Kaira entra na sala descalça com a cabeça baixa, escondendo seu desânimo.– Sra. Keller! – Diz Levi observando-a, ela suspira e levanta a cabeça ficando sem jeito ao avistar o homem que a observa e feliz em ver a mulher. – Esse é Adolph Karps advogado do Sr. Keller e Briana Moore, a melhor estilista dessa cidade, segundo Adolph. – Kaira sorri, pois ela já conhece Briana, ela se aproxima e abraça-a.– Que bom ver você, eu não sabia que você tinha sido a escolhida. – Diz Briana ao abraçar a amiga.– Muito menos eu, simplesmente me trouxeram para cá e ainda nem conheci o meu adorável marido, ele é um otário que não sai do quarto para me encarar. – Levi e Adolph trocam olhares com a fala dela. – O que você faz aqui?– Eu vim pegar tuas medidas, Sra. Keller. – Responde ela o mais formal possível.– Por qual motivo?– Seu marido otário, quer que você seja uma mulher bem vestida, você não trouxe nada e duvido muito que tivesse algo a altura. – Diz Levi encarando-a. – Adolph vamos até o escri
Levi para em frente a porta dela e dessa vez ele decide bater na porta.– Sra. Doertz, me deixe em paz, diga aquele homem que eu não vou descer! – Diz ela colocando seu rosto entre os travesseiros.– Sra. Keller, eu posso entrar? – Diz ele encostado na porta, ela senta-se na cama.– Não, eu quero ficar sozinha.– Não me obrigue a ser rude com você, permita-me entrar. – Ela fica em silêncio e ele tenta abrir a porta, mas dessa vez ela trancou. – Sra. Keller, abra a droga da porta, um chute e eu derrubo essa merda, então abra agora. – Ela suspira, caminha até a porta e a abre, ficando na frente não permitindo a entrada dele.– O que você quer? – Questiona ela cruzando os braços.– Você está me chateando, qual é a sua hein?– Vá conversar com o seu chefe, diga a ele que a esposa dele está te chateando, o que é algo que o senhor advogado de ego gigante, não pode aceitar. – Responde ela tentando fechar a porta, mas ele coloca o pé. – Droga, me deixa em paz. – Diz ela se afastando da porta.
Na manhã seguinte, quando Kaira acorda já passavam das 10h da manhã, ela fica um pouco na cama se perguntando como chegou até ali, afinal sua última lembrança da noite passada é ela sentada na frente da porta do quarto de seu marido. Ela levanta-se e vai até o banheiro fazer sua higiene pessoal e quando sai do quarto fica surpresa com todas as coisas em frente a sua porta, tem diversas araras de roupas, sapatos, acessórios e joias, ela começa a mexer nas roupas procurando o celular que sua amiga disse que mandaria.– Sra. Keller, bom dia. – Diz Anabela se aproximando.– Sra. Doertz, bom dia.– A senhora não precisa se preocupar, eu vou arrumar todas essas coisas do seu closet.– Não se incomode eu mesma faço. – Responde ela sem pensar.– De maneira nenhuma, o Sr. Keller me mata se eu permitir.– Para isso ele tem que sair do quarto, o que já ficou claro que ele não pretende fazer tão cedo. Ele não é capaz nem de abrir a boca para mandar eu parar de bater na porta dele.– Sra. Keller,
Na mansão, Kaira observou os funcionários trabalhando fazendo as mudanças que ela ordenou, mesmo que o ambiente ainda pareça sem vida, devido aos móveis escuros, ela fica satisfeita em ver a claridade entrar no ambiente.– Sra. Doertz, onde fica o escritório? – Questiona ela, a governanta fica desconfortável, pois sabe que Levi não gosta que entrem lá sem sua autorização, mas leva Kaira até o local.– É aqui senhora. – Diz ela parando em frente a uma enorme porta dupla.– Muito obrigada, você já pode se retirar, eu te chamo se precisar. – Diz ela abrindo as portas, o escritório é enorme e bem iluminado diferente do restante da casa, ela avista o notebook em cima da mesa e caminha até ele desejando que não tenha senha. – Que maravilha. – Diz ela ao perceber que não tem senha, aquele notebook não tem um arquivo sequer salvo nele, como se fosse um equipamento novo, ela não liga e se conecta em suas contas sem perder tempo, ela manda uma mensagem para sua amiga Lucy.“ Lucy, você está por
