Depois de aproximadamente duas horas o médico vem até mim com noticías,Clara precisou voltar pra delegacia.
-Senhor Heitor?
Sim,sou eu,como ela está?
-Ela vai ficar bem,ela teve o braço quebrado, levou alguns pontos na mão,na testa e além disso teve trauma em duas costelas que com bastante repouso voltam ao normal.
Graças a Deus,posso vê-la?
-Claro,me acompanhe. O sigo até o quarto dela.
HEITOR OFF
Acordei no quarto do hospital com Heitor do meu lado,estava segurando minha mão e chorando.
Minhas meninas estavam tão cansadas que estavam dormindo sentadas, então rapidamente eu dou banho nelas,Heitor vai dando a mamadeira e as colocamos no berço. -Elas aproveitaram.Diz me abraçando Foi lindo,tudo como planejei. -Fico feliz em ver você assim. Seus pais já estão dormindo? -Acredito que sim,minha mãe estava com dor de cabeça. Eles tem que ir embora amanhã mesmo? -Infelizmente sim. Que pena. -Vem vamos comer bolo,que na correria eu não comi quase nada. Heitor é apaixonado por bolo.Na cozinha fazemos a festa,tinha sobrado muita coisa entçao nos empanturramos. -Agora eu tô cheio,não aguento mais.Diz caindo no sofá. Merecemos um banho e cama,já está tarde. Digo indo pro quarto e Heitor vem em seguida. -Eu vou primeiro. Tá bom,eu vou ver as meninas.
-Mas que diabos deu em você criatura? Talvez o fato de você levar uma desconhecida pra dentro da minha casa e ainda ficar enfeitiçado por ela lhe diga algo.-A casa não é sua. Não me diga,é de quem? sua?-Parou,Luiza foi um erro ter te levado pra nossa casa, a partir de agora você vai ficar no meu apartamento. Só agora você lembra do ap?-Eu não quero ficar sozinha gatinho.-Não importa,acabei de te mandar a localização,vai pra lá e fica o tempo que quiser,e você Clarice vai pra casa comigo. De jeito nenhum. Digo lhe dando as costas e indo pra fora daquele inferno.-Você vai comigo e não discuta. Você não manda em mim. Agora faça o favor de sumir com a vagabunda da sua prima. Volto pra casa,
Ao chegar em casa as meninas mal esperaram pelo banho,acabaram dormindo.E eu claro acompanhei,estava cansada. -Amor,acorda. Que foi? -Aconteceu uma coisa. O que Heitor? Pergunto assustada. -Ligaram de um hospital em São Paulo dizendo que seu pai está em estado grave e quer te ver. Que? E como eles conseguiram meu telefone? -Você é conhecida pelo seu trabalho,não deve ter sido difícil. Eu não quero ouvir nada daquele desgraçado. -Clarice.... O que ele poderia me dizer de bom? -Eu não sei,talvez ele queira pedir perdão por tudo. Perdão não vai trazer minha mãe de volta. Digo ríspida. -Meu amor,vai ser melhor paras os dois.Eu já pedi pra Maria vir cuidar das meninas enquantos nós vamos até lá. Que? Sem ao menos saber se quero ir? -Eu sei que você vai,você não
E onde está esse relicário? -Aqui. Diz estirando a mão e me entregando e só ai eu lembrei dele,minha mãe estava sempre com ele. Ele é meu pai? -Sim. Eu sei que você não tem fotos dela,mas nossa casa continua do mesmo jeitinho,eu nunca mais voltei lá,mas sempre paguei pra que uma senhora a mantesse limpa. Porque? -Não sei,apenas fiz,a chave está onde sempre esteve,no vazinho de plantas da janela.A casa é sua Clarice,você pode fazer o que quiser com ela. Eu estava paralisada com tantas informações,meu coração batia descompassado. -Clarice,você tá bem? Heitor pergunta me olhando Não,preciso de um pouco de água. -Eu vou pegar,agora senta aqui.Heitor diz indo até o canto do quarto e me tras um copo com água,depois de alguns minutos meu mal estar vai embora. Eu não quero nada seu.Digo entredentes. -Não é min
