Amanda
Guiei Derek até uma pequena sala mais próxima, que ficava na parte interna do salão de recepção. Ajudei-o a sentar-se numa cadeira aveludada, aparentemente confortável.
Ele estava abatido e quase não conseguia manter seus olhos abertos.
Procurei por água e, em seguida, sentei-me em sua frente.
— Beba um pouco. — eu lhe ofereci o copo com água.
— Você deve estar envergonhada pelo que fiz, não é?
Ele murmurou fraco, seu tom de voz cheio de sarcasmo.
— Eu...
— Tudo bem, vocês duas se dão bem. É normal que sinta-se envergonhada pelo que fiz. É normal que esteja me odiando agora. Mas... acho que deve saber que, bem, ela não é a santa que você acredita que ela é.
Suspirei fundo.
DerekEu havia bebido, é fato. Mas eu tinha total consciência do que estava dizendo, ou melhor, fazendo.Eu beijei Amanda.Não por um querer momentâneo ou por um simples impulso, beijei-a porque esse é o desejo que tenho tido há tempos, e que tenho escondido até de mim mesmo.Vê-la ali, tão perto de mim, me desconsertava. Eu sabia que não era o certo a se fazer, mas eu precisava de seu beijo para sobreviver. Eu precisava sentir o gosto de seus lábios pelo menos uma vez. Uma única vez. E eu estava certo de que jamais me arrependeria de fazê-lo.Depois que ela saiu, sentei-me na cadeira aveludada por longos minutos e revivi cada segundo de nosso beijo.Desde que Monnie se foi, fiz uma promessa de que meu amor seria apenas seu. Pro
Derek— Como assim sumiu?Sabrina arregalou os olhos.— Ninguém sabe ao certo, Brina... Estamos confusos e assustados. — Damen explicou, visto que eu era incapaz de dar explicações no momento. — Meg encontrou o echarpe dela nas proximidades da saída de emergência. Achamos que ela pode ter sido sequestrada, afinal de contas, por que ela iria embora sem nos avisar?— Mas quem a sequestraria?Damen deu de ombros.— Quem a sequestraria e porquê faria isso, estas são as duas questões do momento.— Temos de perguntar aos convidados. Certamente alguém a terá visto. Nós temos que...
AmandaApertei os olhos antes de abri-los.Senti uma dor forte e fina invadir todo o meu corpo.Tudo estava escuro.Só então notei que tudo estava escuro, simplesmente porque eu estava vendada.O que diabos havia acontecido? Eu estava amarrada. Por qual razão?Fechei os olhos e respirei fundo, tentando, de todas as maneiras, me recordar do que havia acontecido.Minhas mãos estavam amarradas com firmeza, o que me impedia de movê-las.Foi aí que me desesperei. Eu estava amarrada. Por qual razão?Lembre-se, Amanda. Vamos. Apenas lembre!, eu encorajava à mim mesma.Memórias da noite anterior voltaram à minha mente de maneira devastadora.
Derek— Fizemos o possível, Derek.Damen suspirou fundo e, em seguida, deu dois leves tapas em meus ombros.— O que nos resta é esperar... A polícia vai procurá-la. Temos que pensar positivo e esperar pelo melhor.Olhei de soslaio para Damen.— Não fizemos tudo. — sussurrei baixinho, sentindo-me sem força suficiente para falar. — Ela está lá fora, provavelmente com um psicopata e não fizemos tudo o que podíamos.— Irmão...— Não, Damen. Você não entende...Damen riu fraco.— Eu entendo
AmandaEu havia perdido a noção das horas. Gemia baixinho de tanta dor.Meus pulsos ardiam devido as cordas que os uniam.A porta do subsolo abriu, mostrando Stevan. Ele trazia consigo uma bandeja com frutas e outros petiscos.Mas, ao perceber minha agonia, depositou a bandeja em cima da cama e andou em minha direção.— O que foi, querida? — ele crispou a testa e ajoelhou-se para ficar na mesma altura que eu.Queria gritar. Dizer o quanto o odiava. Queria cuspir em seu rosto. Queria bater nele até vê-le gemendo de dor.Mas não podia.Eu sequer conseguia respirar de tanta dor.— O bebê... — mordi os lábios c
DerekO endereço que Aspen descobriu, nos levou a uma grande casa, numa área mais isolada da cidade.Para meu total azar, a casa não parecia estar sendo habitada por ninguém, visto que toda a sua frente parecia deteriorada.— Seja quem for esse tal de Stevan, devo admitir que é um cara esperto. É claro que ele não a traria para cá.Damen rolou os olhos e eu suspirei profundamente.Olhei novamente para a casa em busca de qualquer coisa, algo insistia em me dizer que Amanda estava mais perto do que eu poderia imaginar.— Ou ele quer que pensemos isso. — eu disse, pensativo. — Que ele é esperto o bastante para não trazê-la para cá.
AmandaEstava quase inconsciente quando ouvi o barulho de alguém descendo as escadas.Era Stevan.Abri meus olhos com dificuldade, e o vi parado à minha frente.— Como você está, querida? Sente-se melhor?Não conseguia falar. Não tinha forças para falar.Eu apenas estava sentindo.Dor. Raiva. Medo. Tudo.— Você não me parece muito bem. — ele desdenhou. — Mas vai ficar. Oh! Já estava me esquecendo...Ele brutamente ergueu-me do chão, sem dor nem piedade.Stevan segurou-me apenas pelos ombros, e eu procurei forças dentro de mim para permanecer ali, viva
Derek— Deixe-o ir, Stevan. Vamos ser felizes juntos, do jeito que você quer, está bem? Eu aceito, eu juro!Amanda estava aos prantos. Stevan ponderou por alguns segundos. Mesmo assim, permanecia com a arma apontada em minha direção, o que me impedia de raciocinar e agir.— Você não está me enganando, está? Mandy, eu não vou tolerar...Amanda arrastou-se com dificuldade até Stevan e segurou em suas pernas.— Eu te dou minha palavra. Deixe-o ir, e eu prometo, vou embora com você pra qualquer lugar que quiser ir.— Não, Amanda! Não vou permitir! — rosnei.— Cale a maldita boca! — rosnou ele, irritado. Por um mísero segundo meu corpo ficou estático. Qualquer reaç&atil