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DIA SEGUINTE
— Calma, calma. — Falo alisando as costas da Raquel, enquanto a mesma praticamente colocava os bofes para fora ajoelhada de frente ao sanitário.
— Eu não acredito que bebi tanto assim, eu nunca bebi assim. — Ela levanta o indicador em minha direção antes de concluir. — E eu nunca mais vou beber assim. — Termina de falar e voltar a enfiar a cara no objeto da cor branca diante dela.
— Nossa. — Eu seguro seus cabelos para trás. — Acho melhor pedirmos um remédio para você.
— Um chá de Gengibre e eu já estou novinha em folha. — Ela fala se levantando e indo até a pia se limpar. — Me desculpa amor, eu devo ter te acordado ao chegar assim ontem não é? Devo ter te assustado.
— Mas foi eu que te trouxe Raquel.
— Que? — Ela vira para m
— Como assim não chegou? — Eu gelo na hora.— Procuramos ela, queríamos falar com vocês duas, mas ela não está aqui, bom a gente não achou.— Eu vou procurar. — É a decoradora que fala e saí.— Mas ela saiu de casa cedo, antes de mim, foi se arrumar na casa das avós dela. — Eu estava prestes a surtar.— E é longe? — Aline pergunta.— Um pouco, mas qual parte do "ela saiu de casa cedo" você não entendeu? — É eu já estava surtando. —Já deu tempo de chegar.— Calma Carla. — Aline acariciava as minhas costas, coisa que se era para me acalmar, só estava me deixando mais nervosa. — Você não falou com ela depois disso?— Claro que não. — Eu tiro a mão dela das minhas costas. — Porque você teve a
— Boa noite a todos! — O cerimonialista fala logo depois que eu e Raquel nos posicionamos em sua frente.Sim a gente entrou juntas, o nosso casamento já estava fugindo dos padrões mesmo, porque não? E como éramos sozinhas, nada melhor do que a companhia uma da outra nessa agoniante caminhada até o altar.Sentir a mão dela entrelaçada a minha nesse momento me acalmava, apesar de sua mão está fria e suada, definitivamente eu não era a única a estar extremamente nervosa.Mas era um nervoso bom, e acredito que o dela também, tipo aquele friozinho na barriga que sentimos em um primeiro encontro, ou aquela sensação de borboletas no estômago no primeiro beijo, sabe? A gente fica nervosa, mas é um nervoso bom, e por um motivo melhor ainda.— Estamos aqui hoje para celebrar as melhores coisas da vida, a confiança, a esperanç
— Raquel, chega. — Falo empurrando ela depois do beijo mais demorado do mundo. — Já disse para guardar isso tudo para a lua de mel. — Sussurro e ela rir.A mesma caminhada que a minutos atrás tinha sido agoniante devido a ansiedade e o nervosismo de estar me casando, agora é a caminhada mais feliz da minha vida, a caminhada com a minha esposa ao meu lado, minha esposa, como é prazeroso falar isso.Ouvi uma frase uma vez que dizia: " Se encontrares alguém disposto a caminhar contigo na chuva, não fujas, molhase!" E quer saber? Eu sempre gostei de tomar banho de chuva mesmo, e eu encontrei alguém disposto a fazer isso comigo, encontrei a Raquel, e a partir de hoje eu sei que terei ela ao meu lado, para o que for, até mesmo para um simples banho de chuva.— Estamos casadas. — Falei com ela já na porta do salão da festa.— Eu sei. — Ela une as
