Caio olhou para Marta e perguntou:— Quanto tempo seu pai está preso?Marina respondeu:— Já faz três anos, ele está prestes a ser libertado. Vim trabalhar aqui para me distanciar dele, pois sempre me assediava, e houve uma vez que minha mãe quase o matou.Caio, incapaz de se conter, exclamou:— Ele é um canalha, como pode fazer isso com a própria filha que criou?Marta, com um sorriso amargo nos lábios, respondeu:— Ele nunca me violentou, mas planejava me vender por um bom preço. Ele sempre quis me comercializar para um homem rico como amante, mas minha mãe sempre o impediu. — Ela fez uma pausa e continuou. — Mais tarde, ele foi preso por envolvimento em uma briga, e minha mãe e eu finalmente pudemos respirar aliviadas. Minha mãe pagou meus estudos em arte, apenas para me tirar de casa mais cedo e me manter longe dele.Caio sentia mais do que simples compaixão.Ele sempre via notícias sobre violência doméstica, mas naquele momento percebeu que esses canalhas realmente existiam.Ele c
Marina sabia que Caio estava fazendo isso de propósito, mas era verdade que Marta estava com fome.Marina olhou para João, que estava sentado à frente e disse:— Presidente João, a colega da minha amiga não está bem de saúde, então, por favor, permita que ela coma os petiscos e a salada primeiro, podemos pedir mais depois.João, sempre um cavalheiro, se levantou e colocou os petiscos e a salada na frente de Marta, dizendo gentilmente:— Ainda não começamos a comer, pode começar.Marta, um pouco envergonhada, agradeceu:— Obrigada, Mari, obrigada Presidente João.João sorriu levemente e se sentou em frente a Marina e disse:— Ela parece ser muito sensata.Marina respondeu:— Ela não é apenas sensata, mas também uma excelente estudante, foi a primeira colocada em sua turma na Faculdade de Belas Artes da Cidade B, mas teve que interromper os estudos por problemas de saúde.João pausou com o garfo na mão e olhou para Marina com as sobrancelhas erguidas:— Precisa de ajuda? Eu conheço um ca
João gentilmente serviu um copo de suco para Marina e então disse: — Srta. Marina, sei que você fundou um estúdio e que este filme é muito importante para vocês, gostaria de investir mais cinquenta milhões. Marina sorriu e respondeu: — Presidente João, você sabe que este é o primeiro projeto do meu estúdio, não teme perder dinheiro? João respondeu: — Não, confio no meu julgamento, você certamente não me fará perder dinheiro, e mesmo que perca, não importa, considero isso uma tentativa no ramo do cinema. Marina disse: — Presidente João, já que você confia tanto em mim, certamente não o deixarei perder dinheiro. Será um prazer cooperar com você. Ambos ergueram suas taças e brindaram. Ao ouvir essa conversa, Marta imediatamente se inclinou para o ouvido de Caio e sussurrou: — Dr. Caio, Mari acabou de estabelecer um estúdio e certamente precisa de contatos. Você pode começar por aí. Não adianta apenas insistir com ela, você precisa estar lá quando ela enfrentar dificuld
Caio inclinou a cabeça em direção a Marina e disse: — Olha a próxima, é mais bonita que esta.Marina, sem pensar muito e achando que era outro retrato, deslizou o dedo para a próxima imagem. O que apareceu, no entanto, foi uma foto de Caio a beijando, tirada em casa. Ela vestia um pijama que era ao mesmo tempo inocente e sedutor, encostada na janela de vidro da varanda, com um copo de vinho tinto na mão, o rosto visivelmente corado. Caio, em um terno impecável, com uma aparência respeitável, ajustava a gravata enquanto beijava seus lábios. Ela se lembrava claramente, era a noite em que tinha voltado de um mês de filmagens, primeiro foi ao banheiro tomar um banho, depois ficou na varanda bebendo vinho e observando a paisagem noturna. Caio chegou do trabalho, viu ela ali e a beijou impacientemente. Naquela noite, eles fizeram amor apaixonadamente na varanda por um longo tempo. Caio, esse homem sem vergonha, enquanto perguntava se a paisagem lá fora era bonita, fazia amor com
