Mundo de ficçãoIniciar sessão
“Só um minuto.”
Ele estendeu a bengala-muleta que usava para Leon, que apanhou confiante. Rudá se ajeitou melhor, se encaixando no equipamento. Um a um, lentamente, ia dando seus passos apenas com o apoio da mão de Elis, que brilhava ao caminhar ao lado do rapaz.
É claro que o salão se encheu de aplausos maravilhados, enquanto os pais dos dois adolescentes vertiam lágrimas de emoção e orgulho.
“Val...” Foi só o que Megan conseguiu dizer, esticando a mão e segurando a da amiga, que apertou com força.
Rudá e Elis pararam ao lado de Luan e Luna, e a garota discretamente abraçou o príncipe, lhe dando um pouco mais de apoio e sustentação, recebendo um sorriso agradecido.
“Eu prometi que não iria chorar, mas vou falhar
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“O que mais eles vão aprontar?” Perguntou Junior, arregalando os olhos logo depois. “Ah não...”“Eles não conhecem limites.” Valéria gargalhou alto, sem se conter.A última música do combo era Bye, Bye, Bye, do NSYNC. Foi um frisson coletivo, enquanto pais e filhas terminavam as músicas caídos como marionetes. A chuva de aplausos foi intensa, enquanto eles se levantavam rindo e se abraçavam.“Melhor valsa de todas.” Comemorou Elis, gritando mais do que a barulheira dos convidados.“Maior mico do mundo. Mas por esse sorriso, eu pago com prazer.” Prometeu Caique, beijando a testa da filha.“Gostaríamos de pedir agora que os avôs das debutantes fossem à pista de dança, para a valsa com os mesmos.”
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Quando se pode ouvir os primeiros acordes de All of Me, do John Legend, gritos de surpresa e animação encheram o ar. Dom, claro, fechou a cara.“Tinha que ser uma música tão romântica?” Reclamou baixinho para a esposa, que só revirou os olhos.A coreografia era graciosa e delicada, até o momento em que Susi puxou o smoking de Eric para fora do corpo do garoto e o atirou longe, causando surpresa. Depois, tirou a gravata borboleta e então abriu os primeiros botões.“Valéria, por que sua filha está despindo o meu filho?” Perguntou Marcela, estarrecida.“Não sei, amiga, to querendo saber também.” A mulher tinha os olhos arregalados.Eric então caminhou até Susi e colocou as duas mãos na cintura dela, bem próximo
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Quando os últimos acordes da música começaram, eles se afastaram. Ele ofereceu um braço para ela, usando o outro para fazer uma continência. A bailarina subiu na ponta dos pés e aceitou o braço que ele oferecia, erguendo seu outro no ar em pose de ballet, recebendo os merecidos aplausos dos convidados.“Eu to passando mal, socorro.” Valéria soluçava alto, nem tentando limpar suas lágrimas com os lencinhos que a cerimonialista lhe deu. Encarou Megan, que estava no mesmo estado que ela, e as duas simplesmente se abraçaram.Dom e Caique não estavam muito melhor que as esposas, mas conseguiam se conter melhor. Mas era algo coletivo entre todos os convidados que estivesse chorando naquele momento, diante de mais uma demonstração de força e superação de Rudá.Elis foi o apoi
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“Que vocês continuem sempre lindas, por dentro e por fora, repleto de amigos, de sonhos, de amor e de alegria.Vocês deixam luz por onde vocês passam, meus amores, e nós temos muito orgulho de vocês, meninas.” Completou Darlan, em igual estado.“Parabéns, Nita! Parabéns, Maju! Nós amamos vocês.” Nico sorriu tímido do colo da mãe, piscando para a câmera.A última tela preta foi preenchida por “05:11 – Susi Rolland”, “05:50 – Rudá Rolland” e “06:04 – Leon Rolland”, junto com a música You’ll Be in My Heart, do Phil Collins, que os três sabiam que os pais tinham cantado para eles algumas horas depois de nascer.Claro que as fotos eram emocionantes, até porque o primeiro lote era todo deles na
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O silêncio caiu em um tamanho silêncio, que até uma agulha caindo no chão poderia ser escutada. O olhar de todos se alternava entre Luna e Luan, que se encaravam com intensidade.As únicas exceções eram os pais, que observavam Pablo de forma preocupada, temendo a reação que ele teria a seguir, especialmente com a resposta que viria.“E então?” Questionou Luan, ansioso.“Sim.” Ela disse de uma vez, o rosto brilhando em um sorriso. “É claro que sim, Luan!”Os olhos azuis do garoto se iluminaram, enquanto ele enlaçava a cintura da agora namorada e a puxava para um beijo, que foi muito aclamado pelos presentes na festa. Luna sorriu entre o beijo, abraçando o garoto pela cintura e retribuindo com vontade.“O OTP REALIZOU, AGORA SIM!&rdq
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Ele assentiu, vendo-a se juntar a um grupo de amigas e começar a dançar, rindo animada. Não conseguiu evitar o sorriso em seu rosto ao admirá-la, cada vez mais crente de que estava se apaixonado para valer pela menina.Sentiu alguém sentar ao seu lado e encarou o irmão gêmeo, emburrado. Riu alto, sendo encarado por ele.“Brigou com a Nita, né?”“Como você sabe?”“Eu sei tudo o que você sente, Leon... Lembra?” Rudá arqueou a sobrancelha. “O que aconteceu agora?”Pelos minutos seguintes, Leon explicou seu desentendimento com Nita para o irmão. Ele ouviu em silêncio, e ao final negou com a cabeça, suspirando.“Você é muito tapado, Leon.”“E por que v
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No outro dia, se encontraram na casa de Megan Felicia e Caique para o almoço, que seria o resto da comida da festa da noite anterior. E o que imaginaram que seria um encontro alegre e animado, cheio de histórias e boas lembranças da noite anterior, estava mais para um enterro.Carola e Darlan estavam completamente destruídos, assim como Nita. A menina estava com a cara inchada após tanto chorar durante a noite anterior, e só foi para a casa dos tios por insistência de Nico.Leon estava com o rosto inchado dos socos que tinha levado de André, além de pontos falsos um pouco abaixo da sobrancelha. Estava com medo que todos estivessem com raiva dele, mas após ter explicado o que aconteceu, tudo ficou mais calmo.“Cadê a Maju?” Perguntou Pablo, enquanto os adultos esquentavam a comida na cozinha.&ldq
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“Espera, do que ela está falando?” Susi correu escada abaixo, indo até os pais. “Que marmota é essa?”“Como você sabe disso, Maju?” Questionou Darlan.“Eu ouvi o tio Mariano e o tio Pablo conversando ontem, na festa. Eles estavam falando sobre o tio Dom estar com câncer e prestes a morrer.” Dedurou a jovem, ácida. “Só não sei porque alguém que está prestes a morrer escondeu isso de toda a família.”“Pai, ela está falando a verdade?” Perguntou Rudá, terminando de descer as escadas com a ajuda do gêmeo.“Não era assim que eu queria conversar com vocês.” O judeu bagunçou os cabelos, nervoso.“Então é verdade?” Pressionou o filho.