FernandaAlgum tempo depois...Os dias estavam passando depressa e ficava cada vez mais próximo a bendita festa de aniversário do Luan. Então, sem alternativa, decido ir até a casa dele e tentar a todo custo convencê-lo de deixar o Pietro me acompanhar. Mas ele estava irredutível e ficou completamente fora de si quando falo que eu só poderia ir à festa se o Pietro fosse.— Não Fernanda, esse cara não vai vir no meu aniversário, não mesmo. Isso já é demais. — Luan fala alterado e eu me aproximo na tentativa de reverter a situação — Luan, reconsidere, o tal coquetel é no mesmo dia do seu aniversário, e se o Pietro for eu terei que ir.Luan bufa e sem sequer me encarar diz:— Esse playboy dos infernos pode muito bem inventar uma desculpa e falar que vai sair com você, e não ser verdade. Será que nem isso ele pode fazer?"É ruim hein, de Pietro perder a oportunidade de ficar ao meu lado e eu também não deseja tê-lo distante. Não mesmo!" — penso, porém não falo— Não, Luan, ele não me ouv
FernandaEnfim, havia chegado o dia da festa, Pietro inventou uma boa desculpa para não podemos ir ao coquetel, mas como iriamos sair juntos, o Senhor Antônio não se importou e até ficou feliz por estarmos a cada dia mais próximos um do outro. A festa começaria, por volta das sete da noite, então Pietro passou na minha casa para me buscar. Óbvio que o Luan não gostou, mas como ele tinha que recepcionar os convidados, passou batido. Meu coração estava acelerado, os dois homens da minha vida juntos, pra completar mais lindos que nunca. Chegamos no local da festa e ao parar o carro e ver o nome da boate Pietro quase teve um infarte.— A festa é logo aqui?— O que tem isso demais, vai me dizer que não está no seu nível? — falo irônica e já prestes a descer do carro, quando Pietro fala— Não é isso. Estou impedido de entrar na Vogue, depois de ter arrumado uma confusão dos diabos com o gerente. — Quê? Típico do Pietro que conheci meses atrás. E agora, o que vamos fazer? — falo confusa—
Fernanda Com muito esforço consegui levantar o Pietro, alguns conhecidos me ajudaram a leva-lo até o carro antes que o dono da boate nos expulsasse, mas durante todo o tempo ele chamava pelo meu nome e repetia sem parar que me amava. Ele só pode ter ficado louco, é a única resposta que consigo encontrar para um homem como ele se envolver numa confusão como essa. Certo que ele fez tudo isso para me defender, contudo não posso deixar passar batido o fato de toda exposição em que ele nos colocou, definitivamente bebida e Pietro é uma péssima combinação, se depender de mim nunca mais ele coloca uma gota de álcool na boca. Estava aflita, pois haviam muitas pessoas com celulares nas mãos filmando tudo e se isso cair nas redes sociais terei grandes problemas. "Merda de homens, que só sabem resolver os problemas com socos. Parece que ainda estamos na era das cavernas."Bufo de ódio, em seguida entramos no carro e mesmo Pietro estando um pouco grogue, não resisti e comecei a falar:— Você te
Fernanda Depois que Pietro foi embora, não consegui dormir direito e passei o resto da madrugada chorando. Eu não queria sair do quarto, minha mãe tadinha, já não sabia mais o que fazer para me tirar daquela situação. Eu só dizia que tudo ficaria bem, mas sequer abria a porta, pois eu sabia que se ela entrasse me encheria de perguntas e naquele momento tudo o que eu menos desejava era responder o interrogatório da dona Celina. Eu me sentia cada vez mais perdida e confusa. Pietro apesar do erro que cometeu, continuou sendo carinhoso e preocupado comigo. Enquanto, o Luan, só tem demonstrado o oposto, grosseiro, bruto, pelo visto àquele amigo educado e amoroso não existe, ele mostrou o que era, e para piorar tudo, els não tinha esse direito, de me trair justamente com a Alicinha. Minha vontade era de morrer e acabar de uma vez por todas com todo esse sofrimento e essa confusão que eu me envolvi. Mas, eu não tinha esse direito, minha mãe precisava de mim e eu jamais a deixaria nesse mo
