Mayra Reis— Então, Sr. Frost, você está dizendo que… — Comecei a dizer para quebrar o clima que ficou.O jeito que eles passaram a me olhar agora que Christian não estava por perto foi suficiente para eu saber o que estava por vir.— É melhor esperar o Sr. Hill voltar. — Ele diz com tom de desprezo. — Pessoas inteligentes devem conversar com pessoas inteligentes. Você não deve saber o que é isso.Dou mais um sorriso forçado e me segurando para não xingar esse homem.— Então se me derem licença. — Me viro para sair.— Já vai tarde. — Um deles disse.São esses tipos de pessoas que tentamos evitar. Christian nem ia fechar negócio com eles, não sei porque passou esse tempo todo ouvindo o que diziam. Meu humor foi de mal a pior. Meu celular começou a tocar e um pequeno sorriso surgiu em meu rosto.— Oi, amor. — Falei assim que atendi.— Oi, querida. Pedi para que me avisasse quando chegasse. — Fechei meus olhos com força e mordi o canto da boca. Esqueci de avisar Marcos sobre essa mudança
Mayra ReisJá fazia uns vinte minutos desde que Marcos me mandou uma mensagem avisando que viria à minha casa. Estou bem ansiosa quanto a isso, cheguei hoje de viagem de Moscou. Não nos falamos desde ontem quando ele desligou a ligação, Marcos ficou sem falar comigo desde então. Assim que cheguei em Nova York meu celular tocou em uma sequência de mensagens de Marcos avisando que iria vir aqui em casa hoje.Christian foi direto para casa e passou o resto do dia dormindo. Com aquela cama qualquer um dormiria fácil, fácil e uma coisa que Christian estava precisando para dormir. Não sei porque, mas essa viagem uma coisa que ele não conseguiu fazer foi dormir e estava se sentindo muito desconfortável. Bateram na minha porta e eu corri para ir atender.— Quero pedir desculpas. — Marcos falou assim que abri a porta. — Não estava muito bem com meu trabalho e saber que você também estava cansada… Desculpa, gatinha. Acabei dando uma bola fora. Não deixarei isso acontecer novamente. — Sorriu par
Mayra Reis Devido à exaustão não fui para academia hoje, muito menos fui para o trabalho. Acordei mais tarde e continuei meu trabalho daqui de casa, pedir comida porque não tive condição alguma de fazer. O que desce para eu pagar alguém para fazer hoje, eu pagaria.— Você já foi ao médico, May? — Christian me perguntou.Estamos em chamada de vídeo falando sobre a próxima remessa de materiais que será enviada para Los Angeles. Demos uma parada para almoçar e Christian não quis desligar.— Christian, não estou sentindo nada de mais, apenas preciso dormir…— Então você não vai trabalhar mais hoje, quero que termine de almoçar e vá descansar.— Christian, não posso parar. — Sorri em agradecimento. — Pode ficar tranquilo que vou dormir mais cedo hoje.— May, você está demitida. Vá descansar!Eu ri. Teve uma vez que a gente brigou feio com esse negócio dele me demitir.— Se você me demitir, eu vou procurar emprego em outro lugar. Talvez o senhor Mark me queira por lá. — Provoquei.Mark é c
Mayra ReisMe mexi na cama sentindo meu corpo mais quente que o normal. Abri meus olhos, mas logo tive que fechar novamente devido à claridade. Esqueci de fechar as cortinas ontem à noite. Para falar a verdade nem reparei se as cortinas estavam abertas ou não, apenas deitei e apaguei. Abrir meus olhos novamente vendo que estou abraçada com Christian. Apoiei meu queixo em seu peito e olhei para meu amigo.Christian está com uma camiseta branca e a coberta nos cobrindo até a altura da cintura. Seu rosto tinha uma expressão calma, olhei bem para meu amigo sorrindo. Tenho certeza que ele quer voltar a fazer o seu bronzeamento artificial essa semana ainda, o coitado já está ficando branco de novo. Ele está cheiroso. Seu cabelo está bagunçado, o corte de cabelo recente o deixou mais lindo do que já é. O seu cabelo também está um pouco úmido. Acho que não faz muito tempo que veio deitar.Christian ainda deveria estar em Los Angeles. Apesar que ele falou que voltaria hoje, mas não falou um ho
