Marina olhou para ele friamente, querendo recusar, mas diante do desafio, ela nunca conseguiria comer as dez ervilhas sozinha.Se não conseguisse completar a tarefa, ela não poderia sair daquela sala, e teria que continuar na companhia de Caio, o desgraçado.Pensando nisso, Marina forçou um sorriso e, sem cerimônia, comeu as ervilhas da mão de Caio.A algema entre eles era muito curta, e para facilitar que Caio a alimentasse, Marina teve que se inclinar para frente.— Caio, você pode apressar isso?Caio balançou a corrente e disse:— Este negócio é muito curto, não dá para ser rápido, aproveite o processo.Ele lentamente pegou uma ervilhas com o garfo e colocou na boca de Marina, mas essa conversa aparentemente normal causou um grande alvoroço no estúdio ao vivo.Marina, querendo contrariar Ricardo, tinha virado a câmera.Agora, as pessoas no estúdio ao vivo não podiam vê-los, apenas ouvir suas vozes.Essas falas podiam facilmente levar a imaginações exageradas.[O que Marina e Caio es
— Caio, você é um cretino. — Disse Marina, arremessando seus punhos contra ele.Nos últimos dois dias, ela tinha sido quase levada à loucura por esse homem desprezível, querendo despedaçá-lo e comer sua carne.Caio, sendo atingido pelos golpes, permanecia imóvel, com um sorriso nos lábios, observando Marina bater nele como um gato selvagem, suas mãos pequenas eram como as patas de um gato, fazendo seu coração tremer.Quando suas mãos começaram a doer, Caio, ainda sem se mover, emitiu um som rouco:— Se isso não te acalmar, posso te arrumar um bastão. Você está machucando suas mãos desse jeito.Então Marina parou de bater, olhando para suas mãos um pouco vermelhas, e disse irritada:— Por que você tem que ser tão duro? Por que não pode engordar um pouco mais?Caio deu um riso lascivo.— Eu sou duro em todo lugar, você não sabia disso?Essa fala, carregada de duplo sentido, fez Marina ranger os dentes de raiva, seus olhos brilhantes e negros se fixaram nele.— Caio, não pense que só porq
Caio ficou imediatamente frio.Ele tinha seguido Marina por quase todo o dia e, no final, ela foi levada por outro. Ele era tão fácil de provocar?Ele imediatamente ligou o carro e acelerou, bloqueando o carro preto à sua frente.Desceu do carro com uma expressão sombria, bateu na janela do carro alheio, e disse sem um pingo de calor na voz:— Você ousa levar alguém que é meu? Você não quer mais viver?Assim que terminou de falar, a janela do carro preto se abriu lentamente, revelando o rosto imponente de Catarina.Caio estava prestes a soltar palavrões e repreender, mas ao ver claramente o rosto, todas as palavras ficaram presas em sua garganta.Com um sorriso rígido, ele disse:— Sr. Catarina, é você?Catarina deu uma risada fria e disse:— O que foi? Eu levo minha filha para casa e você também quer interferir?Caio imediatamente sacudiu a cabeça sorrindo.— Não, eu não sabia que era você, pensei que fosse algum homem desonesto.Catarina disse:— Então, na sua visão, minha filha é um
Enquanto Marina observava a paisagem pela janela, seu celular tocou. Ao ver quem estava ligando, ela prontamente se animou e atendeu a chamada. A voz meiga de Anselmo ecoou em seus ouvidos: — Madrinha, onde você está? Estou com saudades. A voz de Marina se suavizou ao responder: — Devo chegar em cerca de uma hora. — Que bom, hoje o papai está pagando, tem muita gente aqui em casa, e prepararam muita comida gostosa, vou guardar um pouco para você. Ao ouvir essas palavras afetuosas, a irritação de Marina finalmente se dissipou. Ela disse, sorrindo: — Eu também comprei algo gostoso para você, nos vemos em breve. — Certo, madrinha, tchau. Depois de desligar, Marina se animou. — Papai, logo mais irei à festa com o Au, você vem comigo? Catarina sorriu: — Vou deixar os jovens se divertirem. Tenho que encontrar um cliente agora e amanhã volto para a Cidade C. — Tudo bem, então verei meu afilhado sozinha. Uma hora depois, Marina bateu na porta. Anselmo correu até ela c
