Assim que Amabel terminou de comer naquela manhã, Perse informou que pretendia levá— la até a Rua Oscar Freire para comprar algumas roupas que fariam parte de seu enxoval, já que estava quase sem roupas para usar. Os filhos de Perse continuavam dormindo e só mais tarde que Amabel teria oportunidade de rever seus sobrinhos. Quando Amabel soube que seria levada até aquele lugar, na sua primeira impressão achou desnecessária essa intenção de Perse, porque nunca usou roupas e acessórios de marcas, preferindo comprar pessoalmente na Rua 25 de Março. Quando Amabel disse que achava melhor ir para aquele local mais popular, Perse levantou uma de suas sobrancelhas e se espantou com a simplicidade da menina. Nunca imaginou que Amabel viesse a ser alguém tão humilde na vida, visto que a Família Alcântara era extremamente rica e podia possuir qualquer bem material, mas a garota sempre ganhou seu dinheiro honestamente e tinha tudo que precisava na vida, nunca sentindo falta de qualquer coisa.— Am
Quando Perse se deu como satisfeito, ainda visitaram algumas outras lojas bacanas e resolveram comer alguma coisa leve numa cafeteria chamada Bacio Di Latte e que seria um ambiente simpático para todos. Enquanto bebiam um café com alguns biscoitos e tomavam sorvete, conversaram sobre tudo e Perse parecia muito entusiasmado com o que estava acontecendo. Seria no momento que Perse disse algo que deixaria Amabel extremamente envergonhada, pelo modo instintivo de como necessitava saber daquela resposta.— Desculpe pela minha pergunta, mas estou muito curioso para descobrir isso e me sentirei feliz mediante aquilo que imagino! – os olhos azuis-turquesas de Perse brilharam intensamente ao olhar Amabel de frente. – Você nunca namorou ninguém? Alguém já te beijou antes? Escute, isso é muito importante para eu saber, pois tenho que admitir que você é simplesmente adorável!— Eu... Eu... Eu nunca tive ninguém... em minha vida... – os olhos amendoados de Amabel baixaram para a mesa e começou a b
Amabel acordou no dia seguinte com um pouco de preguiça e virando para o outro lado, percebeu que os primeiros raios do Sol estavam incidindo pelas frestas da veneziana. Mesmo não estando com muita vontade de levantar, resolveu que deveria descer para rever seus sobrinhos, pois estava com muitas saudades. Com uma certa dificuldade, saiu da cama quase se arrastando e puxou as cortinas para que as luzes iluminassem todo o ambiente. As sacolas com as compras estavam em cima de um sofá e duas poltronas, porque ainda não haviam sido guardadas. Amabel não quis que nenhuma empregada fizesse aquele serviço e pretendia colocar tudo em seu devido lugar. Ainda com sono, Amabel procurou uma calça, uma camiseta e lingerie para usar, já que tomaria um banho relaxante. Assim, pegando tudo, se dirigiu até o banheiro e trancando a porta, estendeu os trajes num cabideiro próximo e escovou os dentes, usando o fio dental depois. Quando terminou, tirou as roupas e se aproximou do box, ligando o chuveiro
— Eu nunca poderia dizer não a esse pedido tão bonito de vocês e me sinto honrada em haver sido escolhida para isso. – o sorriso contagiante de Amabel expressava uma sinceridade genuína e que atraiu a atenção de Perse ao vê-la tão satisfeita com aquilo. – Podem me chamar de mãe sempre e prometo darem a vocês tudo aquilo que merecem. As crianças sorriram e vieram abraçar Amabel novamente, que recebeu-os com carinho e muito amor. E para sua surpresa, Perse se aproximou e deu-lhe um beijo apaixonado, agradecendo como nunca pela sua atenção. Depois, Perse indicou que Amabel se sentasse e servisse do que tinha na mesa. Resolveu beber um café com leite e comer alguns pães de queijo bem gostosos, além de torradas com manteiga. Assim que terminou, Perse se predispôs a mostrar o resto da casa e todo o jardim bem cuidado, falando para que as crianças acompanhasse-os durante o passeio. Foi assim que Amabel passou o dia andando e sendo paparicada pela família de Perse, que estava encantado com
