ChrisEla estava arrependida. E a culpa era minha. Se eu não tivesse falado da reunião, teria saído daquele apartamento com pelo menos a minha dignidade. Mas não, eu abri a p¢rra da minha boca e ela me chutou para fora. A intenção era conversar, tomando café, sobre o que faríamos. Os dois. Só que ela já tinha decidido que ia fingir que nada aconteceu. E eu não podia fazer isso. Não podia e não queria. Não quando pareceu tão certo. - Vamos começar? - A Joana perguntou e eu levantei o olhar. Quase todos tinham chegado. Ela não. - Estão todos aqui? - Perguntei e a Joana me encarou com uma expressão estranha. - Falta só a Isa, que está resolvendo uma demanda para mim. - Assenti. - Ela deve chegar logo. Ela apontou o controle para a apresentação na parede e começou a explicar o briefing que tinham recebido na semana anterior, sobre um cliente antigo, que estava namorando o mercado. A Heineken foi o primeiro cliente que eu mesmo fechei, a cerca de 3 anos, e era o nosso maior ca
IsaEu ainda estava com as pernas trêmulas quando sentei na minha mesa, depois da reunião.E o que eu sentia era um misto intenso de orgulho e raiva.Orgulho por ter conseguido manter uma postura impecável.Raiva pelo comportamento dele, apenas. Respirei fundo e encarei o notebook.A minha ideia foi aprovada. Para, pelo menos, ser apresentada para o cliente.Eu ainda não estava acreditando.- Você foi perfeita! - A Sarah entrou na sala sorrindo.- Eu estava suando frio. - Adm
ChrisA Joana entrou na minha sala sem bater, com um olhar afiado e eu engoli em seco.- Resolveu? - Ela perguntou e eu sabia exatamente do que ela estava falando.Respirei fundo.- Não da forma que você imagina. - Falei e ela balançou a cabeça.- Ela é genial e eu não vou abrir mão dela. - Estalei a língua.- E não irá. - Garanti. - Seremos profissionais, como você mesma viu. - O sorriso dela estava cheio de maldade, antes dela me responder.- O que eu vi foi
Isa- Para! - O Junior, meu professor de kickboxing, pediu. - Isa, você precisa controlar a pressão dos ombros. - Ele apoiou as mãos nos meus ombros enquanto a minha oponente, Karla, se levantava. - Você vai acabar nocauteando alguém!- Desculpe. - A Karla quase pulou para fora do ringue, enquanto o Junior puxava os meus braços para trás, alongando os músculos. - Amanhã você não vai conseguir se mexer, se continuar assim. - Estou com raiva e frustrada. Preciso colocar pra fora. - Ele respirou fundo. - Na maioria das vezes eu apoiaria, mas hoje eu não tenho ninguém que aguentaria as suas porradas. - Sorri com a afirmação. Fazia 3 anos que eu lutava kickboxing e alcancei a faixa marrom na semana anterior. Eu treinava às quartas e sábados, com pessoas da minha categoria. Hoje, terça, tinham apenas iniciantes e uma faixa verde, a Karla, que eu derrubei três vezes. Eu estava treinando ali desde que voltei para Nova York e o Junior era um excelente professor, e logo me ajudou a aprimora
IsaAs luvas nas minhas mãos pareciam apertadas demais enquanto eu me preparava para o combate. A minha pele estava quente, tanto pelo aquecimento que fiz antes quanto pela raiva acumulada desde a reunião. Ele estava do outro lado do ringue, ajustando as próprias luvas com uma calma irritante. Ele não parou de olhar na minha direção, e sabia que eu estava pronta para lutar. A tensão entre nós era tão densa que dava para cortar com uma faca.Ele sorriu quando se aproximou.— Vamos resolver isso aqui, Isabella? — Aquilo era uma provocação, eu não tinha dúvidas. — Quem sabe você consiga manter o controle, como fez ontem a noite. — Ele completou, ajeitando a postura, ainda sorridente. E a voz dele carregava aquela insuportável arrogância de quem sempre tem o controle. Respirei fundo, tentando ignorar o calor que subia pelo meu rosto. Ele sabia exatamente o que estava fazendo.— Não pegue leve. — Ordenei. — Realmente quero te arrebentar! — Ele arregalou os olhos. — Eu não tenho dúvidas do
ChrisEu sabia exatamente o que eu queria, ao vir até aqui. E ela, mesmo negando, queria a mesma coisa. Então eu a beijei. Porque eu não tinha mais forças para lutar contra a minha própria vontade. Ela era uma máquina e se movia com precisão, mas eu era mais alto, mais forte e conhecia exatamente os movimentos que ela poderia fazer. Foi fácil lutar com ela e baixar a guarda. Ela estava vermelha desde o momento em que eu cheguei. O cabelo preso em um rabo de cavalo, o suor escorrendo pelo pescoço dela, o top que ela estava usando deveria ser banido do mundo, porque ele evidenciava exatamente o volume delicioso dos sei¢s dela, seios esses que eu morderia aqui mesmo se ela deixasse.Eu a deixei furiosa, então eu deixaria que ela descontasse em mim aquela fúria. Mas, foi impossível me segurar ao ouvir que ela não queria nada comigo. Entendo o orgulho dela em não aceitar os elogios ou a minha aprovação, mas negar o desejo que eu via nos olhos dela, negar que ela me queria, quando, a me
IsaFoi sem pensar, uma reação natural ao que eu estava sentindo. Um misto de raiva, surpresa e curiosidade. Eu queria entender até onde ele iria. Por isso não impedi o meu corpo de reagir, quando mordi a boca. Ele avançou para dentro do cubículo e eu dei dois passos para trás, e me dei conta, que ele era muito grande e o espaço era pequeno para nós dois. E mesmo assim ele não parou. Fechou a porta atrás de si e me encarou. Completamente vestido, inclusive de tênis. - O que pretende? - Apertei a toalha contra o meu corpo por reflexo , quando ele desceu os olhos por mim. - Muitas coisas. - Ele se aproximou, e agora o corpo dele estava quase encostado no meu. - Mas eu não tenho tempo nem espaço para fazer tudo. - Puxei o ar devagar, com a sensação que qualquer movimento brusco faria ele me atacar. E mesmo que isso devesse me deixar com raiva, só me deixava com mais tesão!- Seja objetivo. - Eu exigi e ele me deu um sorriso de lado. - Vamos resolver essa raiva … - A boca dele pairo
ChrisMaggie Timoney chegou com um idiot¢ para a reunião daquela tarde, e antes que a Bia me lembrasse que eu deveria recepcioná-los, eu quase não consegui trabalhar. Nenhuma mensagem. Nem mesmo um bom dia diferente. Nada, Ela não me enviou ou mostrou nenhum sinal de que o que aconteceu ontem fez alguma diferença. Mesmo que ela tenha ficado completamente perdida depois. Era possivel ver nos olhos dela que eu a surpreendi. E eu vou esperar.Eu decidi que o próximo movimento será dela, e eu vou me obrigar a esperar. Então eu estava ali para recepcionar o cliente e sumir, como a Joana tinha pedido. A Maggie confiava no meu trabalho e ficou completamente sorridente ao me ver, o acompanhante dela que não estava feliz de estar ali. Ou de me ver. Diferente de como eu agia na empresa, no mercado, diante das outras empresas, eu sou implacável. - Chris, querido, se juntará a nós? - Ela sorriu enquanto flertava comigo. - Não Mag, tenho algumas atividades de CEO para realizar. - Respondi so