P.V. CHRISTIAN HIILEstou cansada de procurar por eles.Essa frase continuou a se repetir na minha cabeça desde que Mayra foi embora ontem à noite. Porra! Por que ela não me vê?! Veio até aqui para brigar pelo Marcos, esse cara pouco se importa com a Mayra e o meu erro foi ter deixado ele se aproximar dela. Ela não está bem. Em vez de trazer paz, esse cara só está arrastando Mayra por um caminho sem volta. Mayra faz as vontades dele e ignorando as vontades dela achando que não encontrará outra pessoa. Mayra é mais do que isso e só está com medo. Sei que ela não conseguiria me rebater e para não prolongar mais aquela conversa fui direto, mesmo sabendo que ela poderia ficar com mais raiva.Sei que se continuássemos nós dois iríamos nos machucar mais.Não trabalhei hoje e não recebi nenhuma ligação por mensagem vindo da Mayra. Olhei a minha agenda e apenas vi os compromissos sendo mudados e hoje ficando completamente livre. Desde que conheci a Mayra, a gente nunca ficou um dia sequer se
Mayra Reis— Mayra, a gente já assistiu os dois filmes, não podemos deixar o resto para amanhã? — Christian choramingou.— Chris para de ser um bebê chorão. Só faltam uns quatro filmes. — Me levantei para procurar o controle. — Ah, tem a série também. Você por acaso viu o controle?— Não. — falou rapidamente.Olhei para ele desconfiada. Christian evitou o meu olhar, olhando para a televisão.— Christian, me devolve o controle!— Não está comigo…— Christian, o controle.— Não está…— Christian…— May, por favor. Eu não aguento mais assistir esse desenho. — Christian puxou a coberta até a altura da sua boca quando me viu indo para cima dele. — Mayra, você vai se machucar!— Me devolve o controle! — Tentei de todas as formas puxar aquela coberta e pegar o controle que provavelmente está debaixo dele.Christian ria e não cedia. Ele conseguiu se enrolar mais ainda na coberta fazendo como se fosse o seu casulo. Foi difícil, mas consegui uma brecha enfia na minha mão por dentro da coberta e
Fiquei no mesmo hotel que fiquei na semana que vir para Moscou com o Christian. A recepcionista liberou um quarto para mim, mas não queria que ficasse sozinha, não sei se ela estava realmente preocupada com meu estado ou porque sabia que trabalho com o Christian. Ela me deu um calmante e tinha até um hóspede que ela conhecia no hotel que é médico, ele veio e me atendeu. Depois do calmante me senti completamente sem energia alguma, mas não consegui dormir.A recepcionista que me atendeu continua ali por horas me olhando preocupada mesmo depois que o médico tenha garantido que ficaria bem. Estou me sentindo tão idiota e tão usada. Acreditei… ou melhor, como pude acreditar que poderia dar certo? Sentir minhas lágrimas novamente. Horas depois Christian apareceu, desde que nos falamos por ligação só havia passado o endereço do hotel onde ficaria. Depois disso me distanciei do celular, era uma tremedeira sem fim e não conseguia conter. Christian me ligou novamente, mas foi a recepcionista q
P.V. CHRISTIANLevantei a cama quando ouvi o despertador tocar, não consegui dormir. Desliguei antes que Mayra acordasse e sai da cama, vou para o banheiro tomar meu banho. A ideia era relaxar um pouco, mas não aconteceu. Nosso voo sai daqui a uma hora, sei exatamente onde Marcos está nesse exato momento. Fico pensativo em ir até lá ou acabar com a sua vida de vez sem precisar olhar para sua cara.Ainda debaixo d'água passo a mão pelo cabelo tirando o excesso da água. Como pude deixar chegar a esse ponto? Não fazia ideia que Mayra acabaria vindo atrás de Marcos, eu fiquei sabendo que ele estava fora da cidade, mas nunca imaginei que ela viesse atrás dele. Mayra não é impulsiva assim. Desliguei o chuveiro e saí do box, peguei a toalha para me enxugar.Coloquei minha roupa rapidamente e saí do quarto quando ouvi o telefone tocar. Não havia desligado o despertador? No quarto notei que não era o meu celular que estava tocando e sim o da Mayra. Peguei seu celular e vi o nome do Marcos na t
