Depois de falar, ela agarrou o pulso de Sarah com força. No mesmo instante, Sarah sentiu uma dor lancinante se espalhar por todo o seu corpo.- Aurora, minha mão ainda não está curada. Se você ousar me tocar, vai se arrepender profundamente!Aurora soltou uma risada fria:- Sarah, agora que não tenho nada, por que teria medo de você? Você me incriminou várias vezes. Como eu poderia não acertar as contas com você devidamente? Você disse que eu machuquei sua mão, impedindo ela de participar do concurso de piano. Então está bem, vou realizar seu desejo, para você entender o que significa ser machucada! - Dito isso, ela apertou com força, e um som nítido de algo se quebrando foi ouvido, seguido pelo grito agudo de Sarah.- Aurora, minha mão! Você realmente quebrou minha mão. Você sabe quanto valem estas mãos? Mesmo que você gaste toda a sua fortuna, não será suficiente para compensar!- Bem, isso é perfeito, porque nunca tive a intenção de compensar! - Após falar, ela forçou novamente, e
Lágrimas caíam como chuva dos olhos de Sarah.A mão ferida foi elevada diante dos olhos de Heitor.Ela havia corrido para o hospital para ser tratada e voltou sem demora, tudo para surpreender Aurora em flagrante.Mas jamais imaginou se deparar com essa cena.Heitor estava ciente de que Aurora havia perdido o bebê e, mesmo assim, a tratava com tanto carinho. Será que seu plano meticulosamente elaborado havia falhado?Enquanto chorava, Sarah tentou se aproximar de Heitor.Mas, antes que conseguisse chegar perto, Heitor afastou Aurora, protegendo ela.Ele olhou friamente para Sarah, sua voz desprovida de qualquer emoção.- Ela esteve comigo o tempo todo. Como teria te machucado?Ao ouvir isso, Sarah ficou chocada.Olhou para Heitor, incrédula, com os olhos transbordando lágrimas:- Aurora me feriu quando estava no banheiro, Heitor. Estou dizendo a verdade. Se não acredita, pode verificar as câmeras.Heitor então solicitou a um dos atendentes:- Me traga as gravações.Dez minutos depois,
Heitor olhava para ela com uma expressão de desagrado, e seu tom de voz não era nada amigável.- Te dei uma chance e você não quis. Agora se arrependeu e quer mirar na minha avó?Aurora não entendia o que estava acontecendo.Ela virou a cabeça para olhar a idosa ao seu lado, incrédula:- O seu neto é ele?A idosa sorriu, assentindo:- Sim, vocês se conhecem? Isso é maravilhoso! Já têm uma base emocional, a convivência entre vocês será menos constrangedora.Aurora soltou um riso sem graça:- Desculpe, vovó, mas agora que sua família veio buscá-la, eu tenho outros compromissos. Vou indo.Aurora acabava de se levantar quando Heitor segurou seu pulso firmemente.- Vai embora assim, depois de bater em alguém?Aurora sorriu friamente:- O Presidente Heitor esqueceu, eu tenho uma câmera no carro. Tentar montar um esquema para me incriminar não vai funcionar!Ela se virou sem piedade e partiu.Mas não havia dado muitos passos quando ouviu a voz gélida de Heitor.- Aurora, por que se dar ao tra
Simão respondeu imediatamente:- A secretária Aurora está no seu escritório, chegou há meia hora.Heitor sentiu como se algo pesado tivesse atingido seu peito.Sua voz se aprofundou um pouco:- Adie meus compromissos para mais tarde. - Disse e, com suas longas pernas, caminhou rapidamente em direção ao escritório.Ao abrir a porta do escritório, a primeira coisa que viu foi a silhueta familiar em frente à janela do chão ao teto.A garota estava vestida de maneira simples, com uma camiseta preta e uma saia curta verde-escura.Seu cabelo estava solto em um coque desarrumado, expondo seu pescoço branco e delicado.Suas longas pernas brilhavam de tão brancas.Heitor deu apenas uma olhada e sentiu como se algo dentro dele tivesse pegado fogo.Ele suprimiu as emoções que surgiram em seu coração.Caminhou despreocupadamente até Aurora.Sua voz era profunda e magnética.- Mudou de ideia?Aurora se virou lentamente, seu olhar era calmo ao encarar Heitor.Seu rosto delicado parecia ter vestígios