Ouvindo isso, Caio se lembrou de que Marina estava menstruada. Rapidamente, ele serviu um copo de água quente para ela e disse com solicitude: — É minha culpa, como pude esquecer algo tão importante? Quando voltarmos, vou aquecer sua barriga. Ele falou de maneira descarada e apaixonada, o que fez Marina lançar a ele um olhar furioso. Marina respondeu friamente: — Não se incomode, Dr. Caio, eu tenho um adesivo térmico para útero, eu posso cuidar de mim mesma. Após falar, Marina pegou um pedaço de frango e colocou no prato de Anselmo, sorrindo. — Querido, experimente isso. Isso é um favoritismo que sua mãe tem por mim, ela sabe que eu queria comer frango grelhado com limão, então ela o preparou para mim. Anselmo mordeu um pedaço de frango e fez uma cara azeda. — Madrinha, tem muito limão, está muito azedo. Marina respondeu: — Azedo? Eu acabei de comer um e estava perfeito. Anselmo pegou um pedaço de frango com um garfinho e o ofereceu a Caio, sorrindo com os olhos ap
Heitor segurou a mão de Aurora, olhando ela com profundo afeto.Irritado, Caio apertou os dentes com força ao dizer:— Heitor, então você e Aurora já sabiam que a Marina era minha noiva, mas nunca me contaram, certo?Heitor deu uma risada despreocupada.— Você não é tão tolo, finalmente descobriu a verdade.Ao ouvir isso, Caio chutou Heitor com raiva.— Heitor, isso é demais! Você esqueceu como eu te ajudei quando você estava atrás da Au? Como pode, quando é a minha vez, ficar de fora e não fazer nada? Como você pode ser tão desavergonhado?Heitor olhou para ele de soslaio.— A culpa é sua por ser tolo, não me culpe. Você quase descobriu a verdade várias vezes, foi você quem escolheu não acreditar. A Marina é madrinha do meu filho, amiga da minha esposa, é claro que eu a apoio. Quanto a você, meu amigo, sinto muito te incomodar.Caio, visivelmente irritado e com uma expressão de dor, olhou para Marina.— Marina, eles estão se juntando para me intimidar, se você não me ajudar, hoje vou
Marina não recusou, concordou com um aceno:— Tudo bem, eu o levo de volta, fiquem tranquilos.Ouvindo Marina, Caio esboçou um sorriso nos lábios e acenou para Heitor.— Minha esposa e eu vamos embora agora, vão dormir cedo.Irritada, Marina beliscou o traseiro dele.— Se você continuar falando bobagens, vou te ignorar.Assustado com a ameaça, Caio não ousou dizer mais nada e seguiu Marina.Os dois desceram a escada tropeçando até chegarem ao carro de Caio, onde Marina disse:— Caio, me dê as chaves do carro.Se apoiando em seu ombro, Caio murmurou:— Estão no bolso da minha calça, pegue você mesma.Marina apertou os dentes. Se não fosse porque Heitor tinha uma missão no País da Montanha Solitária no dia seguinte, ela não se importaria com aquele idiota.Ela enfiou a mão no bolso da calça de Caio, não encontrou nada do lado esquerdo, então passou para o direito, através do tecido, sentiu algo que não deveria, ardente e duro.Rapidamente, Marina retirou a mão e repreendeu Caio:— Caio,
Ao ouvir isso, Marina percebeu que o comentário de Naomi era direcionado a ela.Marina respondeu com um riso frio:— Eu trouxe a pessoa, cuide bem dele, e quanto ao Caio, eu nunca me preocupei com ele.Após dizer isso, ela se virou e saiu.Caio estava prestes a segui-la, mas Naomi o deteve.— Irmão, ela não gosta de você, por que insistir em agradar ela? Vamos, eu te ajudo a entrar.Dito isso, ela conduziu Caio para dentro do salão.Marina saiu da Mansão dos Dias, olhou para trás e um sorriso frio surgiu em seus lábios.— Se eu me casasse com Caio, com certeza estaria louca.Logo após, ela entrou em um táxi.Em outro local.Aurora e Heitor acabavam de arrumar as coisas, já passava das onze horas, e após tomar banho, se deitaram na cama, abraçados.Ninguém falava, apenas sentiam os batimentos cardíacos um do outro em silêncio.Não se sabe quanto tempo passou, Heitor se inclinou para beijar a testa de Aurora, e sua voz rouca murmurou:— Você está preocupada comigo?Os olhos luminosos de