Cristina Maia
São quase cinco da tarde quando chego em Porteirinha, minha cidade natal. Estou louca para ver meus pais e meu noivo Guilherme. Por quatro anos e meio estou longe de casa. Fui para a capital onde trabalhei e estudei e pouco vim para casa nesse tempo. Meus pais me visitavam pelo menos duas vezes no ano já que estava hospedada na casa da minha madrinha. Agora estou de volta, formada em contabilidade e louca para começar uma nova vida. Durante esse tempo juntei um bom dinheiro e agora vamos nos preparar para o casamento. Estou com o Guilherme há seis anos e combinamos nos casar depois que eu me formasse. Desço do ônibus já enviando mensagem para o Gui para avisar que cheguei e como ele não visualizou eu coloco o celular no bolso e apresso o passo para chegar em casa. Abro o portão e sou recebida por Thor, o pequeno cão maltês que dei à mamãe. Latino e pulando ele faz uma festa e logo mamãe sai com os olhos embaçados pelas lágrimas. - Cheguei mamãe, agora para ficar. Abraço ela forte e nós duas estamos chorando feito criança. - Venha, o seu quarto já está arrumado filha. Fez boa viagem? - Obrigada mamãe, fiz sim mas, estou louca por um banho. Afinal foram onze horas e meia de Belo Horizonte até Porteirinha de Minas e eu realmente estava exausta. - Então suba e descanse um pouco, seu pai ainda vai demorar um pouco a chegar e eu vou preparar algo para você comer. - Não precisa mamãe, fiz um lanche na estrada e não estou com fome. - Então descanse eu vou preparar o jantar. Minha mãe está empolgada e nem discuto. Vai levar um tempo para ela parar de me tratar como visita. Subo as escadas e entro em meu quarto e não tem nada fora do lugar. Enviei minha bagagem antes pela transportadora e mamãe já arrumou tudo, mesmo eu falando que podia deixar para eu arrumar quando chegasse. Mesmo porque só vou ficar aqui alguns meses, o tempo de agilizar o casamento. Eu e o Gui pretendemos morar em Montes Claros, cidade vizinha a Porteirinha, onde será mais fácil arrumar trabalho e ele já trabalha lá. Já na próxima semana eu vou até lá para olhar um apartamento e começar a resolver as coisas, acho cansativo ir de uma cidade a outra todos os dias. Olho em volta e pouca coisa mudou desde que parti, na mesa em frente a janela um vaso com rosas variadas, com certeza colhidas do jardim da minha mãe. A colcha e a cortina lilás com borboletas é um mimo, sempre gostei dessa cor e me sinto aquecida por estar em casa. Entro no banheiro e tomo um banho e em seguida deito em minha cama. Vou descansar um pouco antes do papai chegar. Escuto pessoas conversando lá embaixo e desço ansiosa para abraçar o meu pai. Mal terminei de descer as escadas e congelei no lugar. Tem um Deus grego sentado no sofá me olhando com curiosidade. Meu Deus, que homem lindo e eu vestida com um shortinho super curto e um Topper. Nunca me senti tão envergonhada e para piorar o homem parece estar escaneando até minha alma. Aí que vontade de correr de volta para o quarto, mas é claro que não tive essa chance. - Você se lembra do Arthur, Cris? - Não, desculpe. Digo sem pensar e dando graças a Deus por não ter gaguejado. - Oi Cris, quanto tempo. Ele se levanta e me estende a mão, no momento que a seguro, sinto um arrepio pelo corpo. - Desculpa não me lembrar Arthur. Você e daqui?ArthurMais uma vez estou atrasado para pegar o meu filho na escola mas, com a construção do heliporto poderei chegar no horário em breve. Meu filho é tudo para mim e eu sou tudo que ele tem, sua mãe morreu no parto e eu tive que assumir a responsabilidade sozinho.Estou dirigindo atrás de um ônibus sem a mínima condição de ultrapassar, o que está me deixando irritado. Mas ao ver a beleza da mulher que acabou de descer fiquei fascinado. Ela parece que está por aqui de passagem, carrega uma mala e está de cabeça baixa olhando o celular. Meu Deus, que corpo é esse?Mesmo dentro de uma calça jeans, camiseta e botas da para ver que seu corpo é esplêndido. Pena que não é daqui, sei porque faço esse trajeto todos os dias e nunca a vi por aqui.Sou tirado do meu devaneio ao ouvir as buzinas atrás de mim. Para quem está com pressa, nem percebi o ônibus arrancar.Chego na escola com quase uma hora de atraso.- Desculpa Sra Lúcia, o trânsito esse horário é osso.- Tudo bem, seu filho é um encan