O dia anterior tinha sido bastante proveitoso, tanto que Amabel estava surpresa em testemunhar que Perse era alguém tão prestativo para deixar tudo cheio de novidades e conscientizar seus filhos que se casaria com alguém que pretendia assumi-los como uma figura feminina. Amabel terminou descobrindo que o pedido de Jonathan, Jessica e Jade, havia partido da influência de Perse, que dizendo elogios prestimosos de sua pessoa, deixou as crianças terem a ideia de perguntarem se podiam chamá-la de mãe. Claro que Amabel percebeu que as crianças sentiam uma falta extrema de Madison para quase implorarem aquilo. Notou os rostos ansiosos durante a pergunta e que queriam uma resposta positiva. Prometeu a si mesma que daria seu melhor naquela situação. Enquanto a cerimônia de casamento não acontecia, Amabel dava uma olhada nas redes sociais e em seu e-mail para saber se tinha alguma notícia que ainda não conhecia. Foi quando duas de suas amigas mandaram mensagens perguntando como virou noiva de
Perse olhou aquela multidão de gente e dissertou sobre a grande quantidade de pessoas ali, sorrindo como um adolescente diante de alguma coisa nova na vida. Para deleite de Amabel, resolveu guiá-lo para algumas poucas lojas e pediu que Perse subisse pela Ladeira General Carneiro, onde pretendia comprar algumas leggings e camisetas confortáveis para usar no dia a dia ou ensaiar alguns passos de danças que costumava ouvir com frequência. Com aquilo, Amabel levou Perse para um estabelecimento bem grande e cheio de fregueses. Ao apontar para um mar de roupas de todos os tipos, pediu que Perse se aproximasse também e auxiliasse-a na procura do que queria comprar. Foi muito engraçado ver Perse puxando algumas calças meio confuso e perguntar se Amabel gostava, porque achou bonitas e pretendia comprar para presentear-lhe como parte do enxoval de casamento. Amabel não parava de sorrir, percebendo que Perse escolheu umas cinco leggings de diversas cores e camisetas em tons pastéis ou neon. Ador
Amabel dormiu extremamente bem para aquela noite e assim que amanheceu o dia, resolveu se levantar da cama e começar a organizar seus afazeres. Permaneceu morgando um pouco entre os lençóis por causa da preguiça, mas no momento que sentiu que deveria aprontar as coisas, já estava diante da cortina e puxando as venezianas, deixou que os primeiros raios solares entrassem pelo quarto. Estava ansiosa com o decorrer do que aconteceria nas próximas horas, porque Perse informou que estariam indo se encontrar com Cameron e Jason para explicarem que se casariam nas próximas semanas. Apesar de achar que ficaria nervosa diante de quem deveria tê-la protegido e não colocado-a num prostíbulo como vingança, Amabel se acalmou e decidiu encarar as dificuldades de frente. Não abaixaria a cabeça para aqueles dois monstros que quase acabaram com seus sonhos, mas até agradecia um pouco aquilo ter acontecido, pois não estaria prestes a se casar com Perse. Ou seja, Deus tinha sido tão bondoso em livrá-la d
Assim que desceu para saírem, Perse encarou-a por longo tempo e comentou que não valia a pena chorar por gente tão escamosa. Amabel se espantou diante do fato de Perse ter percebido e tentou emendar uma desculpa, mas recebeu novos beijos leves nos lábios e pedidos para que esquecesse da situação, porque estava disposto a protegê-la de todos. Amabel sorriu diversas vezes novamente e concordou quando Perse estendeu sua mão esquerda para que acompanhasse-o até a garagem para pegarem um dos veículos, dizendo que não precisavam se despedir de ninguém, pois seus pais levaram as crianças para passearem enquanto estavam de férias. Chegando lá, pegou uma BMW vermelha e abrindo a porta para Amabel se assentar, voltou para seu lugar e deu a partida para se encontrarem com os parentes da moça.Não demorou muito e já estavam na rua, enfrentando outros carros que iam e vinham em várias direções. Perse notou que Amabel roía as unhas de tamanho nervoso em rever Cameron e Jason, mas segurando suas mão