Parte 1...Durante a volta para a casa dela, ele sentiu uma mão invisível apertar seu coração. No passado ele tinha feito esse mesmo trajeto várias vezes, mas de uma forma diferente.Ele sempre estava com a mão na sua ou ele segurando seu joelho. Sempre tinha que ter algum toque, algum gesto que os deixasse ligados.Sua garganta ardia de vontade de falar tudo o que tinha preso, que sentiu quando ela o deixou. Vontade de jogar na cara que foi atrás dela dias depois para pedir que voltasse para ele, com ou sem traição, que eles resolveriam a questão do roubo, que iria ajudá-la se estava necessitando tanto de dinheiro. Ele iria conseguir um modo de corrigir os erros dela, mas não a achou. Era tarde demais.Ele parou o carro na vaga e ela logo abriu rápido a porta.— Posso entrar? - ele pediu.— Eu não acho que...— Por favor, Anelise - pediu de novo — Só cinco minutos.Ela respirou fundo. Seria uma outra batalha. Não seriam só cinco minutos. Ela sabia bem.— Anelise...Ela iria embora e
Parte 2...A única questão ali era sua cicatriz decorrente da cesariana de seus filhos. Era pequena e rosada, quase não a sentia e nem dava para ver. Ele correu o dedo em cima da cicatriz e ela segurou a respiração nesse instante.— Uma cicatriz?— Foi de um acidente caseiro - ela jogou no ar — Estava fazendo uma mudança e me machuquei - mentiu.Ele deitou o corpo e beijou sua barriga, subindo devagar para seus seios. Quando sua língua tocou seu mamilo ela reagiu com um leve tremor. Sentia falta de sexo.Haroldo e ela eram muito ativos sexualmente. Quando Bianca nasceu, dias depois ele fez uma vasectomia. Já tinha seus dois filhos amados, não queriam mais.Isso também foi bom para ela que não precisava mais se preocupar com anticoncepcionais, o que lhe fazia mal e sempre trocava de marca. Sentia até dores nas pernas algumas vezes. Ficar livre de algum droga em seu corpo foi ótimo.Eles transavam sem preocupação e isso lhes deu horas e horas de muito prazer em comunhão.Ela aprendeu a
Parte 3...— Mais forte, Mathias- pediu de novo — Me faz gozar também - puxou o ar fundo e mordeu o lábio.Ele a beijou de novo e os espasmos de prazer foram crescendo e dominando o corpo dela, que tremeu violentamente, arrancando um grito enquanto ela elevava o corpo.Mathias sentiu um choque que o atravessou e então seus olhos perderam o foco por um instante, o tirando momentâneamente de sua lucidez.Então ele não se ligou, mas caiu em cima dela se derramando por completo em seu interior.***************Anelise abriu os olhos um instante depois. Mathias ainda estava dentro dela e uma luz vermelha de advertência piscou dentro da mente dela. Ele tinha gozado dentro dela, exatamente como no passado. Sem nenhum cuidado e sem pensar em uma gravidez.Há anos ela não tomava nada, estava desprevenida. E tudo o que não precisava e nem queria, seria outra gravidez.Se sentiu culpada por ter sido irresponsável. Não é assim que ela agia, mas se deixou levar e isso era um erro.Ele saiu de dent
Parte 4...Logo que chegou ao restaurante, Diana lhe passou um papel com as fofocas que captara na sala de Lenora. Guardou na bolsa para ler depois. Tinha passado em uma farmácia antes de chegar ao trabalho e comprou uma caixa com dois comprimidos e ali mesmo tomou um. Não queria ter outro filho dele. Nunca mais.Quando ela chegou viu o carro dele parado na vaga reservada. Respirou fundo. Ele já estava no restaurante. Entrou pela porta dos funcionários e colocou o uniforme.Ela o viu sentado no mesmo lugar e seus olhos a comiam de longe. Parecia mais arrogante e cheio de si. Sabia que ele se sentiria o dono da situação. Foi até ele com o menu e o tratou como sempre.— O que vai querer? - perguntou educada.— O que eu quero, não está no cardápio - ele falou baixinho segurando seu olhar.— Então sugiro que fale com a gerente para que melhore os pratos - respondeu desconversando — Quer algo para beber? - pegou de volta o menu.Ele a olhou de cara fechada. Não era só mais um cliente.— Tr