ArthurOuço Sônia a perguntar e prontamente me levanto.- Você se lembra do Arthur, Cris?- Não, desculpe.- Oi Cris, quanto tempo.Ela me olha como se realmente não me conhecesse. Aperto sua mão e sinto um delicioso calor pelo corpo. A mulher a minha frente e compatível com um modelo. Tudo no mais perfeito lugar.- Desculpa não me lembrar Arthur. Você e daqui?Confesso que estou decepcionado por ela não se lembrar de mim.- Sempre vim para passar as férias. A casa azul próximo ao lago era da minha mãe.- Sim claro, a casa da dona Maria Clara.- Isso mesmo! Lembra agora?Deus que sorriso lindo. Não acredito que aquela magrela virou essa linda mulher.- Sim eu me lembro. Você jogava futebol no campinho perto do lago com os meninos.Dou meu melhor sorriso e pergunto como quem não quer nada.- Vai ficar por aqui quanto tempo?- Na verdade vim para ficar. Pelo menos por um tempo.Quando eu estava já pensando na sorte que tenho, escuto Sônia dizer com orgulho.- A Cris está para casar. Dev
CrisDormi muito bem e acordei com a energia revigorada. Ao abrir os olhos me lembro que não estou sozinha. Tem um garotinho muito fofo na minha cama.Ontem a noite ele pediu para eu dormir com ele e fui incapaz de recusar tanta fofura.Minha mãe me contou que o pobre menino perdeu a mãe ao nascer e eu fiquei com muita pena. O Lucas é muito inteligente e carinhoso, aquele tipo de criança meiga que todo mundo quer proteger e eu não fui diferente.Levantei devagar para não acordar ele e fui ao banheiro me preparar para o novo dia. Hoje eu vou me encontrar com o Guilherme e estou um pouco ansiosa.- Bom dia tia!- Bom dia, já acordou?Lucas balança a cabeça e me olha com seus olhos encantadores.- Então levanta e vem se trocar para a gente ir tomar café.Obediente ele sai da cama e vai para o banheiro. Mamãe já havia trago as roupas do pequeno e eu o ajudei com o banho e a vestir roupas.Nunca vi uma criança de quatro anos tão cativante.Pego meu celular e vejo que o Gui me respondeu."
ArthurEstou procurando meu filho que saiu atrás do Thor, não era minha intenção ouvir a conversa da Cris com o noivo mas, logo percebi que algo estava errado.A mulher radiante que saiu agora a pouco, estava murcha como uma rosa no deserto. Ao me aproximar, escutei a voz de uma mulher falando em casamento e pouco depois um sinto muito baixo. Levei menos de um minuto para entender a situação e me senti o cara mais sortudo da face da terra. O noivo da mulher que eu quero vai se casar com outra pessoa e eu agi rápido.Antes que minha deusa deixasse cair uma lágrima de tristeza e decepção, eu a abracei.- Amor está tudo bem?Claro que tomei o cuidado de esconder seu rosto triste antes que o filho da puta levantasse a cabeça.- Quem é você?A mulher arrogante pergunta me escaneando de cima para baixo.- Arthur Diniz, namorado da Cris.Enquanto Cris tremia em casa meus braços, eu vi a surpresa da mulher e o olhar de choque do Guilherme que me encarava surpreso.- Impossível! A Cris e minha
