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“Ela mudou muito quando fomos para BH, Ali. Nós dois mudamos, na verdade. Você sabe que eu nunca quis deixar a lanchonete, aquele era o meu sonho, junto com vocês dois. Eu sofri trabalhando como empregado lá, penei para abrir meu próprio foodtruck e começar do zero, como nós tínhamos feito muito tempo atrás. E ela nunca me apoiou em nada, só me cobrava arranjar um emprego melhor ou ganhar mais dinheiro, especialmente quando perdeu o emprego. Meus pais acham que, se tivéssemos ficado, as coisas teriam sido diferentes, mas não sei. Acho que no fim, teríamos chegado ao nosso máximo.”

“Bom, já que você tocou no assunto, sabe que sempre vai ter um emprego garantido com a gente, certo?” Pablo sorriu para o amigo. “Existem poucos chapeiros como você, Jaime. Você vale ouro, meu irmão.”

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