Mayra Reis
Christian é lindo demais. A genética da família Hill é ótima. Ele tem pegada e demonstra isso em um simples abraço. Meu amigo fica muito sensual quando passa a mão pelo seu cabelo e sem mesmo está tentando conquistar alguém. Seu rosto sério me encanta mais, sei diferenciar quando realmente está à vontade com seus sorrisos ou quando ele está "atacando".
E seu cabelo, nada muito grande e mantém um topete, mas é muito macio. Esse idiota não passa nada, nada comparado a mim que preciso ir ao salão de tempos e tempos. Seus músculos se contraem deixando uma visão ótima a cada movimento que faz.
E aqueles olhos? MEU DEUS…
Christian faz questão de usar roupa justa. Adora chamar atenção e sabe que consegue com facilidade. Um dos benefícios de trabalhar com ele e ser sua amiga, é que poderia ser isso várias e várias vezes. Ok, trabalhar com Christian me proporciona uma vista ótima de se ver.
Seu cabelo é bem preto e está precisando de um corte. Preciso anotar em sua agenda. Ligo meu carro e dou partida. Christian tem a pele bronzeada devido ao sol e do bronzeamento artificial que faz, porque um tempinho longe fica bem branco. Igual um papel. Gosto muito de zoar ele sobre isso.
Como sou brasileira e tenho a pele um pouco mais escura, fico bronzeada com mais facilidade. Uma coisa que Christian adora é ir para o Brasil. Voltando para sua descrição. Seus olhos são castanhos escuros e ele faz questão de olhar em seus olhos quando alguém fala. É uma das suas táticas para conseguir a mulher que quer. Seu olhar é muito acolhedor e dá vontade de falar mais e mais para manter seu olhar.
No começo foi realmente difícil, mas encontramos nosso ritmo. Temos uma ótima amizade e conseguimos construir bem. Hoje em dia somos ótimos amigos e contamos um com o outros para tudo. Em casa corro para tomar meu banho. Não quero me atrasar e espero que Christian esteja fazendo o mesmo. Depois do banho me sento de frente à minha penteadeira e faço uma maquiagem leve. Na escolha da roupa confio no palpite do Christian e coloco meu vestido vermelho.
Que dê tudo certo.
Coloco meu salto e arrumo meu cabelo. Decido deixar solto mesmo com algumas ondas. Pego minha bolsa e antes de sair de casa ligo para Christian.
— Estou de frente ao restaurante agora. — Responde assim que atende.
— Obrigada por me poupar de te dar um sermão. — Sorri.
Tenho certeza que revirou os olhos.
— Ok. Agora vai para seu encontro.
— Tá bom. Tenha uma boa noite, Chris. Qualquer coisa me liga.
— Você também. Cuidado, May.
Despedi e desliguei. Respiro fundo e saio de casa. Preferi ir de táxi. O restaurante é bem bonito por fora e me encantei quando entrei. Um ambiente bem tranquilo e agradável. Falei com a recepcionista e ela me levou até a mesa. Estou nervosa, mas consigo me controlar bem e não demonstrar. Uma das coisas que aprendi com Christian é controlar minhas emoções na frente dos outros. Marcos se levantou e me aproximei.
— Boa noite, Mayra. — Beija minha bochecha e me abraça. — É bom conhecê-la.
— Boa noite, Marcos. — Sorri para ele. — Digo o mesmo.
Nos sentamos e fizemos nossos pedidos. Ele é russo e suas características não mentem. Seu sotaque é bem carregado.
— Me diz o que te traz em Nova York? — Mordi minha língua depois que fiz a pergunta.
Essa simples pergunta me faz sentir como se estivesse entrevistando ele para uma vaga de emprego. Talvez esteja pensando demais no trabalho. Estou pensando em dar errado antes mesmo de tentar fazer dar certo.
— Consegui um emprego em uma empresa daqui. Queria um novo ambiente e Nova York me pareceu bem legal. — Sorriu. — Você é daqui?
— Não, eu nasci no Brasil. Com 15 anos vim morar aqui. — Explico. — Minha mãe resolveu casar de novo.
— Ah, entendo.
Nossos pedidos chegaram e ficamos em um clima bem agradável. Estou gostando demais em conversa com ele. Marcos confessou ser um pouco tímido, mas que está se esforçando demais. Ele se esforçou tanto que até me deu uma cantada. Rimos tanto e isso foi o que me encantou mais nele. A sua vontade de me fazer rir. Porque a sua cantada foi muito ruim.
