No dia seguinte, de manhã, o clima estava tenso. Nico e Nita estavam sentados na mesa, já tomando o café, e Carola e Darlan estavam na bancada, terminando de preparar os lanches da escola.
Maju entrou no cômodo com a cara fechada, um roxo embaixo do olho.
“Espero que esteja feliz com o que a selvagem da sua amiga fez comigo.” Rosnou para a irmã, indicando o hematoma.
“Você sabe que eu não estou feliz.” Nita tinha os olhos cheios de lágrimas, mas encarava seu prato. “Mas você pediu, Maju... Não precisava ter falado aquelas coisas dela, nem ter contado para todo mundo que a Elis e a Luna beijaram o Rudá e o Luan.”
“Jura que você está defendendo elas e não eu? Eu sou sua irmã.” Gritou a menina, irritada.
“Voc&e
“Como assim essa festa Já chegou?” Perguntou Pablo, vendo Aline e Luna correndo pela casa. “Faltavam meses!”“Meu amor, o tempo voa.” A esposa se aproximou, apressada. “Eu preciso levar a Luna para o salão, você consegue ficar com a Luna e o Gabe?”“Eles são meus filhos, morena, é claro que eu consigo ficar algumas horas com eles.” O Gandia revirou os olhos.“Mas quem vai arrumar a Luna para a festa?”“Eu vou fazer o cabelo e a maquiagem, e volto me trocar aqui em casa e arrumar a Luna. A Luna e as meninas vão com a limusine para a festa, nos encontrarão lá.” Explicou a esposa, pegando o filho caçula do chão. “Gabe, amorzinho... Obedece o papai, está bem?”“Tá.” O menino c
“Parabéns, maninho!” Bina abriu a porta do quarto de Eric, entrando correndo e se jogando em cima dele.“Parabéns, parabéns, parabéns!”“Bina Ashe, depois não brigue se seu irmão te xingar.” Mariano e Marcela entraram atrás da filha, a repreendendo.“Deixa ela, pai, hoje eu não ligo.” O rapaz riu, sentando na cama e abraçando a irmã pelo pescoço. “Valeu, pirralha.”“Podia ser seu aniversário todos os dias, só para você ficar de bom humor.” A menina riu, abraçando o braço do irmão com os olhos brilhando.“Eu devia tirar uma foto disso, é tão raro.” Suspirou uma emocionada Marcela, encarando os filhos. Bina riu, pulando para longe do irmão e d
“Meninos? Posso entrar?” Dom bateu na porta do quarto dos filhos, empurrando logo depois. “Precisam de ajuda?”“Evidentemente.” Leon resmungou, se encarando no espelho. “Eu não sei dar um nó em gravata.”“Eu não tenho habilidade para isso.” Reclamou Rudá, frustrado.“Venham aqui, vamos tentar.” O pai pegou uma gravata e passou no pescoço, sentando entre os dois. “Me imitem, ok?”Ele foi fazendo passo a passo, bem devagar, deixando que os meninos o imitassem. Rudá tinha um pouco mais de dificuldade, já que sua coordenação motora fina era bem rudimentar. Mas com um pouco de ajuda, paciência e adaptação, conseguiu fazer o nó quase completo.“Pronto, conseguiram.” Elogiou Dom, sorr
“Minha Nossa Senhora dos Forninhos Derrubados, nós estamos tão gatas e gostosas que poderíamos estar fazendo 15 anos.” Gritou Valéria, quando o grupo de pais estava reunido no hall de entrada da festa.“Menos, Val, bem menos.” Riu Marcela, negando com a cabeça. “Nós já passamos dos quarenta, amiga, não adianta tentar negar.”“Mas para 44, 45 anos, nós estamos muito bem.” Garantiu a Rolland. “Ainda mais eu, que pari quatro, e a Ali e a Carola, que pariram três.”“Nesse ponto nós temos que concordar.” A Gandia sorriu convencida.“Bom, se nossa opinião vale de algo, vocês ainda são mega gostosas.” Junior deu de ombros, abraçando a esposa pela cintura e piscando para ela.“&
“Crianças, venham aqui.” Carola resgatou os aniversariantes, que passavam de mesa em mesa cumprimentando os presentes. “Queremos que vocês digam olá para uma pessoa.”“Quem?” Perguntou Luna, vendo que sua mãe e tia conversavam com uma mulher um pouco mais velha, com aparência um pouco cansada.“Ah, chegaram.” Marcela sorriu. “Reconhece eles, doutora?”“A última vez que os vi, tinham menos de um ano.” A mulher os encarou, um sorriso enorme no rosto.“Há quinze anos, ela teve a noite mais louca da carreira dela como médica.” Contou Valéria, a expressão saudosa.“Você é a doutora Letícia.” Deduziu Luan. “Você que trouxe a maioria de nós para o mundo.”
Nós vamos ter que descer a escada de novo?” Perguntou Rudá, tenso.“Não, Rudá, fique tranquilo. Vocês vão entrar aqui por baixo mesmo.” Explicou a cerimonialista, os posicionando.“Primeiro vão entrar os pais de vocês com seus irmãos, depois vocês, que são os príncipes... E então vocês pegam as debutantes no pé da escadaria.”“Alguém para o relógio, pelo amor de Deus... Eu ainda me lembro de segurar a Luna no colo pela primeira vez, e agora eu vou ter que colocar um sapato de salto nela, para indicar que ela está se tornando uma mulher! Eu não estou conseguindo lidar com isso.” Pablo estava prestes a chorar.“Cara, nós já estamos baqueados, não piora a situação.” Impl
“Só um minuto.”Ele estendeu a bengala-muleta que usava para Leon, que apanhou confiante. Rudá se ajeitou melhor, se encaixando no equipamento. Um a um, lentamente, ia dando seus passos apenas com o apoio da mão de Elis, que brilhava ao caminhar ao lado do rapaz.É claro que o salão se encheu de aplausos maravilhados, enquanto os pais dos dois adolescentes vertiam lágrimas de emoção e orgulho.“Val...” Foi só o que Megan conseguiu dizer, esticando a mão e segurando a da amiga, que apertou com força.Rudá e Elis pararam ao lado de Luan e Luna, e a garota discretamente abraçou o príncipe, lhe dando um pouco mais de apoio e sustentação, recebendo um sorriso agradecido.“Eu prometi que não iria chorar, mas vou falhar
“O que mais eles vão aprontar?” Perguntou Junior, arregalando os olhos logo depois. “Ah não...”“Eles não conhecem limites.” Valéria gargalhou alto, sem se conter.A última música do combo era Bye, Bye, Bye, do NSYNC. Foi um frisson coletivo, enquanto pais e filhas terminavam as músicas caídos como marionetes. A chuva de aplausos foi intensa, enquanto eles se levantavam rindo e se abraçavam.“Melhor valsa de todas.” Comemorou Elis, gritando mais do que a barulheira dos convidados.“Maior mico do mundo. Mas por esse sorriso, eu pago com prazer.” Prometeu Caique, beijando a testa da filha.“Gostaríamos de pedir agora que os avôs das debutantes fossem à pista de dança, para a valsa com os mesmos.”