Os olhos de Heitor estavam sombrios. Ele sabia perfeitamente a importância dos dados tecnológicos dos chips para o Grupo Duarte. Levou cinco anos e investiu centenas de bilhões para desenvolver essa tecnologia de chip, o que lhes permitiu resistir ao monopólio do País da Montanha Solitária nesse setor. Se esses dados fossem perdidos, os produtos futuros poderiam não conseguir ser lançados, causando um grande prejuízo.Heitor imediatamente largou o celular, entrou em seu escritório e acessou o sistema do computador para rastrear os dados perdidos. Quando Caio e Marina entraram, ele estava franzindo a testa para a tela do computador. Sem levantar as pálpebras ou parar de digitar ao ouvir os sons, ele continuou focado. Vendo ele assim, Caio percebeu que algo sério havia acontecido. Imediatamente se aproximou e perguntou:— Houve um problema na empresa?A voz de Heitor estava abafada e um pouco rouca:— O sistema de firewall foi violado e os dados da tecnologia dos chips foram perdi
— Caio, por que você ainda está jogando? Não vai deixar ninguém dormir? Ela esfregou o rosto nas coxas de Caio algumas vezes, sentindo sua respiração quente e úmida soprar na parte inferior do abdômen dele. Uma corrente elétrica suave e formigante percorreu instantaneamente todo o seu corpo. Caio parou o que estava fazendo, acariciou a cabeça de Marina com um gesto amplo e disse com voz rouca: — Tudo bem, vou abaixar o volume para você dormir.Ao ouvir essa voz, Marina teve ainda mais certeza de que estava deitada no próprio sofá de casa. Ela estava usando seu travesseiro de pelúcia em forma de porquinho como almofada. Sem hesitar, ela abraçou a cintura de Caio, esfregando seu rosto quente nas coxas dele mais algumas vezes. Ela murmurou: — Se você continuar me incomodando, vou acabar com você. No entanto, seus movimentos apenas incitaram Caio, tornando difícil para ele se concentrar no jogo. Ele olhou para baixo, para a mulher em seus braços e para aquela boca que nun
Caio falava enquanto acariciava delicadamente a bochecha de Marina com sua mão grande. O rosto bonito do homem se inclinava gradualmente, seus olhos apaixonados brilhavam com uma luz fragmentada e seus lábios esboçavam um sorriso quase imperceptível. O calor de sua respiração avançava em direção a Marina, fazendo seu pequeno coração bater rapidamente. Justo quando seus lábios estavam prestes a se tocar, Marina subitamente se deu conta da situação.Ela rapidamente cobriu os lábios de Caio com a mão:— Homens ruins não são bons para nada, querendo aproveitar a oportunidade para tirar vantagem de mim, sonhe alto!Caio arqueou uma sobrancelha para ela:— Você pensou que minha compensação seria um beijo?Marina perguntou:— Não é?Caio riu baixo:— Eu realmente queria que você cozinhasse para mim como compensação, mas se for para mudar para esse método, eu posso aceitar de má vontade.Dito isso, ele baixou a cabeça tentando beijá-la. Marina, assustada, imediatamente se libertou de seus
Depois de falar, ele estendeu a mão em direção a Aurora. De maneira abrupta, Aurora se sentou na cama e chutou com força a virilha dele. O homem gritou de dor, se agarrando à virilha enquanto girava no chão. Um homem de cabelos loiros, que estava atrás dele, viu isso e correu imediatamente em direção a Aurora, esbofeteando ela no rosto. — Vadia, se o meu chefe te quer, considere isso uma bênção. Ao segui-lo, comerá e beberá do bom e do melhor, mas ainda assim ousa resistir? Está procurando a morte?Aurora foi atingida até ficar tonta, com sangue escorrendo do canto da boca. Um homem tatuado chutou o traseiro do homem de cabelos loiros, xingando: — Se afaste, eu gosto de mulheres com um temperamento ardente assim, isso sim é que é interessante.Ele estendeu a mão grande para limpar o sangue do canto da boca de Aurora, mas ela o golpeou novamente. Sabia que ser dura com esses homens não traria bons resultados. Precisava encontrar uma maneira de ganhar tempo, esperando por um resg