Por vezes, ambos falamos sobre o trabalho. Foi um pouco difícil sair desse assunto. Reclamo que Christian é louco por trabalho, mas não fico muito atrás.
— Você trabalha para Christian Hill? Ouvir dizer que ele não é muito fácil de lidar.
— Christian não é esse monstro que as pessoas acham. — ri. — Ele sabe lidar bem com as pessoas e criar uma personalidade para lidar com cada uma. Na posição que ele está não pode dar bobeira.
Muitos se aproximam por interesse e outros que têm sua amizade acham que podem se aproveitar com isso.
— Isso é verdade. — Marcos concorda comigo. — Deve acabar sendo solitário.
Me seguro para não rir. Marcos me olha com curiosidade.
— Ele não se importa muito com isso. — Me limito a dizer.
Não posso expor a vida de Christian assim, mas sua cama e seu pênis não sofrem de solidão. Christian não liga para isso, ele gosta da vida que vive e sabe aproveitar cada momento. Aprendi muito com ele. Continuamos a conversar.
— Olha, seria bom ter mais tempo com você. — Marcos diz olhando no relógio em seu pulso.
Ele tem outro compromisso? Pego meu celular na bolsa. Havíamos acabado de sair do restaurante. Arregalei os olhos vendo a hora, dez da noite. Passamos duas horas lá dentro. Estou chocada com isso. Conversamos tanto que não vimos o tempo passar.
— O tempo passou tão rápido. — Comento.
Continuo sem acreditar. Meus últimos encontros não passaram de uma hora no máximo. Parecia que só queriam companhia para comer e pronto. Confesso que foi bem menos que uma hora. Cada um para sua casa e sem uma ligação no outro dia, por isso estou tão frustrada com esses meus encontros a cegas, mas esse saiu melhor do que imaginava.
— Tenho um vinho ótimo no meu apartamento. — Marcos falou chamando a minha atenção.
Olho para ele e ergui uma sobrancelha. Cadê o Marcos tímido? Que seja! Nada de timidez aqui. Gostei disso.
— Vou adorar.
[...]
No dia seguinte chego atrasada no trabalho. Enquanto ando às pressas pelo corredor, tento arrumar meu cabelo. Arrumei-me às pressas hoje. Sair da casa do Marcos e precisei correr para meu apartamento precisava trocar de roupa antes de vir trabalhar. O trânsito não me ajudou, fazendo chegar mais atrasada ainda. Quando o trânsito nos ajuda? Nunca. Ainda bem que deixo minhas roupas para trabalho muito bem organizada.
— Olá, senhorita Reis. — Christian me cumprimenta. — Está atrasada, não acha?
Está escorado na parede de braços cruzados e está sério. Muito sério. Sério demais. O que será que aconteceu? Será que foi a reunião? Não começamos o dia muito bem hoje. Já estou me punindo por chegar atrasada desde que acordei. Perdi uma reunião agora de manhã. Mordi o lábio e fiz a cara mais inocente possível. Teria que apelar o máximo que conseguisse.
— Desculpa.
Christian cerra os olhos em minha direção.
— Acho bom que sua noite tenha sido muito boa, porque me abandonou na reunião de hoje. — Me aproximo dele. — Aquele tal de Fernando não fez uma boa apresentação.
— Os clientes desistiram?
Agora olho para ele apreensiva. Christian relaxou o corpo e isso me fez ficar aliviada, mas seu rosto continua sério.
— Não. Eles vão fechar conosco. — Sorri um pouco. — Fiquei preocupado, Mayra. Você não atendeu minhas ligações e muito menos respondeu minhas mensagens.
— Desculpa. — Peço de novo.
Fiquei tão assustada com o horário quando acordei que só pensei em chegar em casa logo para poder vir trabalhar. No caminho para casa fui respondendo suas mensagens, mas ele não deve ter visto porque estava em reunião. Christian continuou me olhando sério. Abraço ele pela cintura.
Não sou de atrasar, todos sabem disso. Precisa acontecer algo muito sério para atrasar ou falte. Sou uma pessoa que tem a vida totalmente organizada, qualquer coisa fora do lugar eu surto e me atrasar hoje está me dando nos nervos. Se tivéssemos perdido o contrato hoje, com certeza era daqui para o hospital.