Depois de resolver a questão da escritura da casa,nós voltamos pra casa,no caminho eu só conseguia pensar em tudo que aquele homem me disse,minha cabeça parecia um carrossel de informações,Heitor entendeu minha aflição e não fez perguntas durante o trajeto. Dias se passaram e eu não conseguia abrir o relicário novamente,eu estava extremamante angustiada,á dias não conseguia me alimentar direito e muito menos dormir. Heitor não parava de perguntar como eu estava. Até minhas meninas percebiam minha agonia. -Clarice eu acho que você tem que descobrir a verdade sobre seu pai.Heitor diz assim que deitamos para dormir. Será? Mas ele duvidou da minha mãe Heitor. -Eu sei meu amor,mas hoje existem metodos pra que ele descubra a verdade. E como eu vou saber quem ele é apenas por aquela foto,foto essa de quando ele era jovem. -Isso é o de menos,eu consigo descobrir com o pessoal
Depois do banho as gatinhas logo dormiram e eu fui fazer o jantar,fiz uma lasanha com massa pré cozida e um suco de manga. -E ai como foi a festinha? Ótima,tinha criança pra todo lado,cheio de brinquedos,comida a se perder de vista,as menins amaram. -Que bom e o escritório? Advinha quem é a nova recepcionista. -É alguém que conhecemos? Exatamente....é a sua prima. -A Luiza? Ela mesma. -Mas ela ia dar aula. Pois é,eu também não entendi,e a vagabunda ainda teve o disparate de ir até a minha sala me dizer um monte de desaforos. -E você? Eu relevei,mas minha vontade foi de encher ela de bofetadas. -Lá é o seu trabalho. Eu sei,mas ela que não experimente chamar minhas filhas de bastardas novamente,porque eu vou esquecer do trabalho e vou deixa-la sem os dentes.
Seus funcionários lhe tratam assim sempre? Pergunto indignada. -Além de funcionário ele é meu filho mais velho,Otto,seu irmão. Então esse rapaz simpatico é meu irmão.Digo irônica. -Ele puxou o gênio ruim da mãe. Credo. -Vamos,tô louco pra conhecer minhas netinhas e meu genro. Vamos no meu carro,eu posso trazê-lo de volta. -Não se preocupe com isso,eu pego um taxi. Ótimo. Depois de sair da empresa seguimos até minha casa,o caminho todo fomos conversando,Breno era um homem bom,batalhou muito para ter tudo que tem e pelo visto vive rodeado de urubus. (....) Chegamos.Digo abrindo a porta. -Olá,seja bem vindo.Heitor diz com as meninas do seu lado. -Olá,então você é o Heitor,muito prazer.....Essas são minhas netinhas? Sim,essa é a Alice e essa a Beatrice. Meninas,esse aqui
Agora eu quero que você fique aqui e não saia.Digo parando de frente a casa. -Tudo bem,mas por favor traga meu menino. Prometo que vou fazer todo possivel. -Vamos.Ana diz. Vamos,por favor não diga que eu sou advogada,nem que conheço o pai da criança,eu irei apenas obervar o lugar e as atitudes da mãe. -Ok.Ela diz e nos dirigimos até a porta. Que gritos são esses? -É voz do Gabriel. Gabriel é a criança? -Sim. Certo,eu quero que você continue aqui e daqui cinco minutos toque a campanhia,eu vou até os fundos da casa. -Certo,mas não é melhor chamar a policia? Ainda não. Mas de hoje ela não escapa.Digo indo para os fundos da casa. Os gritos do menino eram aterrorizantes,eram de pura dor,chegando de frente a porta da cozinha vejo a mulher em cima da criança batendo em seu rosto,imediat