Angel Lioncourt | New YorkA sensação de mudança dentro de mim era avassaladora, mas ao mesmo tempo sutil, como uma onda que você não percebe até que já esteja submersa. Aaron tinha uma habilidade desconcertante de fazer o impossível parecer fácil – de me fazer querer coisas que eu sempre disse a mim mesma que não precisava.Mas o que mais me assombrava era como ele parecia saber exatamente o que eu precisava antes mesmo de eu entender isso.Naquela manhã, o mundo estava estranhamente calmo. O escritório, sempre cheio de energia e movimento, parecia mais silencioso. Bonnie entrou na minha sala com uma pilha de relatórios, mas sua expressão indicava que não havia nada urgente.— Parece que estamos finalmente em um momento de respiro. — Ela disse, colocando os papéis na minha mesa.— Eu não sei se sei o que fazer com isso.— Eu sei. Mas talvez seja hora de descobrir.Olhei para ela, surpresa pela intensidade das palavras.— Você anda conversando com Aaron?Ela riu, balançando a cabeça.
Angel Lioncourt | New YorkOs dias seguintes passaram em um borrão de compromissos e decisões. Apesar de Anthony estar fora do meu caminho, a vida profissional não parava. As demandas da expansão internacional estavam mais altas do que nunca, e minha equipe parecia estar operando em um ritmo frenético.Mas algo dentro de mim tinha mudado. Eu já não me sentia consumida pelo trabalho como antes. Aaron tinha razão – eu estava começando a viver.E isso era assustador.Na manhã de segunda-feira, Bonnie entrou na minha sala com uma expressão de alívio misturada com cansaço.— Os números da campanha internacional acabaram de chegar.— E?Ela entregou os papéis com um sorriso.— Estão incríveis. Estamos superando todas as projeções.Folheei os relatórios, sentindo uma onda de orgulho enquanto analisava os dados.— Isso é excelente. Quero que a equipe saiba que estão fazendo um trabalho incrível.— Já mandei um e-mail para eles. Mas você devia dizer isso pessoalmente. Eles adoram quando você r
Angel Lioncourt | New YorkA manhã seguinte começou como qualquer outra, mas havia algo diferente no ar. Talvez fosse a lembrança de Aaron, sempre surgindo com aquele sorriso que desarmava minha resistência, ou talvez fosse a sensação de que, pela primeira vez em muito tempo, eu estava começando a abraçar as possibilidades de um futuro que não parecia apenas trabalho e luta.Bonnie apareceu na minha sala logo cedo, carregando um tablet e uma xícara de café.— Os números da expansão estão estáveis, e os parceiros europeus confirmaram a próxima rodada de investimentos.— Isso é ótimo.Ela assentiu, mas havia algo no seu olhar que indicava que ela tinha mais a dizer.— O que foi?— Eu estava pensando... Você finalmente conseguiu superar todos os obstáculos que Anthony jogou no seu caminho. Você não acha que merece tirar um tempo para si mesma?— Você está sugerindo que eu tire férias?— Não. Estou sugerindo que você comece a viver fora do escritório.Revirei os olhos, mas sabia que ela t
Angel Lioncourt | New YorkNos dias que se seguiram, a sensação de leveza continuou crescendo, mas não sem uma dose de desconforto. Eu não estava acostumada a esse tipo de calma. Parecia que, pela primeira vez em anos, o peso que carregava nos ombros havia diminuído, e eu podia respirar sem sentir que algo estava prestes a dar errado.O crédito disso? Aaron.Ele não era apenas uma presença constante; ele era a faísca que fazia cada dia parecer mais brilhante. Mas, ao mesmo tempo, isso me assustava. A ideia de depender de alguém, mesmo que fosse dele, me deixava inquieta.E era exatamente esse conflito que estava na minha mente enquanto eu atravessava o escritório naquela manhã.Bonnie estava na minha sala, como sempre, organizando uma pilha de documentos e rabiscando anotações em seu tablet. Quando olhou para mim, seu sorriso tinha um toque de travessura.— Você está sorrindo.— E isso é um problema?— Não. Só estou dizendo que alguém está claramente mexendo com você.Revirei os olhos
