51

Rudá encarava seu reflexo no espelho, em silêncio. Estava no quarto de Elis, no qual havia dormido na noite anterior, e eles se arrumavam para o enterro de seu pai.

Enterro. A cada vez que pensava nessa palavra, sentia o corpo arrepiar. Até aquele momento, ainda não era real, definitivo, mas ali seria. Seu pai seria sepultado, teria o corpo coberto de terra e pedra, e Rudá nunca mais veria o homem que o havia criado e dado amor por toda a sua vida.

“Amor?” Elis se aproximou dele, os dois se encarando pelo espelho. “Está pronto?”

“Não, mas nunca vou estar.” Ele ajeitou a camisa branca, suspirando.

“Você sabe que eu não vou sair do seu lado, certo?”

“Sei, e isso me conforta muito.” Rudá a abraçou, beijando sua testa.

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