A família Cunha originalmente vivia em uma pequena cidade, mas, depois que Nina entrou para a família Amorim, eles começaram aos poucos a se mudar para a Cidade S. Com as conexões da família Amorim, conseguiram gradualmente se estabilizar.Naquele ano, no entanto, era o momento de prestar homenagem aos antepassados, e todos voltaram para a Cidade A.Assim que Nina saiu do aeroporto, sentiu uma onda de calor e imediatamente desfez o lenço em volta do pescoço.Na Cidade R já era hora de vestir casacos pesados, mas na Cidade A o calor era insuportável, o que a deixou desconfortável.Inacreditável que fosse janeiro.Ao pensar no clima e no fato de que ainda teriam que subir a montanha para prestar homenagens aos antepassados, o humor de Nina piorou visivelmente.De volta à Mansão da família Cunha na Cidade A, o irmão mais velho, António, e sua esposa, Beatriz, receberam ela pessoalmente.— Minha cunhada continua tão bonita. — Disse Beatriz sorrindo, enquanto levantava a mão para ajudar ela
António ainda sorria ao dizer: — Claro que você terá que intervir. Fazer esse tipo de pedido, para que a irmã se casasse novamente, não era algo que ele, um homem, pudesse dizer tão diretamente. Beatriz soltou um riso sarcástico: — Eu? Não tenho coragem de falar nada na frente da sua irmã. Você viu como ela me trata? António tentou acalmar ela: — Você é a cunhada dela, então ela deveria ouvir você. Além do mais, se ela se casar com ele, também teremos conexões no meio político. Com isso, o futuro do Heitor estaria garantido, e não precisaríamos nos preocupar. Se a Lívia não fosse tão jovem, eu realmente não gostaria de deixar essa oportunidade passar. Essas palavras tocaram Beatriz. Ela lançou um olhar para António. — Se não fosse pelo Heitor e pela Lívia, quem mais iria querer lidar com o mau humor da sua irmã? Vendo que Beatriz finalmente cedeu, António respondeu rapidamente: — Sim, minha querida, sei que você está sendo muito paciente. Comprei aquela bolsa nova
Naquele dia, havia muitas pessoas reparando túmulos e prestando homenagens.Nina estava com muito calor e, incomodada pelo ruído incessante, se sentiu irritada e acabou se afastando para um local mais fresco e arejado.Quem diria que ali já havia um homem parado.O homem ouviu o movimento e levantou o olhar. Seus olhos carregavam uma intensidade que fez Nina sentir um calafrio.Ela se assustou, mas, quando olhou novamente, a ferocidade em seus olhos já havia desaparecido.— Te assustei? Desculpe. — A atitude do homem era gentil, e ele tomou a iniciativa de falar.Nina ficou um pouco atordoada, mas rapidamente sorriu:— De jeito nenhum. Fui eu quem te incomodou.O homem não disse muito mais, apenas acenou com a cabeça e se afastou.Nina o viu caminhar tranquilamente de volta para o meio da multidão, cercado por várias pessoas que o acompanhavam para depositar flores.— Desde quando a Cidade A tem uma pessoa assim?Se ela soubesse que na Cidade A havia um homem tão notável, não teria se
Nina ouviu isso e deu um sorriso. — Ele até que tem seus princípios. Achava que, por estar mais velho, não ficava bem correr atrás de mocinhas, então só se interessava por mulheres da sua idade. E não parecia que tivesse alguma enfermidade oculta. — Não é? — Beatriz concordou. — Um homem de qualidade como esse, quem não está de olho? Veja só, hoje, muitas das mulheres que vieram, já mais velhas, metade está aqui por causa dele. Nina também percebeu. Na festa não havia tantas garotas jovens, a maioria era da sua idade, muitas acompanhadas de uma amiga. Parecia que todas estavam ali para arranjar casamento. O sorriso de Nina foi se desfazendo aos poucos. Se não fosse para manter as aparências, ela teria realmente dado um tapa em Beatriz. Sabia que essa cunhada, que nunca fazia nada sem um interesse por trás, não seria tão boazinha a ponto de lhe enviar um convite sem motivo, claro que tinha segundas intenções, como se fosse uma cafetina! Quem ela pensava que era?
