LeonardoEra segunda-feira, início de mais uma semana, e eu estava na cozinha com a Luna, aproveitando o momento tranquilo antes da correria do dia. Quando me virei, a cena era adorável: minha loirinha estava segurando um pedaço enorme de melancia, quase maior que o rostinho dela.— Minha filha do céu, esse pedaço de melancia está maior que você! — comentei, rindo da visão.Ela me olhou com seus olhos brilhantes e respondeu inocentemente: — Tava com fominha! Quer um pedacinho, papai?A cada vez que ela me chamava de "papai", meu coração dava um salto. Ainda não me acostumei totalmente, mas é a melhor sensação do mundo.— Quero sim. — disse, aproximando-me dela, beijando seus cabelos antes de morder a melancia. — Tá muito boa!Ela riu, satisfeita com o elogio. Depois de alguns minutos, perguntei, em tom de quem estava inspecionando o dia dela: — A senhorita já fez os deveres?— Já sim, titia Bia me ajudou. — respondeu, com uma risadinha travessa. — Vi ela dando beijinho no dindo!Fin
Manuela O domingo estava ensolarado, e minha casa transbordava com o som da minha família reunida. Era dia de churrasco e piscina, e o clima de descontração preenchia cada canto. Eu estava no quarto, terminando de me arrumar, quando ouvi a voz familiar do Leon vindo da porta.— Não vai descer? — perguntou, apoiado no batente, com aquele sorriso que sempre mexia comigo.— Estava terminando de me arrumar. — disse, caminhando até ele para envolvê-lo em um abraço. Ele aproveitou o momento para deixar um beijo no meu pescoço.— Abusado! — brinquei, rindo.— Você está muito cheirosa, minha loira. — murmurou antes de beijar meus lábios com a confiança de quem sabia que eu não resistiria.— Você precisa parar com isso, Leon. Não está certo. — resmunguei, tentando soar séria, mas minha voz traía a intensidade do momento.Ele sorriu, daquele jeito charmoso que sempre me desarmava.— Você gosta dos meus beijos, e eu gosto de te beijar. Não vejo problema nisso. — disse, roubando mais um selinho.
LeonardoOlho fixamente para o porta-retratro ao lado da minha cama. A foto que Luna me deu, com ela e Manu sorrindo para a câmera, me traz uma sensação de paz, mas também de responsabilidade. Ela me entregou essa foto com a promessa de que seria algo para quando eu fosse embora, como se ela acreditasse que algum dia eu a esqueceria. Como se eu pudesse esquecer esse sorriso radiante de Luna ou os olhos de Manu me olhando com tanto carinho e confiança.Mas a verdade é que esses meses com elas me fizeram perceber que nenhum lugar é melhor do que estar ao lado delas. Aqui, ao lado de minha filha, construindo momentos com ela, e ao lado de Manu, com quem eu realmente quero estar. Tenho mantido isso em segredo por enquanto, esperando o momento certo. Estou planejando conversar com meu pai sobre uma possível vaga na empresa dele, e também sobre arrumar um lugar para mim. Claro, se Manu quisesse morar comigo, ela seria mais que bem-vinda, mas isso ainda é algo que temos que conversar.Meu te
LeonardoBati suavemente na porta do escritório do meu pai, esperando por sua permissão. De dentro, ouvi sua voz grave e firme:— Pode entrar.Abri a porta, sentindo um misto de ansiedade e determinação. Meu pai estava sentado à mesa, revisando alguns documentos, mas ao me ver, tirou os óculos e se ajeitou na cadeira.— Pai, posso conversar com o senhor? — perguntei, mantendo um tom sério.Ele me estudou por um momento antes de responder.— Claro. Aconteceu alguma coisa?Respirei fundo, escolhendo as palavras com cuidado.— Na verdade, estou pensando em algo, mas queria que isso ficasse só entre nós, pelo menos até eu ter certeza da minha decisão.Ele arqueou uma sobrancelha, desconfiado.— O que você está aprontando, Leonardo?Soltei uma risada curta.— Nada de errado, pai. Na verdade, estou pensando em ficar no Brasil de forma definitiva. — Fiz uma pausa para medir sua reação. — Queria saber se existe a possibilidade de tentar uma vaga na sua empresa.O rosto dele se iluminou com um