Mayra Reis— Desculpa mesmo. — Pedi novamente. — Perdi a hora, mas tive uma noite muito boa.Christian deu um meio sorriso. Sorri, não tinha como não sorrir. Puxei ele para dentro da minha sala. Precisava conversar e ele é a melhor pessoa para isso, sentamos no sofá. Estou muito animada e ele nota. Christian não disse nada por mais que quisesse, esperava que eu dissesse algo primeiro. Não sabia bem por onde começar, então decidi ir para o óbvio.— Eu transei! — Comemoro.Christian riu e não me importei.— Finalmente! — Joga as mãos para o ar. — Não sei como consegue ficar tanto tempo, May. Eu estaria surtando.— Não sou igual a você. — Fingo olhar minhas unhas, mas logo dou um sorriso sem graça. — Sabe que estou a procura de algo sério.Christian concorda. Não saio transando com qualquer um e não julgo Christian por fazer, ele é solteiro e faz o que quer. Tenho outras vontades no momento. Nunca fui muito namoradeira e meu jeito em si dificultava muito as coisas. Dizem que sou muito co
Maya ReisFicamos mais um tempo ali para aproveitar a piscina antes de ir almoçar. A comida desse lugar é ótima, Marcos e eu não poupamos elogios. Não me importei de exagerar um pouco. Quando voltar, tenho que focar na academia. Tem um tempinho que eu não vou a uma academia. Isso porque tem uma no meu prédio. Marcos começou a me contar um pouco mais sobre sua vida na Rússia. Ele morava na capital em Moscou.— Você já esteve lá?— Eu nunca fui. — Faço um gesto de cabeça negando. — Para falar a verdade estarei lá semana que vem a trabalho.Christian tem uma festa e uma reunião para ir.— Assim não vale! — Marcos me olha sério. — Temos que resolver isso longo. Quando serão suas férias? Podemos passar alguns dias na minha casa, ainda mantenho ela lá.Olho para ele surpresa. Ele está me convidando para ir para Moscou com ele? Férias, casal, clima romântico… Quando comecei a ficar tão melosa assim? Mas não tem como negar que gostei da ideia.— Você está falando sério?Ele riu.— É claro, Ma
Mayra Reis— Ah, não Mayra. — Christian diz assim que entrei na sua sala. — Você sabe que não gosto dessa saia. Deixa sua bunda meio quadrada. — Faz careta. — Gosto quando usa aquela saia lápis, principalmente a preta, ela deixa a sua bunda redondinha. — Ele faz gesto com a mão.Christian comenta tanto sobre roupas que deveria ser um estilista em vez de arquiteto. Coloco algumas pastas com documentos em sua mesa.— Você deveria me respeitar. — Afastei uma mecha do meu cabelo. — Estou quase entrando em um relacionamento sério.Christian sorriu e apertou os olhos em minha direção. Queria sorrir, mas por fora me mantive séria esperando as suas próximas palavras.— O final de semana foi bom?Dou um meio sorriso. Não quero entregar de bandeja dizendo o quanto foi ótimo. Passo a mão pela saia fingindo tirar uma sujeira. Ele pode ser meu melhor amigo, mas não quero parecer desesperada. Tenho que me fazer de difícil, pelo menos na frente dele.— Foi bem legal. — Me limitei a dizer.— Deve ter
Maya ReisPassamos pela seção de chocolate e pegamos algumas barras e caixas de bombom. Uma coisa que adoro são doces, chocolate então é meu favorito. Coitada de mim! Preciso seriamente ir para academia. Fiz uma careta quando pego o biscoito de chocolate, talvez fosse melhor só pegar esse e nada mais. Tenho falado comigo mesma que irei para academia e só fica nas palavras, as minhas atitudes são completamente diferente e não é assim que entrarei no meu peso ideal. Faço uma careta quando pego o biscoito de chocolate. Tenho que cuidar disso logo.— O que foi? — Christian pergunta, um tempo deles de ver a minha hesitação ao colocar o biscoito na sexta.Agora estamos na seção de bebidas.— Preciso voltar a fazer academia…— Por quê? — Me olha como se procurasse o motivo. Inclinei a cabeça para o lado e mordi o lábio, evitando seu olhar.— Exagerei nesse final de semana e hoje vou pelo mesmo caminho.— Para de dizer besteira, Mayra.— É sério, Chris.Raramente chamo ele pelo apelido, é m