Aurora imediatamente desceu da cama e se lançou nos braços de Heitor.— Heitor.Com o reencontro, depois de uma separação que pôs suas vidas em risco, ambos sentiam uma dor indescritível. As palavras que queriam dizer estavam todas presas na garganta enquanto se abraçavam apertadamente. Heitor, com os olhos úmidos e vermelhos, olhava para Aurora e beijava repetidamente sua testa. Sentindo o calor do corpo de Aurora e sua respiração, ele finalmente percebeu que isso não era um sonho, mas sim a realidade. Ele realmente tinha encontrado sua Au e ela ainda estava viva.— Au, desculpe, cheguei tarde.Lágrimas corriam pelo rosto de Aurora:— Heitor, a Sarah me chutou várias vezes. Não sei quanto tempo fiquei à deriva no mar, estava tão assustada, temendo que nosso filho não sobrevivesse.Os chutes de Sarah foram fortes, todos atingindo seu baixo ventre. Naquele momento, ela sentiu uma dor intensa ali, além de ter ficado à deriva no mar por tanto tempo, estando ainda em um período crític
Heitor segurava a delicada mão de Aurora, beijando ela repetidas vezes nos lábios. Lágrimas quentes escorriam por seus olhos. Ele se encontrava incapaz de descrever seus sentimentos naquele momento, não sabia se era alívio por terem sobrevivido a um desastre ou alegria por ter recuperado o que julgava perdido. Heitor já estava preparado para o caso de terem perdido o bebê e como consolar Aurora. Profundamente emocionada, Aurora demorou para conseguir falar. Ela apenas chorava em silêncio. Se passou um tempo até que ela finalmente falou, com voz rouca:— Heitor, eu não perdi nosso filho. Quando Sarah me chutou, eu protegi com meu braço. Sou uma boa mãe, protegi nosso filho.Ao ouvir isso, Heitor sentiu como se algo perfurasse seu peito, causando uma dor intensa. Ele não precisava pensar para saber quanto Aurora tinha sofrido para proteger o bebê. Abraçou ela fortemente, beijando o topo de sua cabeça.— Você é incrível, você é a melhor mãe do mundo. Au, eu te amo.Ele beijava as
Aurora estava fisicamente debilitada, deitada nos braços de Álvaro, e chorou até adormecer. Observando seu rosto esguio, Álvaro sentiu um presságio sombrio, se lembrando das palavras que ela disse pouco antes. Ele acariciava a testa de Aurora, com os olhos marejados de tristeza.— Au, você descobriu algo?Desde que retornou, Aurora havia relaxado completamente e ficado inconsciente por dois dias e duas noites. Durante esse tempo, percebeu que pessoas vinham visitá-la. Ouviu Marina chorando e a repreendendo, sentiu Manuella segurando sua mão e chorando baixinho. Ela queria abrir os olhos para vê-las, mas seus olhos pareciam estar colados, impossíveis de abrir. Ela nem conseguia distinguir se isso era um sonho ou realidade. Se revia deitada nos braços de seu pai adormecida, relembrava o desespero dele ao abraçar seu corpo inerte depois de ela ter tentado suicídio ao pular no lago por causa de Maia. A ternura que seu pai lhe ofereceu desde a infância passou por sua mente. A ima
Heitor levantou uma sobrancelha para ele:— Isso vai depender de como você se comporta. Ela é minha esposa e me escuta muito.A intenção de Heitor era clara: para que Aurora o reconhecesse, Kauan teria que passar por ele primeiro. Kauan, internamente relutante, se mostrou extremamente disposto exteriormente. Ele se inclinou para perto do ouvido de Heitor e sussurrou:— Tudo bem, qualquer exigência que você tiver, farei o possível para atender, meu querido cunhado!Ele enfatizou intencionalmente a palavra "cunhado" e tinha um sorriso presunçoso nos lábios. Heitor, surpreso por um momento, olhou para ele por alguns segundos, depois sorriu levemente:— Quer que eu te chame de cunhado? Talvez na próxima vida.Kauan respondeu calmamente:— Não fale tão definitivamente. Um dia você vai implorar para me chamar de cunhado.Heitor, irritado com seu ar de superioridade, rangia os dentes. Nesse momento, o celular de Kauan tocou. Do outro lado, a voz apressada de Iolanda soava:— Irmão,