Ainda que eu tivesse prometido a Matt que contaria se algum dos parentes loucos dele fosse me procurar novamente, não era fácil simplesmente iniciar um assunto tão delicado. Ainda mais considerando que a forma como eu fosse falar aquilo poderia soar como se eu estivesse desconfiando dele e dando credibilidade as fofocas de Max.
- O que aconteceu?
- O quê? – Encaro os olhos de Matt sobre mim, sendo puxada de meus pensamentos.
Tínhamos ido jantar em um dos que se tornou meu restaurante preferido. Seis meses atrás, eu jamais imaginaria me sentir confortável em um lugar como esse com Matt. Mas talvez fosse exatamente como Amanda disse... as pessoas se acostumavam muito fácil com as coisas boas.
- Você ama o profiteroles daqui e está a meia hora apenas olhando para a sobremesa. Aconteceu alguma coisa – não era uma pergunta.
- Max veio me procurar hoje no spa.
-
A semana seguinte não foi mais tranquila. Meus irmãos e eu finalmente tínhamos conseguido fazer nossos pais entenderem todas as vantagens da mudança e concordarem com ela. Então, querendo fazer isso o mais rápido possível, logo começamos a empacotar nossas coisas. Não levaríamos a maioria dos móveis, é claro, já que o apartamento era mobiliado, mas ainda assim, tínhamos algumas coisas com apego emocional. Por mais que Matt tivesse contratado uma empresa para fazer todo o trabalho pesado, ainda assim, meus pais fizeram questão de ficar de olho em tudo. Por consequência, nós precisamos ficar de olho neles. Matt escapou do escritório no horário do seu almoço para nos recepcionar rapidamente no apartamento novo. Não que ele pudesse. Ele estava trabalhando feito louco já que a nossa viagem estava se aproximando e ele não queria deixar nenhuma pendência. Eu nem mesmo sabia ainda para onde iriamos. Matt disse para preparar uma mala de verão, com roupas leves e de praia. E eu também imagina
- Que porra de lugar é esse? – Murmuro no ouvido de Amanda.Rosa, Sophie, Matt e eu tínhamos saído do apartamento dele bem cedinho pela manhã. Eu achei que Mário nos levaria, mas um motorista da própria companhia aérea tinha ido nos buscar em um carro de luxo. Matt tratou aquilo com tanta naturalidade, que me senti envergonhada de fazer perguntas e só fingi que aquilo era completamente normal pra mim.Quando chegamos ao aeroporto fomos guiados por um outro funcionário que andava extremamente rápido enquanto cortava caminho por pessoas que esperavam na fila e passava pela segurança sem ser interrompido. Nós o seguíamos, como se fossemos as pessoas mais importantes do mundo para não precisar esperar como os outros.Ele nos levou até um espaço VIP quase vazio do aeroporto. Com lojas exclusivas, spa, bar, restaurante e algumas outras áreas que
Deixo escapar um gritinho quando simplesmente sou puxada para dentro do banheiro antes mesmo de me dar conta do que estava acontecendo. Matt me empurra conta a porta, fazendo ela se fechar ao mesmo tempo em que pressiona meu corpo contra o dele. Seus lábios macios vêm direto de encontro ao meu pescoço, provocando arrepios.- Isso é loucura – murmuro, entre suspiros e risinhos.- Está cada vez mais difícil resistir a você.- Claro que tá... – respondo, abrindo os botões da camisa de Matt enquanto ele simplesmente arranca a blusa do meu pijama. – Você sabe que eu sempre topo realizar essas suas fantasias loucas.- Talvez seja por isso que eu te amo – brinca, enquanto desce seus lábios pela minha barriga e puxa a minha calça para baixo, concentrando os beijos por cima da minha calcinha e alternando mordidinhas em minhas coxas. – A gente não t