Parte 5...— Não vamos, não - ela cruzou os braços — Vá sozinho. Ou leve outra - deu de ombro.— Se não tem roupa para ir, não se preocupe - ele gesticulou sorrindo — Comprarei um traje completo para você. Um vestido vermelho ou preto, com um decote grande para destacar seus seios e saltos altos finos.— É isso o que você quer? - se aproximou — Me exibir como sua nova amante?Ele a encarou apertando os olhos. Anelise parecia cansada, mas tudo o que ela fazia era servir mesas, não era um trabalho para cair de cansaço. Sua aparência estava um pouco abatida.Ele não sabia que ela trabalhava muito mais com a mente até altas horas e isso era estressante. Não sabia de sua vida dupla.— Qual o problema? - riu — Você era minha amante antes.— Não - ela disse firme — Eu era sua namorada - apontou para ele — Eu era apaixonada por você, por isso fazia tudo o que queria. É diferente.— Na verdade você amava era o meu dinheiro e todas as vantagens que podia ter.— Vantagens? - ela riu — Como pode
Parte 6...— O seu problema é que tem raiva da minha família e ainda as culpa por terem me mostrado o que seu interesse ganancioso estava fazendo comigo.— Bem... - ela abriu os braços e soltou um suspiro cansado — Se é assim que pensa, melhor acabar com essa conversa por aqui, pois está pra lá de repetitivo e isso me cansa.— Você só quer na verdade que eu fique implorando por sua atenção - ele levantou — Até parece que alguma vez na vida você já foi a um evento como esse. Não é para gente de classe baixa.Ela riu de modo insolente. Já tinha ido a vários e ela mesma já organizara alguns em sua propriedade para arrecadar fundos para entidades que prestavam ajuda a pessoas e animais. Ela mesma era madrinha de duas ongs de ajuda animal.— Ah... Você como sempre tirando conclusões precipitadas - enrijeceu — Não me conhece de verdade. Nunca quis conhecer.— Não sei porque você continua com isso de orgulho ferido - riu zombando — No fundo é só uma caçadora de ouro como as outras. Pelo meno
Parte 1...Anelise mentiu para Lorena dizendo que precisava sair para acertar a documentação da casa da avó e ela a liberou, mas teria que compensar no horário depois. Não ligou para isso, pois em breve ela não estaria mais ali mesmo. Avisou a Diana que ficasse ligada enquanto estivesse fora e saiu.Chegou à casa de Lúcia dez minutos antes do combinado. Era uma casa bem grande, mas perdia de longe para a mansão de Luiza, sua irmã. Uma empregada sorridente a levou até o jardim do fundo onde Lúcia a esperava.Quando ela namorava com Mathias, chegou a vê-la por duas vezes, mas de longe. Nunca se falaram. Mathias lhe disse que a mãe e a tia não eram unidas e pouco se falavam. Se viam geralmente em reuniões da empresa.Anelise desceu os degraus e foi até ela. Lúcia a viu chegar e gesticulou para que se aproximasse e indicou a cadeira em frente.— Obrigada por me receber, senhora - fez um gesto com a cabeça e puxou a cadeira.— Vamos comer enquanto conversamos? - fez um sinal para a emprega
Parte 2...— Luiza fez de tudo, até que Manuel olhou para ela - sua voz ficou mais triste — Ela tinha namorado, mas era um rapaz pobre também. Ela armou para que Manuel achasse que eu tinha um amante... Um colega de trabalho - deu um risinho triste — E ele caiu. Dois meses depois, ela se tornou a senhora Mazzaro.— Deus do céu... Ela é pior do que eu pensei - a olhou com empatia — Eu sinto muito.— O que tenho hoje foi a forma dela me pedir desculpas por ter estragado minha relação. Eu nunca me casei, nunca amei outro que não fosse Manuel.— Bem, eu pelo menos consegui ter a sorte de ser amada por outro homem muito bom.— E você também o amou?— Com toda certeza - ajeitou a postura — O tempo foi a melhor coisa para mim, aprendi muito. Inclusive a amar.— Que bom - meneou a cabeça — Eu não tive a sorte.— E qual o outro motivo? - questionou curiosa.— Márcia tinha um caso com Novaes.— O que? - arregalou os olhos de novo, mais surpresa.— Novaes me contou tudo em segredo - rodou o dedo