Amabel pediu para que alguém emprestasse um traje levemente mais comportado para a apresentação da noite e com pouco de esforço conseguiu uma roupa quase recatada, mas que definia de modo ousado as nuances de seu corpo através do tecido cor de nude e que seria tão colante, que quase nada escondia suas formas sensuais. Perse teria um treco ao vê-la desfilar daquela maneira, só que não tinha nada a perder. As horas se passaram arrastando e Amabel estava completamente ansiosa pela apresentação daquela noite e o que Perse comentaria de sua sandice. Com certeza, ficaria furioso ao ser desobedecido com tanta prepotência vinda de uma fedelha que tinha completado dezoito anos a tão poucos dias, só que sabia como ser alguém tão implicante com quem mexesse no seu calo. Raul veio olhá-la e com o trejeitos mais debochados do universo ainda perguntou se estava disposta a fazer aquilo, porque se Perse não gostasse, não queria ser responsabilizado depois, ao que Amabel garantiu que livraria sua cara
Na manhã seguinte, acordou com uma sensação estranha no corpo e na cabeça, sem entender muito bem aquilo que havia acontecido na noite passada. Seu cérebro parecia que estava um tanto bugado e precisava de algum tempo para assimilar as coisas que estavam acontecendo nos últimos dias. E isso incluía sua estada no prostíbulo e depois ter sido comprada por Perse, a quem sempre amou com tanto carinho e com tanto respeito. Em vez de agradecer a gentileza, terminou xingando Perse da pior maneira possível e sabia que aquilo tinha magoado-o profundamente.Ainda estando um pouco sonolenta, Amabel abriu os olhos vagarosamente e se acostumando com a claridade, notou que estava dentro de um quarto bem grande, bem espaçoso e bem aconchegante, além de estar decorado com um gosto extremamente ótimo e bastante pessoal. Olhou para cima e permaneceu vendo o teto por uns dois minutos e vendo a luminosidade entrando pelo ambiente, resolveu levantar devagar e descobrir onde se encontrava, mas pelo que Per
— Por que você faz tanta questão que a gente case dessa forma tão apressada? Não terá uma solução melhor? – Amabel voltou seus olhos amendoados para Perse e engoliu em seco. – Apesar de tudo, eu apenas posso dizer mil vezes obrigada por me tirar daquela situação e dos braços daquele homem asqueroso!— Não há motivos para você se preocupar mais com isso, porque está segura ao meu lado! – o sorriso luminoso de Perse tomou conta de tudo ao redor. – Vamos descer agora para comermos alguma coisa, já que você deve estar mais que faminta! E pretendo conversar com você para acertar os detalhes de nosso casamento!E antes que pudesse falar mais alguma coisa, Perse estendeu sua mão direita e Amabel aceitou o convite, se sentindo muito segura na companhia daquele homem tão bondoso e tão charmoso. E muito suavemente, Perse puxou e deu dois beijos quentes em seus dedos, deixando Amabel suster a respiração por segundos. Com aquilo, abriu a porta e passaram por um longo corredor até descerem pela gr
Assim que Amabel terminou de comer naquela manhã, Perse informou que pretendia levá— la até a Rua Oscar Freire para comprar algumas roupas que fariam parte de seu enxoval, já que estava quase sem roupas para usar. Os filhos de Perse continuavam dormindo e só mais tarde que Amabel teria oportunidade de rever seus sobrinhos. Quando Amabel soube que seria levada até aquele lugar, na sua primeira impressão achou desnecessária essa intenção de Perse, porque nunca usou roupas e acessórios de marcas, preferindo comprar pessoalmente na Rua 25 de Março. Quando Amabel disse que achava melhor ir para aquele local mais popular, Perse levantou uma de suas sobrancelhas e se espantou com a simplicidade da menina. Nunca imaginou que Amabel viesse a ser alguém tão humilde na vida, visto que a Família Alcântara era extremamente rica e podia possuir qualquer bem material, mas a garota sempre ganhou seu dinheiro honestamente e tinha tudo que precisava na vida, nunca sentindo falta de qualquer coisa.— Am