FernandaEstava decidida, a cancelar o contrato, não queria que o Luan, resolvesse os meus problemas e menos ainda se metesse em dividas bancárias por minha culpa. Se eu permitisse isso, aí sim, me sentiria culpada e ficaria presa à ele para sempre. E o que eu menos desejava era ficar ligada à quem quer que seja, por pura obrigação, se eu cometesse essa loucura não seria eu mesma e perder a minha identidade já era demais para mim.Então, convicta da minha decisão, pego meu celular e ligo para o Senhor Antônio. Como sempre, ele prontamente me atende e combinamos de nos encontrar em poucas horas.Corro para me preparar e algum tempo depois, lá estava eu, já no escritório dele. Para variar, dou de cara com aquela secretária rabugenta, porém desde que me tornei namorada do Pietro, ela mudou da água para o vinho e nunca mais ousou me destratar, ainda mais depois de eu tê-la ameaçado dizendo que contaria tudo para o senhor Antônio e o modo rude como ela me tratou no primeiro dia em que esti
PietroFernanda não tem a noção do quanto estou apaixonado por ela e menos ainda tudo o que seria capaz de fazer para tê-la ao meu lado e na minha vida para sempre. Ela me faz bem e não quero perde-la por nada nesse mundo, ainda mais para um bostinha como aquele Luan. Em outros tempos eu já teria ido aos extremos e resolvido isso de uma maneira muito diferente. A sequestraria e ela ficaria em cárcere até que descobrisse o quanto me ama. Mas, não, hoje sou um novo homem, com novos pensamentos e ela foi a causadora dessa mudança tão drástica. Por ela me tornei paciente, compreensivo e capaz de aceitar que cada pessoa tem o livre arbítrio. Então, a deixarei ir, e se ela voltar, é porque tinha que ser minha para sempre. Mas, óbvio que não deixarei passar a oportunidade que o destino está me oferecendo, e nessa noite que ficaremos a sós darei a minha última cartada, e se mesmo assim ela continuar resistindo e me rejeitando, a deixarei partir e ficar livre para seguir o seu destino. Mesmo
FernandaDepois daquela loucura que fizemos em todos os locais daquele banheiro e de nos saciarmos um do outro, duas horas seguidas, Pietro me convida para darmos uma volta pela cidade de Blumenau, em Santa Catarina, que por sinal era um encanto de lugar. Eu estava cansada, na realidade exausta, mas como resistir à um pedido cheio de carinhos e feito por um homem como ele. Logo, aceitei, eu queria aproveitar cada instante ao lado dele, afinal de contas, todo esse sonho terminaria amanhã, logo ao amanhecer. Mas, procurei não lembrar da estupidez que eu cometi, e sim, me entregar por inteira à tudo que Pietro desejava me mostrar e entrar de corpo e alma no seu mundo. Um universo completamente oposto do meu, cheio de luxo e riqueza, coisas que eu jamais sonharia em ter se não fosse por ter conhecido ele, o meu Pietro. Ao pensar nisso, deixo uma lágrima rolar pelo meu rosto, era um misto de sentimentos que estavam dentro do meu peito, mas o principal deles, era saudade, um vazio e uma a
Ainda em Blumenau | SCFernandaNo dia seguinte, bem cedo, acompanhei o Pietro até o local onde seria a tal reunião. Enquanto ele conversava com diversos executivos, muito distintos, mas todos com uma pinta de mafiosos e tinha um em especial que me causou até arrepios, e a pior sensação que alguém poderia sentir. Enfim, após horas e horas tomando cafezinho, folheando diversas revistas de moda, fofoca e toda futilidade de um modo geral, a porta onde estavam reunidos é aberta, e por ela surge o meu príncipe italiano, sorridente e esbanjando beleza por onde passava. Ele se aproxima da poltrona onde eu estava sentada, me dando um selinho e sorrindo me diz que conseguiu fechar o negócio. Fico imensamente feliz por ele, mas após sairmos do edifício empresarial a minha ficha caiu e parece que uma nuvem negra pousou sobre a minha cabeça. Eu murchei na mesma hora que lembrei, que hoje era a nossa despedida. Por Deus, porque foi tanto me afastar do Pietro? Por quê tinha que ser assim?Estava