Caminhamos em um silêncio confortável, até que ele fale. — Você não terminou suas provas hoje. Pensei que precisasse das notas. — Eu preciso. — Sussurro. — Mas você não ficou. — Ele me olha com estranheza. Silenciosamente encontramos um banco na praça e nos sentamos lado a lado. — Porque, Cat? Olho para a rua, onde passam os carros e engulo em seco, tentando reunir a coragem necessária para enfrentar o que está esperando por mim. — Eu vi você e Victoria. Eu acabei a prova mais cedo, e quando fui já sala de artes, encontrei vocês juntos. Eu estava olhando para a rua, mas no momento em que subo o meus olhar e encontro o seu, me arrependo imediatamente disso. — Você acha que viu algo. — Ele assume. — Mas não foi bem assim. Dou um pequeno sorriso, sem qualquer humor. — Sério? Não me venha com essa Tristan. Eu sei oque eu vi. Era bem claro. — Não, não era. Aquele era eu dando um fora em Victoria. — Pegando em seu pescoço e sussurrando em seu ouvido. Ah, claro. — Rev
— Tristan. — Eu gemo, implorando por algo que nem mesmo sei. Mas sei que preciso. A mão que ele usou para limpar meus cachos do rosto, desliza pelo meu abdômen. Meus quadris se levantam automaticamente, quando ele se ajusta no meu quadril, pedindo silenciosamente que ele me toque onde eu preciso. — Eu quero mais que sexo Cat. — Ele aproxima os lábios dos meus quando sussurra. Seu aperto ainda firme em meu pulso e sua outra mão agora em minha coxa. — Não sei se posso continuar fingindo que isso não significa nada. — O timbre de sua voz reverbera através de mim, fazendo minhas mãos suarem e meu pulso acelerar com expectativa. O perfume masculino e picante de sua colônia. — Eu também Tristan. — meu coração começa a bater na garganta e mal consigo ficar firme. — Você é tudo para mim, — Assumo. Um pequeno sorriso estranhamente tímido surgiu em seus lábios. — Você foi a melhor coisa que já me aconteceu Cat. Ele aproxima os lábios dos meus, e me beija suavemente, então completa. —
— Tristan, — sussurro um aviso.— Shh, eu sei Cat. — Ele diz, então cobre minha boca mais uma vez, me beijando enquanto elebate exatamente assim, exatamente certo, perfeitamente até que eu tremo e balançoquando um orgasmo me atinge impiedosamente. Estou gemendo, murmurando,ofegando seu nome, mas ele está calando cada ruído com apaixonados, quentes,profundos beijos enquanto ele me faz gozar. Mas ele não para. Em vez disso, enquantoeu ainda estou descendo daquela altura, ele desliza dois dedos dentro de mim.Minha respiração para. — Você quer que eu pare? — Ele estica os dedos.Eu agarro seu pulso, meu corpo tremendo. — Deus, Tristan, eu não sei se eu consigo. Um sorriso toma conta de seu rosto bonito, e ele investe novamente em mim,então me fode com mais força com os dedos, mais fundo, me incentivando com seucorpo a continuar.Nunca tive orgasmos múltiplos antes.Minha cabeça cai para trás. Eu me agarro a ele com todas as minhas forçasenquanto ele entorta os d
Meu celular vibra, e eu pego imediatamente pensando ser uma mensagem de Tristan. Mas é só aquele maldito pervertido; o arrombado Stalker Stevan, o @Daddyfaminto que após ser bloqueado do site, resolveu perseguir-me. Não importa quantas vezes eu o bloqueie. O bloqueio aparentemente não é o suficiente. Ele continua fazendo comentários bizarros nos meus vídeos, me chamando de passarinho. Por sorte eu fiquei responsável, pela administração do site. Tristan não faz nada além de de depositará-los la, por uma questão de segurança. Em menos de uma semana, é a quinta conta dele que bloqueio. Como se não fosse o suficiente, ele me manda SMS, liga repetidamente, e faz ameaças bizarras, como se eu fosse realmente um pássaro que ele pudesse prender. Stevan, diz que sabe onde eu estudo, quem é minha família, inclusive sobre Tristan. Eu não vou mentir, isso me assustava pra caralho, principalmente porque aparentemente mente o cara cagava em dólar. Mas realmente não havia nada que eu pudesse fazer.
