HEITOR ON
Estava na delegacia amarrando os ultimos detalhes para ir até Clarice quando três carros cheios de meninas para em frente a delegacia,elas estavam numa agitação só
-Quem de vocês é o Heitor? Uma delas pergunta assim que entra.
Sou eu porque?
-Você precisa ir buscar a Clarice,ela tá toda machucada,ela não pode ficar lá....
Calma,como você conheceu Clarice e onde ela está?
-Ela salvou todas nós do Henrique,graças a ela estamos aqui.
Todas vocês estavam com ela e o Henrique?
-Sim.
E porque ela não veio?
-Ela disse que não iria deixar o Henrique fugir novamente.
E como ela pretende enfreta-lo sozinha?
-Ela conseguiu dominar ele,seu capanga e
Estava angustiada,eu não podia ficar esperando eles acharem a outra menina. Meu amor vem cá,eu quero que você comece chorar muito,chora,esperneia, e só para quando a tia não tiver mais tá bom?-Tá bom tia.Ela diz sussurrando era tão linda. Qual seu nome boneca?-Ligia. Que nome lindo,eu sou a Clarice.-O nome da minha mamãe também é Clarice. Logo logo você vai estar com ela. Agora preciso que você comece chorar. Ela era uma verdadeira atriz,chorava que era uma beleza.-O que ela tem? O policial que estava de olho em nós pergunta preocupado. Não sei,ela comecou chorar e não quer mais parar,é melhor eu ir ch
Depois de aproximadamente duas horas o médico vem até mim com noticías,Clara precisou voltar pra delegacia. -Senhor Heitor? Sim,sou eu,como ela está? -Ela vai ficar bem,ela teve o braço quebrado, levou alguns pontos na mão,na testa e além disso teve trauma em duas costelas que com bastante repouso voltam ao normal. Graças a Deus,posso vê-la? -Claro,me acompanhe. O sigo até o quarto dela. HEITOR OFF Acordei no quarto do hospital com Heitor do meu lado,estava segurando minha mão e chorando.
Minhas meninas estavam tão cansadas que estavam dormindo sentadas, então rapidamente eu dou banho nelas,Heitor vai dando a mamadeira e as colocamos no berço. -Elas aproveitaram.Diz me abraçando Foi lindo,tudo como planejei. -Fico feliz em ver você assim. Seus pais já estão dormindo? -Acredito que sim,minha mãe estava com dor de cabeça. Eles tem que ir embora amanhã mesmo? -Infelizmente sim. Que pena. -Vem vamos comer bolo,que na correria eu não comi quase nada. Heitor é apaixonado por bolo.Na cozinha fazemos a festa,tinha sobrado muita coisa entçao nos empanturramos. -Agora eu tô cheio,não aguento mais.Diz caindo no sofá. Merecemos um banho e cama,já está tarde. Digo indo pro quarto e Heitor vem em seguida. -Eu vou primeiro. Tá bom,eu vou ver as meninas.
-Mas que diabos deu em você criatura? Talvez o fato de você levar uma desconhecida pra dentro da minha casa e ainda ficar enfeitiçado por ela lhe diga algo.-A casa não é sua. Não me diga,é de quem? sua?-Parou,Luiza foi um erro ter te levado pra nossa casa, a partir de agora você vai ficar no meu apartamento. Só agora você lembra do ap?-Eu não quero ficar sozinha gatinho.-Não importa,acabei de te mandar a localização,vai pra lá e fica o tempo que quiser,e você Clarice vai pra casa comigo. De jeito nenhum. Digo lhe dando as costas e indo pra fora daquele inferno.-Você vai comigo e não discuta. Você não manda em mim. Agora faça o favor de sumir com a vagabunda da sua prima. Volto pra casa,
Ao chegar em casa as meninas mal esperaram pelo banho,acabaram dormindo.E eu claro acompanhei,estava cansada. -Amor,acorda. Que foi? -Aconteceu uma coisa. O que Heitor? Pergunto assustada. -Ligaram de um hospital em São Paulo dizendo que seu pai está em estado grave e quer te ver. Que? E como eles conseguiram meu telefone? -Você é conhecida pelo seu trabalho,não deve ter sido difícil. Eu não quero ouvir nada daquele desgraçado. -Clarice.... O que ele poderia me dizer de bom? -Eu não sei,talvez ele queira pedir perdão por tudo. Perdão não vai trazer minha mãe de volta. Digo ríspida. -Meu amor,vai ser melhor paras os dois.Eu já pedi pra Maria vir cuidar das meninas enquantos nós vamos até lá. Que? Sem ao menos saber se quero ir? -Eu sei que você vai,você não
E onde está esse relicário? -Aqui. Diz estirando a mão e me entregando e só ai eu lembrei dele,minha mãe estava sempre com ele. Ele é meu pai? -Sim. Eu sei que você não tem fotos dela,mas nossa casa continua do mesmo jeitinho,eu nunca mais voltei lá,mas sempre paguei pra que uma senhora a mantesse limpa. Porque? -Não sei,apenas fiz,a chave está onde sempre esteve,no vazinho de plantas da janela.A casa é sua Clarice,você pode fazer o que quiser com ela. Eu estava paralisada com tantas informações,meu coração batia descompassado. -Clarice,você tá bem? Heitor pergunta me olhando Não,preciso de um pouco de água. -Eu vou pegar,agora senta aqui.Heitor diz indo até o canto do quarto e me tras um copo com água,depois de alguns minutos meu mal estar vai embora. Eu não quero nada seu.Digo entredentes. -Não é min
Depois de resolver a questão da escritura da casa,nós voltamos pra casa,no caminho eu só conseguia pensar em tudo que aquele homem me disse,minha cabeça parecia um carrossel de informações,Heitor entendeu minha aflição e não fez perguntas durante o trajeto. Dias se passaram e eu não conseguia abrir o relicário novamente,eu estava extremamante angustiada,á dias não conseguia me alimentar direito e muito menos dormir. Heitor não parava de perguntar como eu estava. Até minhas meninas percebiam minha agonia. -Clarice eu acho que você tem que descobrir a verdade sobre seu pai.Heitor diz assim que deitamos para dormir. Será? Mas ele duvidou da minha mãe Heitor. -Eu sei meu amor,mas hoje existem metodos pra que ele descubra a verdade. E como eu vou saber quem ele é apenas por aquela foto,foto essa de quando ele era jovem. -Isso é o de menos,eu consigo descobrir com o pessoal
Depois do banho as gatinhas logo dormiram e eu fui fazer o jantar,fiz uma lasanha com massa pré cozida e um suco de manga. -E ai como foi a festinha? Ótima,tinha criança pra todo lado,cheio de brinquedos,comida a se perder de vista,as menins amaram. -Que bom e o escritório? Advinha quem é a nova recepcionista. -É alguém que conhecemos? Exatamente....é a sua prima. -A Luiza? Ela mesma. -Mas ela ia dar aula. Pois é,eu também não entendi,e a vagabunda ainda teve o disparate de ir até a minha sala me dizer um monte de desaforos. -E você? Eu relevei,mas minha vontade foi de encher ela de bofetadas. -Lá é o seu trabalho. Eu sei,mas ela que não experimente chamar minhas filhas de bastardas novamente,porque eu vou esquecer do trabalho e vou deixa-la sem os dentes.