...Eu estou em pé, de frente para a nossa cama, e a Raquel está atrás de mim, sinto as mãos dela tocarem o meu ventre e depois subirem pelos meus braços, e pousarem em meus ombros, que ela aperta suavemente ao me deixar um pequeno beijo na nuca, coberta pelos meus cabelos.Que com toda delicadeza do mundo, ela junta os fios e os coloca apenas para um lado, sobre o meu ombro esquerdo para ser mais específica, seu beijo sobe até a minha orelha direita, onde ela também deixa uma mordida na pontinha dela, fazendo o meu corpo todo se arrepiar.— Eu te amo tanto. —Ela sussurra. —Tanto. —Beija o meu pescoço.As mãos dela agora se concentram no zíper do meu vestido, que ela desce devagarzinho, sem esbanjar nem uma pressa, até que o meu vestido de noiva esteja completamente fora do meu corpo, me deixando apenas de calcinha.Suas mãos agora pas
— Raquel? — Falo ainda com os olhos fechados.— Hmm. — Ela me responde em um som que emite sem abrir a boca.— Para com essa mania de ficar me olhando quando eu estou dormindo. — Com muito esforço abro os olhos devagar, os piscando várias vezes devido a iluminação que se forma no quarto por conta do dia ensolarado.— Eu adoro te ver dormindo. — Ela fala e acaricia os meus cabelos.— Você sempre acaba me acordando. — Bocejo.— Ela então se aproxima, apenas para os nossos lábios se tocarem por um mísero segundo, e volta a se afastar. — Me desculpa.— Desculpada. — Sorrio ao saborear o gosto daquele beijo e agora sou eu que junto os nossos lábios. — Bom Dia.— Bom
— Estou dando o que ela quer ver. — Então Raquel puxa o meu rosto e me beija, com toda intenção do mundo de provocar a mulher, porque ela brinca com a sua língua na minha boca de uma forma quase pornográfica.Eu rio ao ver a mulher ficar cada vez mais vermelha de raiva, e acabo entrando no jogo da Raquel, coloco uma perna sobre as delas, que ela logo agarra, fica passeando a mão e a arranhando com as unhas, enquanto volta a me beijar o pescoço e a bochecha.Desde que eu entrei nesse universo, eu sabia o que eu ia ter que enfrentar, e talvez esse também foi um dos motivos deu tanto me negar, sabia o quanto somos perseguidos, e muitas vezes sofremos pelo preconceitos dos outros, mas quando eu finalmente me decidi, decidi também não me chocar ou sofrer sempre que eu encontrasse alguém desse tipo.Pessoas ignorantes, pequenas de mente e alma, que preferem julgar quem ama, talvez
Búzios, Rio de Janeiro, Casas Brancas Boutique Hotel & Spa.— Boa Tarde, em que eu posso ajudar? — Uma moça com aparentemente uns 34 anos de idade, pergunta atrás do balcão da recepção do hotel, assim que eu a Raquel nos aproximamos.— Temos uma reserva. — É a Raquel que fala — Nomes por favor?— Está em nome de Raquel Sánchez. — Antes mesmo da menina uniformizada solicitar, a Raquel já lhe entrega seus documentos.— A obrigada. — Ela fala e volta a se concentrar em seu computador.— Não é lindo? — Raquel dirige a sua fala a mim agora, perguntando sobre o hotel.— Lindo. — Dou um giro admirando o local. — Assim como você. — Falo e ela sorrir.Um verdadeiro lugar paradisíaco, parece realmente planejado para a lua de mel perfe
Já estávamos as duas dentro do ofurô, era um dos grandes, para seis pessoas, mas era só eu e ela no momento, e ele ficava em mais uma sala reservada, agora pensem, estávamos imersas naquela banheira, a água quente com o objetivo de nos relaxar, e uso do biquíni foi totalmente descartável, não precisa ser um gênio para saber o que aconteceu.Me aproximo de seu corpo, e a minha mão direita resvala pelo seu braço esquerdo, ao mesmo tempo em que deixo beijos na lateral de seu rosto, abraço o seu corpo e pouso minha cabeça em cima de seu ombro, ficando ali parada apenas por uns instantes, pois minha visão logo é direcionada a sua intimidade e aquilo me acende.Volto a tocar seu braço, e os meus lábios agora se dedicam a lhe beijar a área do pescoço, que eu logo seguro com aquela mão que