Angel Lioncourt | New YorkNa manhã seguinte, a luz do sol atravessava as cortinas do meu apartamento, trazendo uma sensação de calma rara. Era como se a cidade – e minha mente – estivessem conspirando para me dar um momento de silêncio antes que o dia começasse.Por um breve instante, deitada na cama, eu me permiti pensar em Aaron. Ele tinha uma habilidade irritante de me desarmar, mas era exatamente isso que o tornava tão essencial. Cada momento com ele parecia um lembrete de que a vida não precisava ser tão pesada, tão controlada.Mas o que isso significava para nós?Esse pensamento me acompanhou enquanto eu me preparava para mais um dia no escritório.Bonnie, como sempre, estava esperando por mim na minha sala, carregando relatórios e com um olhar que dizia que ela sabia exatamente o que estava na minha mente.— Você está distraída.— Não estou.— Angel...— Tudo bem, talvez eu esteja um pouco.Ela colocou os papéis na minha mesa e cruzou os braços.— Aaron?— Aaron.— E o que est
Angel Lioncourt | New YorkNa manhã seguinte, a luz do sol atravessava as cortinas do meu apartamento, trazendo uma sensação de calma rara. Era como se a cidade – e minha mente – estivessem conspirando para me dar um momento de silêncio antes que o dia começasse.Por um breve instante, deitada na cama, eu me permiti pensar em Aaron. Ele tinha uma habilidade irritante de me desarmar, mas era exatamente isso que o tornava tão essencial. Cada momento com ele parecia um lembrete de que a vida não precisava ser tão pesada, tão controlada.Mas o que isso significava para nós?Esse pensamento me acompanhou enquanto eu me preparava para mais um dia no escritório.Bonnie, como sempre, estava esperando por mim na minha sala, carregando relatórios e com um olhar que dizia que ela sabia exatamente o que estava na minha mente.— Você está distraída.— Não estou.— Angel...— Tudo bem, talvez eu esteja um pouco.Ela colocou os papéis na minha mesa e cruzou os braços.— Aaron?— Aaron.— E o que est
Angel Lioncourt | New YorkAcordei naquela manhã com a mente inquieta. O eco das palavras de Aaron ainda ressoava em mim como um tambor suave e constante. Ele tinha um jeito de fazer tudo parecer inevitável, como se eu não tivesse escolha a não ser admitir o que estava bem na minha frente.Eu sabia que ele estava certo. Eu sabia que havia algo entre nós, algo que eu vinha tentando ignorar porque era mais fácil manter o controle do que me permitir sentir.Mas o controle já estava escapando das minhas mãos.Levantei da cama e fui direto para o chuveiro, tentando lavar o turbilhão de pensamentos que parecia ter se tornado meu estado natural. Mas, mesmo debaixo da água quente, os olhos de Aaron continuavam a me perseguir. O jeito que ele me olhava, como se soubesse exatamente quem eu era – não a Angel Lioncourt que o mundo via, mas a verdadeira.E isso era assustador.No escritório, Bonnie estava mais animada do que de costume, o que era um bom sinal de que, pelo menos por enquanto, o tra
Angel Lioncourt | New YorkOs dias que se seguiram foram um borrão de trabalho e momentos roubados com Aaron. Ele continuava aparecendo na minha vida com sua espontaneidade irritante, mas, ao mesmo tempo, eu já não conseguia imaginar minha rotina sem ele.Era assustador admitir o quanto ele havia se tornado essencial para mim.E isso me fazia questionar até onde eu estava disposta a ir.Naquela manhã, cheguei ao escritório cedo, como de costume. Bonnie já estava ocupada em sua mesa, digitando em seu laptop enquanto equilibrava o telefone no ombro. Quando ela me viu, deu um sorriso travesso.— Bom dia.— Bom dia. Alguma novidade urgente?— Apenas os números da campanha na Ásia. Eles estão melhores do que esperávamos.— Isso é ótimo. Quero revisar tudo antes da reunião de amanhã.— Claro. — Ela hesitou, olhando para mim com curiosidade. — E sobre o Aaron?Revirei os olhos, mas não consegui evitar o sorriso.— Bonnie...— O que? Você não pode me culpar por perguntar.— As coisas estão...
