Ele pode ter seguido a vida

Já dentro da casa, o cheiro de chocolate quente invadiu o ambiente aconchegante. A lareira crepitava suavemente, aquecendo o ar gelado que ainda escapava das frestas das janelas. Amy segurava a caneca quente entre as mãos, soprando levemente a superfície para esfriar a bebida. Einar se sentou ao seu lado, suspirando fundo, e olhou para o horizonte além da janela.

— Em breve você fará 25 anos — comentou Einar, virando-se para ela com um sorriso discreto. — Já faz um tempo que você está aqui.

Amy ergueu as sobrancelhas, surpresa com o lembrete.

— Nem me fale. Parece que foi ontem que eu estava tropeçando na frente do mercado pela primeira vez. — Amy riu lembrando da primeira vez que viu Einar. — E pensar que anos depois, continuo escorregando.

Einar deu uma risada baixa, assentindo.

— Mas agora você anda como se fizesse parte deste lugar. Quase uma islandesa de verdade. — Einar sorriu ladino. — Apesar dos escorregões ainda frequentes.

Os dois riram juntos, mas a alegria deu lugar a um
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