Quando Aurora chegou à delegacia, Marina estava sentada na sala de interrogatório, algemada.Com uma expressão calma, ela encarava o policial à sua frente, se defendendo incessantemente, sem mostrar nenhum sinal de medo.Aurora se apressou em sua direção, perguntando educadamente:- Olá, sou amiga dela. O que exatamente aconteceu?Antes que o policial pudesse responder, Marina interveio:- Depois que você desapareceu ontem, o Igor foi buscar a ajuda do pai dele por sua causa, e eu fiquei sozinha. Achei que você tinha ido atrás daquele homem e, chateada, foi beber no bar. Coincidentemente, vi a Sarah lá, se gabando sobre o assunto do tio Álvaro. Você deveria ter visto a cara dela, parecia que tinha ganhado na loteria. Não me contive e acabei insultando ela, mas foram só algumas palavras. E então, esta manhã, eles me trouxeram aqui, alegando que o carro da Sarah foi vandalizado e suspeitam que fui eu. Não importa o quanto eu explique, eles não me escutam.Ao ouvir o nome de Sarah, Aurora
O coração de Aurora estava como se fosse firmemente agarrado por uma grande mão, a dor era tanta que ela mal conseguia respirar.Ela ficou paralisada no lugar, seu corpo começou a tremer incontrolavelmente.Marina percebeu que algo estava errado, tocou sua mão e chamou:- Au, Au.Depois de várias tentativas, Aurora finalmente reagiu.Seu rosto, pequeno como a palma da mão, estava pálido como papel.Ela virou a cabeça lentamente, olhando com olhos repletos de ódio para a mulher.Os cantos de seus lábios tremeram algumas vezes, e com voz rouca, disse:- Você não merece! - Após falar, ela puxou Marina em direção ao carro.Sentada no banco do motorista, suas pernas ainda estavam tremendo.Marina a puxou suavemente, dizendo:- Desça, eu vou dirigir.Aurora não insistiu, saiu do banco do motorista e se sentou no do passageiro.Ela encostou a cabeça no encosto do banco, desejando fechar os olhos, mas as lágrimas escorriam inconscientemente dos cantos de seus olhos.As lembranças ruins de sete
Alguns minutos depois, Aurora bateu na porta do escritório do presidente.Seu rosto já não mostrava a assertividade de antes, substituída agora por um sorriso suave e natural, típico de uma mulher profissional.- Presidente Heitor, o senhor queria me ver?Heitor olhou para ela, notando suas mãos vazias, e franzindo levemente a testa, perguntando:- Cadê o café da manhã?Anteriormente, quando ele não tinha tempo para tomar café da manhã, Aurora sempre o preparava e trazia na empresa numa marmita térmica para ele.Aurora sorriu levemente e disse respeitosamente:- Presidente Heitor, o senhor prefere um café da manhã europeu ou um ocidental? Posso pedir para o senhor agora mesmo.- Você não preparou?Aurora sorriu sem jeito:- Presidente Heitor, parece que isso não estava incluído no contrato que assinei.Heitor a encarou sem piscar.Ele tentava encontrar no rosto dela a imagem de antes, quando ela o olhava com estrelas nos olhos.Mas agora, além de um sorriso formal, impossível de ser ma
Os documentos já estavam sujos e havia um cheiro desagradável emanando deles.Heitor tinha uma séria obsessão por limpeza; não era difícil imaginar o que aconteceria se ele recebesse esses documentos.Os dedos de Aurora, segurando os documentos, ficaram brancos de tanta força.Sarah, a mimada herdeira da família Cruz, se rebaixou a ponto de se tornar assistente no Grupo Alves.Qual seria o seu verdadeiro objetivo? Aurora sabia muito bem.Ela até poderia jurar que esse tipo de situação se tornaria frequente.Os belos lábios de Aurora se curvaram em um sorriso frio.Depois de alguns minutos, Aurora entrou novamente na sala de reuniões.Ao vê-la de mãos vazias, um sorriso de satisfação surgiu no rosto de Sarah, mas rapidamente desapareceu sem deixar rastros.Ela pareceu estar genuinamente pedindo clemência por Aurora, dizendo:- Heti, mesmo que este contrato não seja finalizado hoje, afetando bilhões em assinaturas, eu acredito que a secretária Aurora não agiu por mal. Você poderia, por f