Aviso da Autora: Esse livro é a história dos filhos do Casal do livro Just For You, podem ser lidos separadamente, pois são histórias independentes. …………………………………………………………………………………………………………………….. • Manuella • Olho para o meu namorado entrando animado no meu quarto. Ele está radiante, transbordando felicidade. O brilho em seus olhos é tão intenso que parece iluminar o ambiente. — Eu consegui, princesa! — diz ele, me abraçando e me rodando no ar com entusiasmo. Meu sorriso se mistura com um aperto no peito. Meu coração se divide entre a alegria por ver meu amor realizar o maior sonho da sua vida e a dor de saber que ele partirá em breve, para longe de mim. Seguro sua face com as mãos e deposito um beijo cheio de amor em seus lábios. — Isso quer dizer que você conseguiu o intercâmbio para estudar em Harvard? — pergunto, tentando disfarçar a emoção que ameaça transbordar. — Sim, meu amor — responde ele, antes de me dar um selinho doce e cheio de carinho. — Mas dói tanto deixar
• Manuela •Seis Anos Depois...O dia amanhece com a doçura que só minha pequena Luna sabe trazer. Ela pula em cima de mim, espalhando beijos pelo meu rosto, enquanto sua risada infantil preenche o quarto.— Acorda, mamãe! — ela diz animada, segurando sua boneca de pano com firmeza.Abro os olhos lentamente, sorrindo ao ver aquele rostinho iluminado pelo entusiasmo.— Mamãe já acordou, meu amor. — Retribuo os beijos e a puxo para um abraço apertado. — Está animada para o primeiro dia na escolinha nova?— Sim, mamãe, muito animada! — ela responde, balançando a cabeça com entusiasmo.Enquanto me espreguiço, noto que Luna já está banhada e vestida com seu uniforme azul. Sorrio, admirada.— E quem foi que deu banho nessa princesa sem me chamar? — pergunto, fingindo indignação.— Foi a vovó! — responde Luna, com um sorriso travesso, enquanto abraça sua inseparável boneca, um presente de Pedro, seu padrinho e meu melhor amigo.Agradeço mentalmente à minha mãe, dona Natasha, que sempre me aj
• Leonardo •Sábado...O salão está cheio de luzes e risadas, mas tudo ao meu redor desaparece no momento em que a vejo entrar pela porta. Manuela.Meu coração acelera como se o tempo tivesse voltado para os nossos dias juntos. Ela está ainda mais linda, sua beleza madura agora combinando com aquele sorriso de menina que nunca saiu da minha memória. Mas o sorriso dela, tão vibrante ao entrar, se desfaz quando nossos olhares se encontram. É como se o tempo congelasse por um instante, trazendo uma onda de emoções confusas — nostalgia, saudade, arrependimento.Desvio o olhar, tentando me recompor, mas logo noto algo que faz meu peito apertar ainda mais. Um homem se aproxima dela, a abraçando pela cintura com intimidade. Minha mandíbula trava enquanto observo ele segurar a mão de uma menininha loira, incrivelmente parecida com Manuela. Meu estômago revira. A garota deve ser filha deles. E ele? Talvez namorado. Ou marido. Esse pensamento me enche de ciúme, embora eu não tenha o direito de
• Manuela • Manhã de DomingoA noite foi difícil. As palavras de Leonardo ecoaram em minha mente como um martelo, impedindo qualquer descanso. Luna, minha pequena, parece ter sentido minha tensão, já que quase não dormiu também. Agora, as duas estamos na cozinha cedo, tentando começar o dia com nosso café da manhã.— Bom dia, princesinha do dindo! — a voz alegre de Pedro ecoa enquanto ele entra sem cerimônia, como sempre faz.— Bom dia, Pepe! Veio tomar café, né? — digo com um sorriso, abraçando meu amigo, cuja presença é sempre um alívio.— Bom dia, dindo! — Luna responde distraída, concentrada no cereal à sua frente.Pedro senta-se à mesa e me olha preocupado.— Vim tomar café, mas também ver como você está — diz, aceitando a panqueca que coloco em seu prato. — Cadê seus pais?— Estou bem, amigo. Obrigada por perguntar. — Tento sorrir, embora saiba que ele não se engana facilmente. — Meus pais viajaram cedo. Meu pai disse que quer aproveitar minha mãe. — Faço uma careta, arrancando