Culpabilização da vítima (em inglês, victim blaming) é o ato de desvalorizar uma vítima de crime, considerando-a responsável pelo acontecido. Além disso, também pode ser definida como o ato de justificar uma desigualdade encontrando defeitos em suas vítimas”. Eu não contei a Tristan sobre minha tia, é muito menos sobre o marido dela, possivelmente ter achado um dos nossos vídeos pela internet. Tão pouco falei com ele sobre as ameaças recorrentes de Stevan. Tristan também não me fez perguntas quando eu cheguei naquela noite com a minha bolsa, ele apenas me abraçou. Geralmente éramos assim um com outro. Éramos fáceis, a gente não precisava, de saber tudo, a gente só se entendia. O que era para ser uma noite, se tornaram quatro dias. Nós estávamos deitados em sua cama, na verdade eu estava deitado em seu colo, enquanto ele estava sentado na cama, suas costas na cabeceira, passando a mão sobre meus cachos.— Oque realmente aconteceu Cat? — observo a frustração em seus olhos, enquant
Assim que entramos na sala, somos separados. Tristan entra primeiro, não sei o que falam com ele. Mas sei que pedem para que ele me espere do lado de fora quando chega na minha vez. Na sala, está Roberta, a diretora e Beatriz, a professora de artes. — Catarina Monteiro, é do nosso conhecimento, que há um vídeo infelizmente circulando pela escola. Nesse vídeo, as pessoas estão alegando que é você. Sei que esse tipo de conteúdo, é muito normal para os jovens. Mas aqui é um ambiente educacional. É de maneira nenhuma podemos deixar, que isso se propague. Nós já ligamos para sua tia, e deixamos ela ciente do acontecimento. Ligamos para o pai do Tristan também. Aliás ligamos para todos os envolvidos. Não sabemos se de fato é você no vídeo, mas por você ser menor de idade, precisamos envolver os meios legais.— O-oque? Tipo polícia ou conselho tutelar? — Eu sufoco as palavras. — exatamente. — A diretora avisa. — Espera. — a professora Beatriz, fala pela primeira vez.— Roberta se me
Não era nem o fim da manhã daquele dia péssimo, quando Tristan se tornou uma espécie de celebridade na nossa escola. Um jornal local queria entrevistá-lo; havia uma foto dele nas redes sociais, uma que ele nem havia tirado, era ele jogando no campo; enquanto o texto dizia que o “ povo da favela havia vencido”. Eu li o artigo para Tristan enquanto suas bochechas atingiam um tom vermelho brilhante e ele empurrava o óculos daquela maneira nervosa. — Tá tudo bem Nerd? — Eu olho de soslaio para ele, que parece muito tímido com toda essa atenção, uma das suas mãos está na alça da minha mochila que ele faz questão de carregar. — Eu quem deveria estar te perguntando isso, não é, Cat? Ah sim, toda aquela merda.Nós sentamos em completo silêncio, na praça que costumávamos frequentar perto do nosso bairro. Tristan me olhou com cuidado, ainda em silêncio, fez o nosso pedido, muito habituado com oque eu gostava. Quando ele se senta na minha frente, do outro lado da mesa. É evidente que ele
No dia seguinte, encontro Óscar em um hotel que fica na beira da Avenida Brasil. Ele me olha desconfiado, enquanto olha para os lados, e depois abre a porta para que eu entre no quarto.— Obrigada por ter vindo. — Ele me agradece parecendo nervoso. Eu enfio minhas mãos no bolso, observando o local a nossa volta. Suas malas estão no chão a nossa direita com as roupas desfeitas. Ele parece ter chego a pouco tempo.— Desculpe. — Ele sorri sem graça observando que eu estou olhando. — Não tive tempo de arrumar. — Tá tudo bem. — Eu me sento em uma cadeira no canto. — Podemos começar? Ele caminha até o frigobar, tira uma cerveja e me oferece. — Não, obrigada. Eu não bebo. — Um bom garoto. — Ele sorri, enquanto abre a cerveja. Marilyn falou. Eu dou um sorriso triste, enquanto lembro de uma vez Mary ter me dito exatamente a mesma frase. Ele continua. — eu só te procurei, porque Mary confiava em você.— Ele suspira parecendo cansado. Ele passa a mão pelos seus olhos, e é quand