Marta fez uma pausa antes de continuar falando:— Se você fosse um pouco mais apaixonado por Mari e a tratasse com mais carinho, eu acredito que, no final, ela escolheria você.Caio perguntou:— Sério?Marta respondeu:— Claro, nós, que pintamos, temos o dom de ver as pessoas, senão, não conseguiríamos captar a alma delas.— Está bem, vou seguir seu conselho. Você já comeu? Posso te levar de volta ao hospital?— Eu já comi, podemos ir.Caio levou Marta de volta ao hospital e, então, se dirigiu diretamente para a Mansão dos Vieira.João estava levando Marina até a entrada do condomínio onde ficava a Mansão dos Vieira, quando, estava prestes a entrar, Marina o interrompeu e disse:— Você pode me deixar aqui na entrada, vou ao supermercado comprar algumas coisas.João imediatamente estacionou o carro, saiu do lugar do motorista, abriu a porta do passageiro e protegeu a cabeça de Marina enquanto dizia:— Posso ir com você.Marina sorriu e respondeu:— Não precisa, são só coisas de mulher,
Irritada, Marina lançou um olhar feroz para ele e pegou suas coisas para pagar a conta.Caio pegou uma caixa de chocolates da prateleira e correu atrás dela falando: — Você está com dor de estômago? Espere um pouco, quando chegar em casa, faça um chocolate quente.Ele colocou as coisas no carrinho de compras de Marina.Depois de pagar, quando Marina estava prestes a pegar suas coisas e sair, se ouviu alguém gritar:— Eu ouvi dizer que a Marina mora neste condomínio, alguém a viu entrar neste supermercado agora.— Onde ela está? Eu realmente quero vê-la pessoalmente, todos dizem que ela é mais bonita do que na TV.Enquanto dois fãs procuravam Marina com seus celulares, Caio puxou a cabeça de Marina para seu peito.Ele cobriu a cabeça dela com seu casaco e disse em voz baixa: — Se você não quer ser fotografada, fique quieta.Marina se debateu um pouco e disse: — Você está tentando me prejudicar? Seu rosto é provavelmente mais fácil de ser reconhecido do que o meu, se as pessoas virem
Caio estava vestindo um pijama de seda preto, encostado à janela, com um cigarro ainda aceso entre os dedos e uma taça de vinho na outra mão, que ele balançava casualmente, exibindo um ar devasso e charmoso. Ele ergueu a taça para Marina e sorriu com o canto da boca. Marina olhou-o furiosamente, prestes a entrar em casa, quando em seu celular recebeu uma mensagem: [O chocolate quente precisa ser bebido enquanto está quente. Comprei mais um adesivo térmico para o útero na farmácia e vou trazê-lo logo. Coloque antes de dormir.] Marina respondeu imediatamente: [Não precisa, já tenho aqui. Vou dormir agora.] Caio respondeu: [Já chamei o entregador. Ele chega em cinco minutos. Obedeça, seque o cabelo antes de dormir. Caso contrário, você pode pegar um resfriado e a dor de estômago pode piorar.] Marina respondeu: [Não se meta.] Caio respondeu: [Se você não obedecer, eu vou aí agora secar seu cabelo. Acredita?] Marina acreditava. Caio, esse homem descarado, sempre foi sem vergon
Naomi viu Marina descendo as escadas, correu até ela e entregou a ela algo que segurava, dizendo com sinceridade: — Mari, comprei este batom para você, combina muito com seu tom de pele e sua elegância. Antes, eu estava errada, pensei que você estava tentando seduzir meu irmão de propósito, respondendo de forma vaga aos sentimentos dele, por isso queria descontar em você. — Ela fez uma pausa e continuou. — Mari, por favor, me perdoe por minha imaturidade, não quero que nossa briga cause uma ruptura entre nossas famílias. Meu avô está tão deprimido que o Sr. Carlos não fala com ele e não consegue nem comer. Mari, você poderia me perdoar para que nossas famílias possam ser tão próximas como antes?Marina olhou nos olhos sinceros de Naomi e não pôde evitar um resmungo interno. Naomi estava usando o relacionamento entre as famílias para pressioná-la? Naomi disse que era jovem e não entendia, mas Marina achava que Naomi era bastante astuta, Naomi tinha se desculpado proativamente, cer