- Ella, você tá bem? – Ouço a voz de Matt depois de suas batidas frenéticas na porta do banheiro.- Não... – consigo responder, depois de duas tentativas frustradas de abrir a boca.Nós tínhamos chegado na Grécia de madrugada. Depois de uma troca de avião, um motorista nos buscou no aeroporto e levou até o hotel. Eu estava tão cansada que mal consegui ver aos arredores, e Sophie dormia completamente apagada no meu colo. Quando chegamos no hotel eu simplesmente desmaiei na cama.Na manhã seguinte, quando abri as portas para o terraço do quarto, me deparei coma vista mais incrível que eu já tinha visto na vida.Lá embaixo, o mar calmo e sereno, refletindo as cores do amanhecer como um espelho. A brisa fresca acariciava meu rosto e bagunçava levemente meus cabelos, dando uma sensação de liberdade e leveza.A c
~MATT~- Mano, o que estamos fazendo das nossas vidas? – Thomas pergunta.Nós estávamos deitados nas espreguiçadeiras, bebendo um drink, enquanto observávamos Ella e Amanda brincando com Sophie na piscina de borda infinita, tendo todo o mar de plano de fundo.- Essa não é uma pergunta um tanto reflexiva para depois de apenas uma taça de Martini?Thomas ri.- Quero dizer... Se essa viagem fosse há um ano, a gente ia estar escolhendo uma mulher diferente por noite.- É... – concordo. – Mas olha para elas – indico as garotas na piscina. – Não consigo pensar em um só motivo que me fizesse desejar qualquer outra mulher nesse navio. Ou no mundo.- Matt Lennox completamente apaixonado... Tá aí uma coisa que nunca esperava ver acontecer.- E você e a Amanda?- Ela é... complicada. A gente só tá deixando rolar, sabe? Até porque toda vez que eu tento deixar as coisas mais claras, ela acaba... me distraindo. E ela sabe como me distrair.- Eu não duvido – rio.- A questão é que eu quero ficar com
- Tem certeza de que você vai beber isso? – Amanda me olha com um olhar de julgamento.- Por que não? – Retruco. – Eu já tô melhor, foi só alimentação ruim mesmo.Nós duas estávamos no bar do Cassino, e pra ser sincera, eu nem sabia o que tinha dentro daquele copo de cor vibrante. Amanda e eu simplesmente apontamos para qualquer coisa, já que não conseguíamos nos comunicar em inglês e Matt e Thomas haviam ido jogar.- Abre sua bolsa – Amanda diz.- O quê?- Abre sua bolsa.Eu obedeço e ela rapidamente transfere algo de dentro da sua própria bolsa para a minha. Demoro um pouquinho para perceber o que era, mas eu identificar, eu reviro os olhos.- Mandy... Onde você conseguiu isso?- Pedi pro mordomo – diz, como se fosse a coisa mais óbvia. - Faz amanhã pela manhã, t&
~MATT~Ella tinha passado vários minutos vomitando novamente naquela manhã. Agora, o barulho do chuveiro me indicava que ela estava tomando banho. Eu estava realmente ficando preocupado com o fato de que aquilo não fosse enjoo por causa do mar e que ela estivesse com alguma forte virose ou mesmo tendo reação a algum alimento. Mas a teimosa não queria ver um médico.Enquanto ela terminava seu banho, eu aproveitava para atualizar rapidamente um dos relatórios que tinha recebido ontem por e-mail. Mas repentinamente ouço um choro vindo do banheiro e percebo que o chuveiro foi desligado.- Ella?Corro naquela direção e abro a porta com tudo, encontrando Ella de roupão, sentada na tampa fechada do vaso sanitário, chorando e segurando o que parecia ser... Um teste de gravidez?- Ella? – Chamo, sentindo um frio no estômago.- Nã
Por mais que eu tenha continuado vomitando praticamente todas as manhãs durante aquela viagem, eu estava tendo dias incrivelmente felizes. Obviamente, ter a certeza de que eu não estava grávida tirou um grande peso dos meus ombros, mas eu ficava feliz que toda aquela situação tivesse me gerado a oportunidade de me abrir com Matt.Eu tinha medo de que quando aquele momento chegasse, ele mudasse comigo. Por mais que eu soubesse o quanto ele era incrível, eu não sei, era uma história pesada demais que podia fazer com que ele me olhasse com outros olhos. Mas, se algo mudou em nosso relacionamento depois daquilo, foi o quanto ficamos mais cúmplices.Nós sempre aproveitávamos para fazer as excursões quando o navio parava em algum das ilhas e eu estava conhecendo lugares tão incríveis que eu jamais imaginei que veria além dos livros de história ou das imagens na int