Quando Perse se deu como satisfeito, ainda visitaram algumas outras lojas bacanas e resolveram comer alguma coisa leve numa cafeteria chamada Bacio Di Latte e que seria um ambiente simpático para todos. Enquanto bebiam um café com alguns biscoitos e tomavam sorvete, conversaram sobre tudo e Perse parecia muito entusiasmado com o que estava acontecendo. Seria no momento que Perse disse algo que deixaria Amabel extremamente envergonhada, pelo modo instintivo de como necessitava saber daquela resposta.— Desculpe pela minha pergunta, mas estou muito curioso para descobrir isso e me sentirei feliz mediante aquilo que imagino! – os olhos azuis-turquesas de Perse brilharam intensamente ao olhar Amabel de frente. – Você nunca namorou ninguém? Alguém já te beijou antes? Escute, isso é muito importante para eu saber, pois tenho que admitir que você é simplesmente adorável!— Eu... Eu... Eu nunca tive ninguém... em minha vida... – os olhos amendoados de Amabel baixaram para a mesa e começou a b
Amabel acordou no dia seguinte com um pouco de preguiça e virando para o outro lado, percebeu que os primeiros raios do Sol estavam incidindo pelas frestas da veneziana. Mesmo não estando com muita vontade de levantar, resolveu que deveria descer para rever seus sobrinhos, pois estava com muitas saudades. Com uma certa dificuldade, saiu da cama quase se arrastando e puxou as cortinas para que as luzes iluminassem todo o ambiente. As sacolas com as compras estavam em cima de um sofá e duas poltronas, porque ainda não haviam sido guardadas. Amabel não quis que nenhuma empregada fizesse aquele serviço e pretendia colocar tudo em seu devido lugar. Ainda com sono, Amabel procurou uma calça, uma camiseta e lingerie para usar, já que tomaria um banho relaxante. Assim, pegando tudo, se dirigiu até o banheiro e trancando a porta, estendeu os trajes num cabideiro próximo e escovou os dentes, usando o fio dental depois. Quando terminou, tirou as roupas e se aproximou do box, ligando o chuveiro
— Eu nunca poderia dizer não a esse pedido tão bonito de vocês e me sinto honrada em haver sido escolhida para isso. – o sorriso contagiante de Amabel expressava uma sinceridade genuína e que atraiu a atenção de Perse ao vê-la tão satisfeita com aquilo. – Podem me chamar de mãe sempre e prometo darem a vocês tudo aquilo que merecem. As crianças sorriram e vieram abraçar Amabel novamente, que recebeu-os com carinho e muito amor. E para sua surpresa, Perse se aproximou e deu-lhe um beijo apaixonado, agradecendo como nunca pela sua atenção. Depois, Perse indicou que Amabel se sentasse e servisse do que tinha na mesa. Resolveu beber um café com leite e comer alguns pães de queijo bem gostosos, além de torradas com manteiga. Assim que terminou, Perse se predispôs a mostrar o resto da casa e todo o jardim bem cuidado, falando para que as crianças acompanhasse-os durante o passeio. Foi assim que Amabel passou o dia andando e sendo paparicada pela família de Perse, que estava encantado com
O dia anterior tinha sido bastante proveitoso, tanto que Amabel estava surpresa em testemunhar que Perse era alguém tão prestativo para deixar tudo cheio de novidades e conscientizar seus filhos que se casaria com alguém que pretendia assumi-los como uma figura feminina. Amabel terminou descobrindo que o pedido de Jonathan, Jessica e Jade, havia partido da influência de Perse, que dizendo elogios prestimosos de sua pessoa, deixou as crianças terem a ideia de perguntarem se podiam chamá-la de mãe. Claro que Amabel percebeu que as crianças sentiam uma falta extrema de Madison para quase implorarem aquilo. Notou os rostos ansiosos durante a pergunta e que queriam uma resposta positiva. Prometeu a si mesma que daria seu melhor naquela situação. Enquanto a cerimônia de casamento não acontecia, Amabel dava uma olhada nas redes sociais e em seu e-mail para saber se tinha alguma notícia que ainda não conhecia. Foi quando duas de suas amigas mandaram mensagens perguntando como virou noiva de