António não teve escolha, ele mesmo foi procurar Nina. Nina nem levantou a cabeça quando o viu entrar. António impediu que ela continuasse a arrumar suas coisas: — Está tarde, você nem vai conseguir voltar. Não precisa fazer isso. Nina sacudiu a mão dele para longe. — Então vou me hospedar em um hotel! Vocês me veem como o quê? Uma camponesa ignorante? Acham que eu vou me casar com quem vocês quiserem? Se não fosse por mim, que fiquei viúva mas permaneci na família Amorim por tantos anos, a família Cunha teria essa boa vida de hoje? Agora vocês ainda não estão satisfeitos, querem que eu case com um velho só para conseguir contatos no meio político. Acham mesmo que eu ainda sou aquela garota de vinte e poucos anos, sem cérebro? António ficou surpreso: — Velho? O prefeito Miguel só tem dois anos a mais que você. Como é que ele seria um velho? Nina deu uma risada fria e voltou a arrumar suas malas. António não teve outra escolha senão continuar tentando convencer ela:
António estava decidido a discutir com sua irmã os pontos cruciais da situação.— Joaquim já cresceu e agora tem o controle total do Grupo Amorim. Se você mantiver um bom relacionamento com ele, poderá viver uma vida tranquila. Mas veja só como está o relacionamento de vocês agora. Quando a sua nora tiver o filho, será que ainda haverá lugar para você na casa? Pode ser que um dia ele encontre alguém para te casar de novo, e você nem terá como se opor.Os olhos de Nina escureceram.Isso era uma possibilidade.Afinal, Joaquim já havia dito exatamente essas palavras para ela.António continuou:— Se não pode contar com Joaquim, você tem que pensar em outra saída, não é? Se você ficar com Miguel, então será a esposa do prefeito. Joaquim, a Sra. Helena, quem não te daria o devido respeito? Nesse momento, você poderia ter as famílias Garcia e Amorim nas suas mãos, e quem poderia ser maior que você?As palavras de António fizeram o coração de Nina estremecer.Fazia sentido.Se tivesse Miguel
Joaquim também ficou assustado com as lágrimas repentinas de Melissa. Enquanto tentava consoar ela, ligou para Breno, pedindo que ele chamasse um médico. "Mas o que o médico poderia fazer?" Ele apenas disse que compressas quentes e massagens poderiam aliviar a dor. Para realmente parar de doer, só depois do parto. Naquele momento, fariam uma correção dependendo da situação da recuperação pós-parto. Ao ouvir isso, Melissa ficou um pouco desanimada. Ainda faltavam três meses para o parto. "Será que terei que passar por essa dor todos os dias nesses três meses?" Foi a primeira vez que Melissa sentiu o quanto estar grávida poderia ser uma tortura. Joaquim colocou uma bolsa térmica em sua barriga e, com os lábios comprimidos, continuou a massagear ela. Ele não estava com disposição para atender a ligação de Nina. Nina, irritada, disse: — Por que fui impedida de embarcar? Foi ele quem armou isso pelas minhas costas? Breno fingiu total desconhecimento: — A senhora
Luiz, com uma rápida sacada, logo entendeu o que Bernardo estava pensando e perguntou:— Como você vai conseguir o DNA do Pedro? Agora ele faz parte do Grupo Frota, não vai ser fácil se aproximar dele.Bernardo não deu importância e, sem dizer mais nada, saiu andando.Luiz sentiu um frio na espinha e gritou atrás dele:— Ei, não vá fazer besteira! Cuidado para Melissa não ficar brava com você! — Bernardo, no entanto, nem sequer olhou para trás e desapareceu ao dobrar a esquina. — Puta que pariu!Luiz, imaginando que poderia haver um conflito entre os dois, ficou preocupado. Pegou seu casaco e estava prestes a ir atrás de Bernardo, quando foi interceptado por Murilo, que vinha caminhando em sua direção.— Por que a Melissa ficaria brava?Ao ver que era Murilo, Luiz franziu a testa com força.— Por que você se importa? Sai da minha frente!Surpreendentemente, Murilo não se irritou.Ele arqueou uma sobrancelha e, em tom provocador, respondeu:— A Melissa me convidou pessoalmente para ser