Angel Lioncourt | New YorkNa manhã seguinte, a luz do sol atravessava as cortinas do meu apartamento, trazendo uma sensação de calma rara. Era como se a cidade – e minha mente – estivessem conspirando para me dar um momento de silêncio antes que o dia começasse.Por um breve instante, deitada na cama, eu me permiti pensar em Aaron. Ele tinha uma habilidade irritante de me desarmar, mas era exatamente isso que o tornava tão essencial. Cada momento com ele parecia um lembrete de que a vida não precisava ser tão pesada, tão controlada.Mas o que isso significava para nós?Esse pensamento me acompanhou enquanto eu me preparava para mais um dia no escritório.Bonnie, como sempre, estava esperando por mim na minha sala, carregando relatórios e com um olhar que dizia que ela sabia exatamente o que estava na minha mente.— Você está distraída.— Não estou.— Angel...— Tudo bem, talvez eu esteja um pouco.Ela colocou os papéis na minha mesa e cruzou os braços.— Aaron?— Aaron.— E o que est
Angel Lioncourt | New YorkNa manhã seguinte, a luz do sol atravessava as cortinas do meu apartamento, trazendo uma sensação de calma rara. Era como se a cidade – e minha mente – estivessem conspirando para me dar um momento de silêncio antes que o dia começasse.Por um breve instante, deitada na cama, eu me permiti pensar em Aaron. Ele tinha uma habilidade irritante de me desarmar, mas era exatamente isso que o tornava tão essencial. Cada momento com ele parecia um lembrete de que a vida não precisava ser tão pesada, tão controlada.Mas o que isso significava para nós?Esse pensamento me acompanhou enquanto eu me preparava para mais um dia no escritório.Bonnie, como sempre, estava esperando por mim na minha sala, carregando relatórios e com um olhar que dizia que ela sabia exatamente o que estava na minha mente.— Você está distraída.— Não estou.— Angel...— Tudo bem, talvez eu esteja um pouco.Ela colocou os papéis na minha mesa e cruzou os braços.— Aaron?— Aaron.— E o que est
Angel Lioncourt | New YorkAcordei naquela manhã com a mente inquieta. O eco das palavras de Aaron ainda ressoava em mim como um tambor suave e constante. Ele tinha um jeito de fazer tudo parecer inevitável, como se eu não tivesse escolha a não ser admitir o que estava bem na minha frente.Eu sabia que ele estava certo. Eu sabia que havia algo entre nós, algo que eu vinha tentando ignorar porque era mais fácil manter o controle do que me permitir sentir.Mas o controle já estava escapando das minhas mãos.Levantei da cama e fui direto para o chuveiro, tentando lavar o turbilhão de pensamentos que parecia ter se tornado meu estado natural. Mas, mesmo debaixo da água quente, os olhos de Aaron continuavam a me perseguir. O jeito que ele me olhava, como se soubesse exatamente quem eu era – não a Angel Lioncourt que o mundo via, mas a verdadeira.E isso era assustador.No escritório, Bonnie estava mais animada do que de costume, o que era um bom sinal de que, pelo menos por enquanto, o tra
Angel Lioncourt | New YorkOs dias que se seguiram foram um borrão de trabalho e momentos roubados com Aaron. Ele continuava aparecendo na minha vida com sua espontaneidade irritante, mas, ao mesmo tempo, eu já não conseguia imaginar minha rotina sem ele.Era assustador admitir o quanto ele havia se tornado essencial para mim.E isso me fazia questionar até onde eu estava disposta a ir.Naquela manhã, cheguei ao escritório cedo, como de costume. Bonnie já estava ocupada em sua mesa, digitando em seu laptop enquanto equilibrava o telefone no ombro. Quando ela me viu, deu um sorriso travesso.— Bom dia.— Bom dia. Alguma novidade urgente?— Apenas os números da campanha na Ásia. Eles estão melhores do que esperávamos.— Isso é ótimo. Quero revisar tudo antes da reunião de amanhã.— Claro. — Ela hesitou, olhando para mim com curiosidade. — E sobre o Aaron?Revirei os olhos, mas não consegui evitar o sorriso.— Bonnie...— O que? Você não pode me culpar por perguntar.— As coisas estão...