CrisDepois da decepção com o Gui eu chorei igual a uma desesperada. Ser salva pelo Arthur foi um tanto constrangedor, o que e agora estou na casa dele sem saber o que fazer. Minha cabeça está uma desordem e a vontade de matar o cretino do meu ex noivo é grande.Deixei um emprego em Belo Horizonte e voltei para casa como havia combinado para me casar, agora fui abandonada pelo homem que tive em meu coração por seis anos e vou ter que recomeçar sozinha. Se ele tivesse terminado comigo há quatro meses quando foi me ver, não teria largado tudo.O Arthur me deixou em sua casa e deu uma saída, estou tão sem graça que não sei como vou olhar para ele quando voltar.Fiquei um bom tempo no seu quintal divagando em meu infortúnio que nem percebi que já é noite e me assusto com sua voz.- Cris entra para dentro, está esfriando e você vai acabar ficando doente.Me levanto cambaleando totalmente distraída e tropeço, só não cai porque um par de mãos me ampararam. Meus olhos ainda estão turvos de lá
ARTHUR- Cris você tem certeza?Pergunto mais uma vez já no limite do meu controle.Em resposta minha deusa morde meu queixo enquanto suas mãos estão desabotoando minha camisa. Não vejo nenhuma sombra de dúvidas em seu rosto e me entrego a sensação deliciosa dessa mulher que está me tirando o sono.Em um movimento único tiro a calça com a cueca junto e a única peça entre nós e a pequena calcinha de renda preta. A coloco na minha cama e tomo seus lábios em um beijo cheio de desejo.Levo minha mão para tirar a pequena peça e vejo que ela está totalmente pronta para mim. Meu desejo e tanto que está difícil me controlar, mas quero dar a ela a melhor noite de sua vida. Quero que ela esqueça de uma vez aquele moleque e venha para mim sem restrição.Desço até seus lindos seios e os sugo com avidez tirando um delicioso gemido de seus lábios. Ouvir meu nome sair daqueles lábios é um prazer indescritível.- Arthur...Ela está trêmula de prazer em meus braços. E isso me incentiva a continuar. Do
CrisTransar com Arthur foi uma experiência e tanto e eu confesso que estou envergonhada, mas não arrependida. Afinal o homem é lindo e muito gentil comigo.- Arthur eu sinto muito...comecei a me desculpar sem graça.- Eu não sinto, estou honrado em ser o seu primeiro homem. Te desejei na minha cama antes mesmo de saber quem você era.Ela me olha confusa e eu explico.- No dia em que chegou eu te vi ao descer do ônibus. Como eu queria te encontrar e te conhecer. E naquela noite eu te encontrei, mas descobri que já tinha outro. Não entendo como esteve em um relacionamento por tanto tempo e era virgem.- Eu não quis, mas também não me arrependo. acho que não era a hora.Com o Gui eu sempre me esquivei de ir para a cama e agora entendo que ele nunca me causou esse desejo incontrolável.Estou sem saber como encarar o Arthur e ao mesmo tempo louca para me aninhar em seus braços.E quando já não sei o que dizer para me desculpar ele vem com a pílula do dia seguinte e confessa que me deseja
CrisComo pode ser isso? Eu não sou namorada dele e estou incomodando com outras mulheres? Não estou normal mesmo.Levantei meu rosto e ele me beijou me fazendo esquecer o que queria perguntar. Logo suas mãos vagando pelo meu corpo me deixou exitada.- Arthur.- Eu te quero Cris. Eu quero fazer amor com você outra vez.- Aqui?Até eu me assustei com a minha resposta. Eu também o queria e não estava pensando bem.Com um sorriso brilhando no rosto, ele me levou de volta para sua casa e nós fizemos sexo de novo.Dessa vez foi devagar e Arthur me levou a loucura só com as preliminares. Acho que não ficou uma única parte do meu corpo que ele não chupou.Quando por fim me penetrou eu já estava gozando pela terceira vez. Foi muito intenso e eu estava feliz.Acordei às seis da manhã como de costume e me surpreendi comigo mesma. Em nada eu parecia a noiva rejeitada de ontem e devo isso ao Arthur.Quando eu ia imaginar que no dia em que fui dispensada por meu noivo eu teria uma noite de intenso