P.V. MAYRAColoquei o sofá de costas para a varanda. Respirei fundo, decidi mudar todos os móveis do lugar. Já limpei a parte de baixo toda desde que Christian saiu e terminei a cozinha a pouco tempo. Era para ter feito mais coisas, mas Christian fica me ligando toda hora.Estou bem! Foi só mais um relacionamento que não deu certo. E está tudo bem, vida que segue. Mesmo que não tenha sido chifruda e sim a amante. Coisa que abomino. Ser a outra. Droga! O que fiz para merecer isso? Ele deve ter dado algum sinal. Não é possível ter fechado os meus olhos desse jeito e não ter percebido nada. Não fora alguns dias, foram messes ao seu lado.Respirei fundo mais uma vez e dou alguns pulinhos. Não posso pensar nele, não ficarei me martirizando pelos erros dele. Eu não… não quero ficar chorando por Marcos. Deixei Christian na mão ontem e infelizmente hoje também já que não trabalhei. Desculpa, Christian. Ele deixou tudo para ir até mim, senti minhas mãos tremer de novo. Preciso me distrair! To
— Mayra? — Oi? — Comecei a varrer a sala.— Já faz uma semana. — Parei de varrer e olhei para ele sem entender. — Você já limpou essa casa de cima a baixo e ela não está suja.— É claro que está. — Apontei para o andar de cima. — Isso porque você não viu os quartos.Christian passou a língua preguiçosamente pelos lábios. Ele estava pensando bem antes de dizer alguma coisa. A casa está realmente suja.— Que tal a gente antecipar as férias, hein? — Sugeriu.Depois que Christian mandou eu ficar de férias contra a minha vontade, no dia seguinte estava na empresa e acabamos brigando. Ele chegou a me demitir nesse dia e eu peguei meu carro indo para outra empresa da qual sei que ele não gosta. Christian veio atrás e me impediu que entrasse, foi tirado fotos nesse momento e mais uma vez fomos parar na mídia. Precisei fazer isso porque Christian não voltaria na sua decisão e preciso trabalhar. O mundo dos negócios continua uma loucura porque Christian fez a empresa do Justin falir de um dia
P.V. CHRISTIAN HILLQuase.Eu estava tão perto. A gente estava em uma sintonia tão boa. Quase beijei a Mayra, mas ela foi a primeira a desviar e se afastar de mim. Não é possível que ela não tenha sentido alguma coisa naquele momento. Se ela aceitasse casar comigo teria arrastado na mesma hora para algum cartório. Balanço minha cabeça de um lado para o outro, sorrindo. Estou nas nuvens com aquele pequeno momento que tivemos ontem. Mexeu com ela e ela não conseguiu disfarçar o resto da noite.Ouvi duas batidas na porta e pedi para a pessoa entrar. Mayra está perfeitamente vestida com a sua saia lápis preta, e a camisa branca social. Alguns botões estão abertos, nada que sensualize. Ela está concentrada nos papéis em suas mãos e quando me olhou seu sorriso era bem grande.— Notícias boas?— Maravilhosas! Já preparei a festa de confraternização separada dos funcionários que estão na construção do Shopping. Os bônus já estão preparados para todos os que precisaram viajar para obras distan
P.V. CHRISTIAN HILL— Viu?! Se a gente tivesse saído naquela hora que falei, não estaríamos enfrentando esse trânsito e essa chuva.O trânsito está horrível e essa chuva repentina piorou tudo.— Que culpa tenho se você tem uma empresa e precisa trabalhar? — Mayra tentou olhar pela janela. — Não vamos conseguir chegar na sua casa tão cedo.— Não mesmo. — Consegui uma brecha e virei à direita fazendo o retorno.— O que você vai fazer?— Vamos ficar em um hotel mais próximo e esperar essa chuva passar. Pelo menos passar o suficiente para conseguir dirigir com segurança.Essa chuva está forte demais e pode ocorrer acidentes. Isso é se não tiver acontecido algum acidente, o trânsito está muito lento. Infelizmente não foi um dos meus hotéis favoritos e nada luxuoso, primeiro que não tem estacionamento, então precisamos sair na chuva para conseguir entrar no estabelecimento. Segurei o meu casaco e coloquei por cima de mim e da Mayra para tentar evitar pegar chuva. Foi uma tentativa falha, n