Angel Lioncourt | New YorkAcordei naquela manhã com uma sensação de leveza que não sentia há muito tempo. Talvez fosse o efeito de tudo o que estava acontecendo com Aaron, ou talvez fosse o fato de que, pela primeira vez, eu estava me permitindo pensar em algo além do trabalho.Mas junto com essa leveza vinha algo que eu não conseguia ignorar: a vulnerabilidade.Ele me via de um jeito que ninguém mais via, e isso me assustava tanto quanto me fascinava.No escritório, Bonnie estava ocupada como sempre, mas assim que me viu entrar, deu aquele sorriso travesso que me dizia que ela estava prestes a me provocar.— Bom dia, chefe.— Bom dia, Bonnie. Alguma crise que precise da minha atenção?— Nenhuma. O que significa que você está livre para planejar seu encontro com Aaron hoje à noite.Revirei os olhos, mas não consegui evitar o pequeno sorriso que surgiu nos meus lábios.— Você é insuportável.— Apenas uma amiga preocupada com sua vida amorosa.— E quem disse que isso é um encontro?— V
Angel Lioncourt | New YorkNa manhã seguinte, acordei com o som insistente do despertador, mas algo dentro de mim me impedia de me levantar imediatamente. Fiquei olhando para o teto, deixando os últimos dias passarem pela minha mente.Aaron era uma constante que eu não esperava, e quanto mais ele ocupava espaço na minha vida, mais eu percebia que isso não era algo que eu podia controlar – nem queria.Mas havia uma voz pequena e persistente em algum canto da minha mente, perguntando quanto tempo isso poderia durar.Ser vulnerável era algo que eu nunca havia permitido a mim mesma, e, mesmo com Aaron me mostrando que isso não precisava ser tão assustador, a dúvida ainda estava lá, escondida como uma sombra que eu não conseguia ignorar.No escritório, Bonnie estava em plena forma. Ela já estava ao telefone quando entrei, e, mesmo enquanto discutia algo sobre logística com alguém do outro lado da linha, conseguiu me lançar um sorriso.— Bom dia, chefe. — Disse, assim que desligou.— Bom di
Angel Lioncourt | New YorkA noite seguinte foi um borrão de pensamentos e emoções conflitantes. Eu me sentia dividida entre a segurança de manter meus muros intactos e a tentação de deixá-los cair completamente para Aaron. Ele era um enigma, ao mesmo tempo caótico e tranquilizador, e eu sabia que, com ele, a linha entre o controle e a vulnerabilidade estava ficando cada vez mais tênue.Mas quanto tempo mais eu poderia resistir?Essa pergunta continuava ecoando na minha mente enquanto eu me preparava para mais um dia no escritório. O ritual matinal parecia mais mecânico do que nunca, e quando finalmente entrei na minha sala, Bonnie estava lá, me observando com aquele olhar que dizia que ela sabia exatamente o que estava se passando na minha cabeça.— Bom dia. — Ela disse, entregando uma xícara de café.— Bom dia.— Você está mais distraída do que o normal.— Não estou distraída.— Angel, eu trabalho com você há tempo suficiente para saber quando algo está ocupando sua mente.Suspirei,
Angel Lioncourt | New YorkAcordei na manhã seguinte com o som dos primeiros raios de sol esquentando o apartamento. Eu não sabia dizer se era apenas o clima da primavera se infiltrando pela janela ou algo mais profundo dentro de mim, mas, pela primeira vez em muito tempo, parecia que respirar era fácil.Aaron tinha se tornado essa presença inevitável e indispensável na minha vida, e, quanto mais eu tentava lutar contra isso, mais ele provava que estava aqui para ficar.Mas admitir isso – admitir que eu o queria tanto quanto ele parecia me querer – ainda era um campo minado que eu não sabia como atravessar.No escritório, Bonnie estava em pleno vapor, como sempre. Ela já estava organizando relatórios e revisando e-mails quando entrei.— Bom dia, chefe.— Bom dia, Bonnie. Alguma crise emergencial hoje?— Não. Só a rotina normal de salvar o mundo corporativo.— Isso é um alívio.Ela hesitou antes de se sentar na cadeira em frente à minha mesa, cruzando as pernas e me observando com aque