Kaira não consegue controlar sua respiração acelerada sobre o olhar intimidador de Levi, ele a pega no colo e coloca-a na mesa, mantendo o olhar dela, na mesma altura que o seu, deixando ela presa entre seus braços, apoiando suas mãos na mesa.– O que você pensa que está fazendo? Acha mesmo que pode entrar aqui, nesse escritório, mexer no que não é teu e ainda usar para enganar o seu marido? – Questiona ele num tom calmo, diferente do seu olhar, ela tenta sair e ele pressiona o corpo dela, fazendo ela ficar sentada ali. – Você não vai a lugar nenhum.– Você quer me largar, quem você pensa que é? – Questiona ela, controlando seu medo, tentando se afastar.– Então você quer os toques e os beijos de outro homem? Tudo bem, eu posso providenciar isso a você. – Diz ele tocando levemente a coxa esquerda dela. – Vejo que você gostou dessa roupa, por que continua com ela? – Diz ele subindo levemente sua mão, ela agarra a mãe dele o impedindo. – Não senhora, foi você que pediu. – Diz ele agarra
Levi sai do escritório e começa a reparar que as cortinas foram trocadas, ele vai para a sala de estar.– Sra. Doertz, venha até aqui! – Grita ele.– Senhor! – Diz ela entrando apressada na sala.– Que merda é essa? Por que está tudo aberto, com essas cortinas claras? – Questiona ele observando-a.– Foi por ordem da Sra. Keller, ela mandou trocar tudo, eu disse para esperar o senhor, mas ela não me ouviu. – Diz ela de cabeça baixa.– Olhe para mim, Sra. Doertz, ela é a dona da casa, você fará tudo que ela mandar, sem questionar, mesmo que o Sr. Keller ou eu, não estejamos aqui. Nunca mais contrarie ela.– Tudo bem senhor, me desculpa.– Não vamos almoçar em casa hoje, vou levar a senhora ao médico e vamos almoçar no centro da cidade. Ela tomou café?– Sim, senhor.– Ótimo, você pode sair!– Com licença. – Diz ela saindo aliviada da presença daquele homem, todos ali não sabem quem temer, mas visto que eles nunca viram o Sr. Keller, eles temem mais o Sr. Schneider.Ele anda pela sala obs
Eles seguem sentados na recepção trocando olhares, até que os policiais chegam, por se tratar de uma questão de abusos, chegam um homem e uma mulher e se identificam na recepção.– São aqueles dois. – Aponta a recepcionista na direção deles.– Bom dia. – Diz a policial se aproximando. – Eu sou Karina Lengh e esse é meu parceiro Joseph Miller, qual o nome de vocês?– Eu sou Levi Schneider e ela é Kaira Keller.– Qual o problema aqui? – Questiona Joseph.– Essa senhora está me acusando de estupro, ela que era virgem antes disso, como eu não a toquei, a trouxe até aqui para provar.– Senhora, quer nos contar suas versões dos fatos? – Questiona Karina.– Meu pai me drogou e me deixou num hotel e esse senhor esteve lá, no outro dia acordei com o vestido rasgado. – Diz ela baixando o olhar.– Eu não toquei em você, eu já te disse isso.– Você estava completamente nua, senhora?– Não, eu estava usando um conjunto de lingerie quando acordei.– Certo, você quer nos acompanhar a delegacia? Pode
Kaira está em seu quarto, assim que termina de configurar o seu celular ela liga para sua amiga pelo Messenger, por chamada de vídeo.– Amiga, estava pensando em você nesse momento, estou aqui na casa da Briana.– Desculpa amiga, acabei chegando ontem e não colocando o celular no meio das roupas e minha mãe enviou no primeiro horário.– Oi amigas! Sem problemas, Briana, o Sr. Schneider me comprou um celular mais cedo, meu marido vai reembolsar ele depois. Meu marido! – Repete ela desanimada. – Vocês têm noção de tudo que está acontecendo comigo? É surreal, eu não sei o que fazer!– Amiga, você vai resolver, já conseguiu conversar com o seu marido?– Não Lucy, o Sr. Schneider levou ele para a casa do centro durante a madrugada. Parece que ele decide tudo aqui, foi como te disse mais cedo, é como se ele fosse o meu dono, pois o Sr. Keller, só fica recluso. Quando ele retornou a casa, ele me pegou na ligação com o Flinn, ele foi tão atrevido, está exigindo respeito da minha parte, mas em