Um desejo concedido!

Aquela casa me traz lembranças de quando eu era um completo babaca e não soube a valorizar como Hana merecia.

Era costume meu evitar chegar a tempo do jantar, ainda mais depois que conheci Ananda.

Mesmo não tendo nenhum tipo de relacionamento com ela, não era assim que as pessoas ao nosso redor pensavam.

Eu errei por não fazer questão de desmentir.

Eu e Ananda passávamos boa parte do tempo juntos, ainda mais depois do expediente e isso acabou nos aproximando mais. Eu estava cego por ter por perto uma garota mais nova e que se vestia de forma sensual para me agradar.

Aos olhos das pessoas que nos rodeavam e que não tinham conhecimento de que eu era casado, eu parecia um homem de sorte por fisgar uma mulher como Nanda.

Eu fui um idiota!

Ananda sempre se empenhava para ficar mais tempo ao meu lado. No começo eu achava que era uma dádiva dela por ser uma funcionária tão exemplar, mas depois percebi que ela parecia fazer de propósito para ajudar com os rumores.

Eu até gostava tinham vezes; Ananda era sensual e provocante, ela se vestia de forma tão atraente que até conseguia me excitar.

Eu me deixei levar.

Algumas vez, Ananda me acompanhava em jantares de negócios e acabávamos nos excedendo na bebida. Somente no dia seguinte que eu descobria o que ela havia feito, digo isso pelos olhares de nojo que Hana me lançava ao ir a lavanderia lavar minhas roupas.

As vezes ela até pendurava a camisa com a marca de batom, de volta no cabide. Eu sempre sorria a provocando, pensando que ela tivesse sido afetada pelo ciúme, mas ao contrário do que pareceu, esse também foi um dos motivos que nos afastou.

Errei mais uma vez!

Nosso relacionamento era apenas contratual, mas Hana sempre fez seu papel de esposa com dedicação. Eu sempre encontrava meus ternos bem passados pela manhã, a casa perfumada e a comida fresca, mesmo não voltando no horário do jantar.

E depois que ela partiu para se dedicar ao seu sonho, Hana passou a me fazer falta. Até o silêncio dela me dava saudades.

A única coisa que eu poderia fazer agora, era tentar correr atrás de todos os erros que cometi e tentar tê-la de volta.

Respirei fundo desci do carro, subindo alguns degraus em direção a porta. Hesitei um instante antes de tocar a maçaneta e girar, mas assim que fiz, me arrependi por nunca ter feito aquilo antes.

A primeira coisa que notei foi a mudança dos móveis de lugar, acho que é necessidade das mulheres tais mudanças para que não se apeguem ao passado, mas sabe de uma coisa?                                                  Estava ainda mais parecido com um lar de verdade; estava tudo com a presença dela.

Passei pelo arco da porta e a fechei, levando meus olhos para a imagem atrás do balcão.

E la estava ela, de costas para mim, indo até a pia, mas de repente ela parou parecendo ter se petrificado. Hana se virou lentamente em minha direção e abriu os olhos mais que o normal, mostrando seu espanto.

Parecia que Hana viu um fantasma e acho que era bem isso o que me tornei para ela durante esse tempo

—Hen-ry! - Falou ela com um timbre instável. 

—Bem-vinda de volta! - Essa foi a única coisa que consegui falar, mesmo sabendo que eu tinha muito em minha mente à dizer.

Caminhei até ela e confesso que senti uma vontade imensa de a tocar, mas senti medo de ser desprezado e então, peguei a taça em que ela bebia e me servi de vinho.

Meus olhos encontraram os dela e confesso que, naquele instante eu queria a abraçar forte e me desculpar por não ter visto antes o quanto ela era importante para mim.

O que eu estava pensando? Eu a olhei de cima a baixo e beberiquei do líquido bordô, tendo a taça tomada de minhas mãos em seguinte. Ela bebeu junto comigo e aquilo fez com que sentíssemos menos estranhos ainda. 

—Vou pegar outra para você! - Disse Hana fazendo menção de sair, mas eu segurei a mão dela e a puxei para mim.

—Não tem necessidade, beba comigo! - Falei vendo-a me olhar de forma surpresa. Hana se encostou ao meu lado e apenas suspirou, enquanto dividíamos a vez.