Mayra Reis Adoro essas reuniões acontecendo em restaurante ou até mesmo na casa da pessoa. É um ambiente mais tranquilo e deixa as coisas um pouco informal, fora que tem comida. Mesmo que não possa comer tanto como antigamente, posso pelo menos ficar apreciando. A reunião demorou um pouco do que o costume, mas foi até legal ficar ali com eles. Sem nenhum estresse e tivemos até algumas risadas durante a reunião.Fui para casa e comecei a editar a agenda do Christian, ele precisará ir para Los Angeles de novo. Temos três meses para entregar a obra do Rivas, uma grande equipe e materiais estão sendo renovados constantemente. Está sendo puxado, mas terá um ótimo retorno. Acredito que em outubro poderemos entregar devidamente a obra concluída a Rivas. Quando deram cinco horas da tarde, meu celular começou a tocar. Vi o nome do Marcos na tela e atendi sem pensar duas vezes.— Amor…— Mayra, preciso conversar com você agora. — Marcos respira fundo e seu tom de voz não estava nada bom. — Já
P.V. CHRISTIAN HIILEstou cansada de procurar por eles.Essa frase continuou a se repetir na minha cabeça desde que Mayra foi embora ontem à noite. Porra! Por que ela não me vê?! Veio até aqui para brigar pelo Marcos, esse cara pouco se importa com a Mayra e o meu erro foi ter deixado ele se aproximar dela. Ela não está bem. Em vez de trazer paz, esse cara só está arrastando Mayra por um caminho sem volta. Mayra faz as vontades dele e ignorando as vontades dela achando que não encontrará outra pessoa. Mayra é mais do que isso e só está com medo. Sei que ela não conseguiria me rebater e para não prolongar mais aquela conversa fui direto, mesmo sabendo que ela poderia ficar com mais raiva.Sei que se continuássemos nós dois iríamos nos machucar mais.Não trabalhei hoje e não recebi nenhuma ligação por mensagem vindo da Mayra. Olhei a minha agenda e apenas vi os compromissos sendo mudados e hoje ficando completamente livre. Desde que conheci a Mayra, a gente nunca ficou um dia sequer se
Mayra Reis— Mayra, a gente já assistiu os dois filmes, não podemos deixar o resto para amanhã? — Christian choramingou.— Chris para de ser um bebê chorão. Só faltam uns quatro filmes. — Me levantei para procurar o controle. — Ah, tem a série também. Você por acaso viu o controle?— Não. — falou rapidamente.Olhei para ele desconfiada. Christian evitou o meu olhar, olhando para a televisão.— Christian, me devolve o controle!— Não está comigo…— Christian, o controle.— Não está…— Christian…— May, por favor. Eu não aguento mais assistir esse desenho. — Christian puxou a coberta até a altura da sua boca quando me viu indo para cima dele. — Mayra, você vai se machucar!— Me devolve o controle! — Tentei de todas as formas puxar aquela coberta e pegar o controle que provavelmente está debaixo dele.Christian ria e não cedia. Ele conseguiu se enrolar mais ainda na coberta fazendo como se fosse o seu casulo. Foi difícil, mas consegui uma brecha enfia na minha mão por dentro da coberta e
Fiquei no mesmo hotel que fiquei na semana que vir para Moscou com o Christian. A recepcionista liberou um quarto para mim, mas não queria que ficasse sozinha, não sei se ela estava realmente preocupada com meu estado ou porque sabia que trabalho com o Christian. Ela me deu um calmante e tinha até um hóspede que ela conhecia no hotel que é médico, ele veio e me atendeu. Depois do calmante me senti completamente sem energia alguma, mas não consegui dormir.A recepcionista que me atendeu continua ali por horas me olhando preocupada mesmo depois que o médico tenha garantido que ficaria bem. Estou me sentindo tão idiota e tão usada. Acreditei… ou melhor, como pude acreditar que poderia dar certo? Sentir minhas lágrimas novamente. Horas depois Christian apareceu, desde que nos falamos por ligação só havia passado o endereço do hotel onde ficaria. Depois disso me distanciei do celular, era uma tremedeira sem fim e não conseguia conter. Christian me ligou novamente, mas foi a recepcionista q