Mayra Reis Me levantei da cama e me servi de mais vinho. Ele sai do banheiro e abre um pacote de salgadinhos.— Coloca um pouco para mim. — Pediu.Enchi o copo dele.— Depois dessa obra do Rivas, você poderia tirar férias. — Comentei.Christian faz careta.— Não vamos conversar sobre isso agora. Logo, logo vamos está falando sobre trabalho. — Christian me dá um pouco do salgadinho. — Quando vai voltar às suas aulas de dança?Amo dançar. Prefiro mil vezes dançar do que academia. Um tempo atrás fazia dança, me ajudou a aliviar o estresse e era um exercício que fazia sem reclamar. Chegamos em uma época de muita viagem e tive que parar e acabei não voltando. Deixei o trabalho tomar conta do pouco tempo que eu tinha livre. Agora o máximo que danço é com o Christian nesses nossos momentos juntos.— Chris, não inventa.— Você não queria fazer algum exercício? — Christian tira o filme e coloca uma música. — May, você precisa fazer mais coisas que gosta.Christian vem até mim e eu sorri. Danç
Mayra ReisChristian ficou trabalhando em casa porque não queria me deixar sozinha. Tentei convencer ele a ir para empresa e eu iria para minha casa, ouviu um sermão dizendo que eu não estava bem e que ele não é nem louco de me deixar sozinha nesse momento. Marcos chegou me mandar mensagem perguntando como eu estava e eu sugeri ao Christian que poderia passar o resto do dia com o Marcos, mas o olhar que eu recebi do Christian fez eu desistir na hora de continuar esse assunto.Estamos no seu quarto está tão fresco aqui por causa do ar condicionado. Vou até a janela para olhar um pouco lá fora e sorri ao ver o pula-pula montado.— Você mandou montarem o pula-pula? — Perguntei olhando para ele.— Sim. — Christian me respondeu e continuava a digitar no seu notebook. — Pedi ontem a noite antes de deitar. Eu só não esperava que você fosse acordar desse jeito.Vou até ele. Christian está sentado na cama com o notebook no colo e parecia estar concentrado. Preciso não, quando o assunto é traba
Mayra Reis— Vocês acham que essa empresa é um parque de diversão? Eu tento entender vocês, mas está completamente difícil. Tem alguma coisa faltando? Estão insatisfeito com alguma coisa na empresa? — Continue com as perguntas olhando para cada um da minha frente. — Sinceramente fica difícil. Dizem que Christian é uma pessoa difícil de lidar e de difícil acesso, ele esteve com vocês. Cada momento! Cada um pode tirar suas dúvidas, contar experiências e vocês me fazem isso?Alguns dias atrás, quando Christian veio para a empresa e eu fui embora para casa do Marcos, perdemos um contrato de milhões. Contrato esse que Christian deixou nas mãos de alguns funcionários, funcionários esse de grande experiências e que esse é o trabalho deles. No final perdemos o contrato. Por que? Só porque ficaram encarregados de uma coisa de grande porte e se acharam com isso. Christian conseguiu reverter metade do prejuízo, mas não foi fechado com a mesma empresa tivemos que entrar em contato com outras. O e
Mayra Reis Lembro da última vez que ele ficou ligando para Christian para que pudesse aceitar um trabalho, Jordan sabe que precisa falar comigo primeiro e com certeza ele sabe da obra que pegamos do Rivas. Não aceitaria o que ele fosse oferecer, o contrato já estava assinado. Então Jordan optou por ele mesmo falar com seu filho e tentar convencê-lo. Para vir falar comigo é apenas quando quer que Christian vá a alguma reunião familiar ou que Christian vá ver ele e a senhora Hill.— Dessa vez não é nada sobre o trabalho. — Jordan falou em sua defesa. — Ele está merecendo uns pelos cascudos na cabeça, isso sim. Menino mal criado Como pode não atender o próprio pai? Criei esse menino, dei amor…Afastei o celular um pouco enquanto Jordan começava o seu discurso. Christian já sabia o que estava acontecendo e se segurou para não rir. Seu discurso demora em torno de cinco minutos e foi o tempo certo para colocar o celular de volta ao ouvido para ouvir as últimas palavras desse discurso.— Ch