—Eu... cozinhei... - Ela disse bebendo rapidamente o liquido e se afastando. Talvez ainda pensasse que eu não a queria por perto.

—Por que está fugindo? - Perguntei em um tom baixo. Meus olhos não conseguiam desviar daqueles lábios rosados.

Eu estava mesmo enlouquecendo! Ela então, respirou fundo e moveu os lábios para me responder.

—Eu vou subir! - Disse Hana com um tom baixo, desviando o olhar de mim. Antes que ela percebesse, fui até ela e a peguei no colo, sentando-a em cima da bancada. Sorri nasalado e me coloquei entre as pernas dela apoiando meus braços sobre o mármore negro da bancada. —Henry, o que está fazendo? 

Perguntou Hana, tentando descer, mas eu me mantive bem próximo para evitar que aquilo acontecesse. Naquele instante, tentei ser mais firme possível e não a olhar com maldade, mas era quase impossível a vendo com uma camisola e sabendo que, ela não gostava de usar lingeries embaixo.

— É véspera de Natal, por que não aproveitamos? - Falei a olhando nos olhos, evitando perder a cabeça. —J[á faz um tempo que não comemoro, não é o mesmo sem você por perto!

 Falei direto, levando a taça novamente atos lábios. Naquele instante eu poderia bem culpar vinho.

E quem sabe a carência também.

— Certo! - Disse Hana tomando a taça de minhas mãos, envolvendo as pernas em seguida em volta do meu corpo. Levei os olhos brevemente para as coxas dela e antes que eu subisse meus olhos para partes mais íntimas, Hana bateu a taça no balcão e me soltou.

—Quer mesmo ver? - Perguntou ela me olhando com malícia. Raspei a garganta e foi a minha vez de beber. Levei a taça até os lábios e desviei o olhar, encarando-a sem seguida.

—Por acaso sou esse tipo de pessoa? - Perguntei irritado, vendo-a arquear uma sobrancelha.

—Eu não faço ideia! - Respondeu Hana de forma direta, sem cortar o nosso contato visual.

 Aquilo foi uma adaga cravada em meu peito. O que eu estava pensando? Que a trataria bem e tudo o que fiz com ela se apagaria?

Eu sou um idiota.

—Me desculpa! - Pedi olhando-a nos olhos, me afastando dela em seguida, mas Hana não saiu como eu esperava. Ela permaneceu sentada onde a deixei, porém me olhando um pouco sem graça.

—Eu quem deveria me desculpar pela minha grosseria! - Hana falou levado a taça cheia até os lábios, bebendo como se saboreasse um suco de uva. 

Com toda certeza ela se arrependeria de beber tanto no dia seguinte e por isso, tentei intervir.

—Hey, vai devagar. - Falei tomando a taça dela e a segurando pela cintura para descê-la, mas acabei recebendo um tapa sem muita força como recompensa. —Por quê me bateu?

—Você me pediu para beber com você e agora quer me descer? - Perguntou ela, de uma forma autoritária.

Eu estava errado de achá-la sexy??? Acho que deveria parar com a bebida.

Me aproximei mais de Hana e ao nos manter a milímetros de distância, dei um sorriso, encarando em seguinte os lábios rosados dela. Hana parecia fazer o mesmo e aquilo parecia perigoso de mais.

A respiração dela tocava meu rosto e o hálito de vinho com o cheiro dela, de repente tornou tudo mais sensual. Por um instante, pensei até que fossemos nos beijar, mas tive medo de ser represado e foi então que, dei um sorriso e encostei minha testa na dela.

—Então tudo o que eu te pedir hoje, você fará? - Perguntei atrevido a vendo sorrir e assentir com a cabeça.

—Hm! Somente hoje! - Respondeu Hana, segura de si.

Segurei ela pela cintura para a descer e automaticamente, Hana envolveu as pernas na minha cintura e sorriu com lasciva. 

Não era somente eu quem tinha que dar um basta na bebida, mas de todo jeito a merd** já estava feita. O olhar de Hana era de provocação e ela parecia prever o que eu diria a seguir. 

—Durma comigo! 

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