entro na sala. Uma raiva começa a rugir em todo o meu corpo, como um animal selvagem. Meu pai sabe de algo, e pode estar por trás de Miguel ter se afastado de mim. Ele se aproveitou da doença de Miguel, e o ameaçou, dizendo que se ele não se afastasse de mim, ele o mandaria embora. Ele e Maria.Entro na sala, ele me encara silencioso, com um olhar aflito, como se ele esperasse que um dia eu fosse lhe perguntar algo. Eu vou até ele e agarro sua mão sem dizer uma palavra e o conduzo até seu escritório, fecho a porta.—Por que estamos aqui? —Papai me pergunta, me estudando.—Miguel! &md
Sexta-feira à noite...Deus! Eu me sinto nervosa.... Esse é o sentimento que me toma enquanto eu olho cada centímetro do bar All In.Ah, e muito deslocada também. Começo a vasculhar tudo, de ponta a ponta, para ver se vejo Miguel.Ele ainda não chegou.Rafael Gailmord está sentado ao lado de Jéssica. Eles ocupam uma mesa de canto, próximo a pista de dança. Quando nossos olhos se encontraram, ele pisca para mim. Eu engulo em seco, e o meu coração se agita no peito de nervoso. Desvio meus olhos dos dele e fito meu irmão que sorri para mim de forma maliciosa.Adoro ter um irmão Stand-by, mesmo que a verdade esteja no seu nariz, ele demora a enxergar, ou ligar uma coisa com outra. Não que fosse burro, pelo contrário, ele é muito inteligente, mas ele só se liga quando algo lhe interessa, aí ele é bem esperto. Mas ag
Laura— Laura. — Jéssica sussurra. — Miguel, está vindo em nossa direção.—Onde? —Stand-by perguntou alto.—Vitor, vamos dançar? —Jéssica o convida com um lindo sorriso.—Essa música? —Ele resmunga. —Gostaria de uma mais lenta, para dançarmos juntinhos.Jéssica se levanta e o puxa.—Vem, vamos!—Tudo bem! O que você não me pede que eu não faça meu tesouro?Quando eles se afastam, eu pergunto para Rafael.—Ele está vindo mesmo?—Está. Não sabia que ele era deficiente?Eu estremeço com as falas dele.—Sim, ele tem problema na perna. Meu Deus! O que eu faço?—Só fica calma. —Rafael diz pegando minha mão e levando aos lábio
Meu corpo está ereto, tenso, minhas mãos aninhadas no meu colo, meu rosto timidamente virado em sua direção. Ele me olha com um olhar triste ao mesmo tempo doce e eu sinto como se fosse desmaiar um pouco.—Antes de qualquer coisa, quero que saiba que tudo que fiz, foi pensando em você.É um começo errado... Como ele pode me dizer uma coisa dessas?—Pensando em mim?—Sim. —Ele me diz suavemente.Eu sinto meu sangue subir até minhas faces.—Eu não estou entendendo. Como assim? Por quê? —Eu questiono. —Diferença de classe social? Por causa do financeiro? Nossa diferença de idade? Sua deficiência. Desculpe-me, mas eu não vejo razão para termos nos separado.—Não, Laura, não foi nada disso. Eu já tinha superado tudo isso.—Então, por quê
Eu sorrio para ele, envergonhada da minha ânsia em tê-lo. Ele pega a bengala do chão e me estende a mão com um sorriso lindo. Eu respiro fundo e seguro a mão dele.Caminhamos juntos até a caminhonete. Miguel abre a traseira dela e retira toda a lona. Eu me sento nela com as pernas para fora e sorrio para ele, enquanto ele vem pela lateral da caçamba em minha direção.Ele coloca a bengala na traseira do carro e se aproxima de mim. Eu me levanto e com os dedos trêmulos tento abrir os botões da camisa branca que eu estou usando. Suspiro quando não consigo. Eu estou tão nervosa que meus dedos perderam a habilidade.—Eu faço isso. —Miguel diz com um sorriso lindo me ajudando com eles.Quando me vejo livre dela ele beija o meu pescoço e logo sinto meu sutiã sendo retirado. A visão dos meus seios brancos com a marca do biquíni o
Seis meses depois...Deitada na nossa cama de casal, olho para ele e me sinto a pessoa mais feliz do mundo. A cabeleira castanha revolta, o semblante sereno. Ele é tudo que eu preciso. Um verdadeiro amigo, um homem carinhoso e divertido. O fato é que não nos desgrudamos mais.Sexo?Parecemos dois coelhos.Estamos morando na casa de papai. Ele faz de tudo para sentirmos como se fosse nossa. Miguel não se importa de não termos o nosso canto, ele está realmente feliz. Um dia ele me disse que não importava o lugar desde que estivéssemos juntos.E eu? Eu sou uma viciada em Miguel e tê-lo como minha droga faz muito bem para a minha saúde.Eu já exerço minha profissão...Um dia um dos homens da fazenda cortou a mão quando ele consertava uma cerca. O corte foi bem profundo. Eu dei os primeiros socorros, estancando o sangue, mas n&ati
Wordwell, Verão de 2014Desci do ônibus e procurei pelos cabelos grisalhos do meu pai, mas nem sinal dele.Bufei.Que bom! Ótimo!Tudo que eu preciso é ficar nesse calor e com sede puxando uma mala pesada!Passo por entre as pessoas erguendo minha cabeça, ainda tentando achar meu pai, ou meu irmão mais velho. Paro em um canto e procuro em minha bolsa meu lenço. Passo na testa. Sem prestar atenção no barulho dos ônibus estacionando na estação. Estes que chegavam a todo momento enem no barulho dos carros de uma avenida movimentada ao lado. Sento-me em um banco pensando na última vez que vi meu pai. Foi em um feriado prolongado há seis meses atrás quando elefoi à Londres com meu irmão me visita. Todo esse tempo, eu fiquei hospedada na casa de tia Susan. Seguios mesmos passos do meu irmão mais ve
MiguelEu a observo em secreto. Há algo diferente nela, reparei nisso desde que eu coloquei os meus olhos na sua linda figura.Ela cresceu...aquela menininha se foi. Não parece mais a garota que vivia atrás de mim na fazenda e que eu sabia tudo sobre sua vida e ela da minha. Meus olhos descem para seu colo branquinho e o formato de seus seios evidenciados pela camisa um pouco justa que ela usa. Firmes, no tamanho exato para caber na palma da minha mão.Minha respiração se intensifica, meu coração se agita no peito e uma onda de culpa me aperta então o estômago. Com dificuldade desvio meus olhos dela.Foi um baque quando a reconheci na rodoviária. Ela ainda tem em seu rosto aquela docilidade de tempos atrás e que tanto me atrai. Quando seus olhos azuis, os mais lindos que eu já vi na vida, marcados hoje com a